terça-feira, 30 de junho de 2009

Saúde pública ou privada?

Houve uma comissão da Nações Unidas que procurou quais os factores de desenvolvimento primordiais para tirar um país do sub-desenvolvimento e concluiu que o primeiro deles é a saúde. Vem antes da educação. Sou um acérrimo defensor da liberdade individual e dos direitos humanos mas ... podemos ser livres sem ter saúde?
Já tivemos cuidados médicos gratuitos mas temos recuado, apesar de a nossa Constituição obrigar os governos a esse desiderato. Os partidos que nos têm governado têm "investido" nos cuidados médicos privados, a cargo de seguros incomportáveis e crescentes, de companhias de seguros sujeitas a falência. Um exemplo é o "investimento" que esta Câmara se propõe fazer de um espaço público que deveria ser isso mesmo, um espaço público, apenas com árvores ou com um parque infantil, por exemplo, vendendo-o para um Hospital Privado. O partido que acha bem vender espaços públicos a privados não é o PPD/PSD, não estamos no Porto...

No Porto a Câmara está prestes a entregar a privados o jardim do Palácio de Cristal (tem aqui a petição contra isso, leitor) mas nós, em Santo Tirso, temos um partido socialista no governo e passam-se, mais discretamente, coisas idênticas.
Nem sequer se aluga o espaço público a privados, como no Porto: vende-se!

Para reflectir sobre o absurdo de caminhar no sentido do "sistema de saúde" dos americanos (que o presidente Obama vai tentar reformular) vale a pena ver este filme. Não se trata de defender a ditadura  de Castro mas de reconhecer a importância de saúde pública e de pedir aos partidos que nos falem sobre o que pretendem fazer: continuar a incentivar os privados a dar cabo do sistema nacional de saúde ou  investir nas pessoas, criar serviços de saúde gratuitos e eficazes?

terça-feira, 23 de junho de 2009

Ó meu rico S.João!
Ilumina os maiorais
Que só querem construção
E já há casas a mais!

Poderá faltar o pão?
E a saúde aos demais?
Ó meu rico S.João!
--Que se deixem de arraiais!

quinta-feira, 11 de junho de 2009

HOME

HOME é o nome de um filme sobre a Terra, a nossa casa, que pode ser vista como um ser vivo, um ser vivo prestes a ser destruído por uma doença, que somos nós, o homo sapiens. Nos últimos 50 anos levámos o planeta à beira da catástrofe. Não sabemos se temos 10 anos para mudar radicalmente ou se temos menos: se a fina camada de gelo que impede os gases com efeito de estufa nas imensas estepes russas de passar à atmosfera derreter, a situação passa para lá do nosso controle. A consciência ecológica tem que ser universal, urgentemente. Veja e divulgue este filme, leitor. O filme em português não tem a mesma qualidade de em inglês ou em francês.
No princípio havia as arqueobactérias e uma delas, a cianobactéria, aprendeu a desdobrar o CO2 da atmosfera: é o nosso antepassado comum, o fundador desta família que somos com as plantas e os animais e que nunca esteve tão perto da extinção como agora... veja a história, divulgue-a, porque só se nos virmos como uma família em risco nos poderemos salvar.

(Em 19/06/2009:) Para entender como chegámos a este ponto na História, como criámos uma sociedade que consegue levar a espécie que somos, o homo sapiens, à extinção, junto com a maior parte das espécies (creio que ficarão as arqueobactérias) convém ver a adenda ao filme Zeitgeist, Zeitgeist II. São mesmo tempos de mudança; se no sentido do inferno ou do paraíso depende da consciência que formos capazes de criar, da opinião pública mundial desperta.