A consciência de que o sistema chegou ao seu limite, de que tem que ser substituído por democracia real, participativa, criativa, continua a aumentar ... e continuará até chegar a abranger mesmo os 1%, aqueles que pensam preferir o passado! É como "baixar" um programa, como dizem os brasileiros, fazer um "download". Somos os 99%. O download está a fazer-se pacificamente. Daqui a um ano, nos últimos 1%, "é que a porca torce o rabo". Aproveitemos este tempo de paz, de encanto, de esperança, de alegria, de criatividade... exigeons l'impossible!
O movimento em curso é rigorosamente não violento. A violência é sempre uma provocação comprada pelos 1%. Lembremos que a arma do passado é a mentira, a manipulação, a incitação à desistência, ao desespero.
Muito obrigado por comentar. Creio que o "pacifismo", a recusa da violência, é muito importante.Serve, por exemplo, para distinguir quem tem razão, porque não precisa de violência. A violência a que os 99% da população são sujeitos pelos 1% não me dá mais apreço por eles, pelo sistema; compaixão, talvez. De qualquer forma, usar como justificação para a violência o ser uma forma de ser apreciado pelo poder... não aprecio o poder, fiquemos por aí. Mas pode chamar luta ao que está a acontecer; não será fácil mantê-la não-violenta mas a India independente nasceu assim, sem tiros -- da parte dos vencedores :-) Acho uma lástima queimar Mercedes, são dos melhores carros que há -- o assunto é apenas descobrir que lhes estamos a dar Mercedes sem que os estejam a ganhar, a merecer! Os 99% não são um partido que precise de ser convincente para ter votos -- o caro anónimo, por exemplo, já está convencido de que isto não pode continuar assim, como toda a gente vai tendo consciência. Votaram mal? Eu não votei mal mas, se calhar, hoje, engrossaria o partido que ganhou: a abstenção. É importante não perdermos tempo a lutar uns com os outros, caro anónimo --temos um sistema para reiniciar, a democracia, que não está a funcionar, ou não concorda?
Penso que, pelo caminho que tudo está a tomar a violência vai acabar por aparecer, por parte daqueles que, revoltados não vêm uma mudança a acontecer, ou próxima, e vão encontrar na queima de mercedes a única maneira de se "ouvirem"! Acho que o melhor é a persistência no ideais de cada um pela não violência, mas haverá sempre esses casos, e cada vez mais... Sim, temos de fazer ver que os mercedes que têm somos nós que lhos damos sem os merecerem, o problema é arranjar maneira de o fazer. Pois também acredito que quem anda neles simplesmente não quer saber do resto, e para ficarem com ele fecham os ouvidos e deixam andar... Depois ainda vem o facto de a generalidade do povo português dizer que sim a tudo, e apertar mais aqui e ali e deixar andar, e é isso que temos de mudar! Não podemos ser como o sapo que metemos num tacho de água fria aquecemos até que o sapo morreu cozido! Temos de ser como o que metemos já com a água a ferver e logo saltou fora!! Não acho que a abstenção seja a solução, mas sim o voto branco, pois tem um significado diferente! Para mim a abstenção passa por ser indiferença, é como amuar e ficar no canto a ver o mundo passar (tenho medo de não me explicar melhor)... Já agora, muitos parabéns por este espaço, está digno de ser visto por muito mais gente! Continua o trabalho!! Abraço
Obrigado, Bernardo! Ouvi dizer que deixaram de contar os votos brancos em separado da abstenção. Não sabemos quantos abstencionistas são "protestantes" e quantos são meros preguiçosos mas, na verdade, se acreditassem no sistema, teriam votado; a abstenção a crescer, para mim, tem acompanhado o aumento da consciência de que temos que "reiniciar" a democracia. Sabe bem que tenhas lido e gostado:-) abraço
O pacifismo não leva a lado nenhum!
ResponderEliminarSó traz o desprezo de quem governa!
É com luta que se consegue mudar a sociedade! A história da humanidade é a história das guerras!
As guerras actuais são as greves e as manifestações!
Enquanto não lutarem, verdadeiramente, ninguém levará a sério estes indignados!
Enquanto não se queimarem mercedes nas ruas só terão sorrisos de desprezo!
Porque é que os indignados - que surgiram antes das últimas eleições - não fizeram reflectir o seu desejo de mudança nos resultados eleitorais?
Que continuem a acreditar num novo mundo (precisamos de idealistas) mas sejam mais convincentes!
Muito obrigado por comentar.
ResponderEliminarCreio que o "pacifismo", a recusa da violência, é muito importante.Serve, por exemplo, para distinguir quem tem razão, porque não precisa de violência. A violência a que os 99% da população são sujeitos pelos 1% não me dá mais apreço por eles, pelo sistema; compaixão, talvez. De qualquer forma, usar como justificação para a violência o ser uma forma de ser apreciado pelo poder... não aprecio o poder, fiquemos por aí.
Mas pode chamar luta ao que está a acontecer; não será fácil mantê-la não-violenta mas a India independente nasceu assim, sem tiros -- da parte dos vencedores :-)
Acho uma lástima queimar Mercedes, são dos melhores carros que há -- o assunto é apenas descobrir que lhes estamos a dar Mercedes sem que os estejam a ganhar, a merecer!
Os 99% não são um partido que precise de ser convincente para ter votos -- o caro anónimo, por exemplo, já está convencido de que isto não pode continuar assim, como toda a gente vai tendo consciência. Votaram mal? Eu não votei mal mas, se calhar, hoje, engrossaria o partido que ganhou: a abstenção.
É importante não perdermos tempo a lutar uns com os outros, caro anónimo --temos um sistema para reiniciar, a democracia, que não está a funcionar, ou não concorda?
Pode ser que me esteja a dar palha --- mas é muito saborosa! Pode continuar!
ResponderEliminarPenso que, pelo caminho que tudo está a tomar a violência vai acabar por aparecer, por parte daqueles que, revoltados não vêm uma mudança a acontecer, ou próxima, e vão encontrar na queima de mercedes a única maneira de se "ouvirem"!
ResponderEliminarAcho que o melhor é a persistência no ideais de cada um pela não violência, mas haverá sempre esses casos, e cada vez mais...
Sim, temos de fazer ver que os mercedes que têm somos nós que lhos damos sem os merecerem, o problema é arranjar maneira de o fazer. Pois também acredito que quem anda neles simplesmente não quer saber do resto, e para ficarem com ele fecham os ouvidos e deixam andar...
Depois ainda vem o facto de a generalidade do povo português dizer que sim a tudo, e apertar mais aqui e ali e deixar andar, e é isso que temos de mudar! Não podemos ser como o sapo que metemos num tacho de água fria aquecemos até que o sapo morreu cozido! Temos de ser como o que metemos já com a água a ferver e logo saltou fora!!
Não acho que a abstenção seja a solução, mas sim o voto branco, pois tem um significado diferente! Para mim a abstenção passa por ser indiferença, é como amuar e ficar no canto a ver o mundo passar (tenho medo de não me explicar melhor)...
Já agora, muitos parabéns por este espaço, está digno de ser visto por muito mais gente! Continua o trabalho!!
Abraço
Bernardo Braga
Obrigado, Bernardo! Ouvi dizer que deixaram de contar os votos brancos em separado da abstenção. Não sabemos quantos abstencionistas são "protestantes" e quantos são meros preguiçosos mas, na verdade, se acreditassem no sistema, teriam votado; a abstenção a crescer, para mim, tem acompanhado o aumento da consciência de que temos que "reiniciar" a democracia.
ResponderEliminarSabe bem que tenhas lido e gostado:-)
abraço