"Assim na terra como no céu" é a nossa maneira de dizer, de repetir, um conhecimento ancestral a que chegámos, recentemente, na matemática, nas belas imagens dos fractais. O desenho do infinitamente grande é análogo ao do infinitamente pequeno, como uma espiral que se repete, ganhando complexidade e mostrando, a cada passo, a sua beleza essencial.
A pessoa, a sua casa, a sua freguesia, autarquia, país, são como o planeta Terra, como a nossa galáxia... e é tempo de mudança: o risco para a vida no planeta é análogo ao risco em que Portugal está se não mudar de rumo, aquele em que estamos, cada um de nós, se não quisermos ouvir o que o nosso tempo nos pede.
Sei que colori o penúltimo "post" com emoção (enquanto defendia a razão! ) porque se não fizermos as mudanças que o tempo nos pede é fácil prever o sofrimento que por aí vem. Não é da oligarquia que temos que virá a necessária mudança, é mesmo responsabilidade nossa! Enquanto sentirem que os deixamos, seja a sociedade de consumo a quem parece dar mais lucro a poluição planetária que um comportamento sustentável, seja o esbanjar nacional em TGVs ou "parcerias", sejam as nossas obras municipais sem dar cavaco...-- sem a nossa intervenção tudo continuará até ao desastre. Mas há sinais de que as pessoas sentem ter um papel a desempenhar: o citado movimento 350, com tantas manifestações; a última sondagem em que os partidos da oligarquia descem (enfim!); a saída da sala de membros conscientes da Assembleia Municipal de Santo Tirso, em protesto contra a falta da informação pedida, ou seja, contra a falta de transparência, de democracia, do nosso poder autárquico.
É o nosso tempo, o tempo dos cidadãos conscientes da necessidade de mudar.
A democracia é o pior dos sistemas políticos-- com a excepção de todos os outros! Sem a nossa ajuda, com movimentos cívicos, associações, manifestações, seja o que for, os que têm actualmente o poder de escolha continuarão a escolher o que lhes parecer trazer beneficio imediato (a eles); continuarão a errar. A opinião pública consciente é aguda necessidade.
É o nosso tempo!

Como somos um país às direitas, de muita gente habituada ao seu destino subserviente, incapaz de contestar, incapaz de ver mais além, iremos continuar na mesma:
ResponderEliminar- Que venha o Dom Sebastião para nos salvar! Ou então que me saia o euro-milhões!
E que Deus nos livre dos comunas!
- A culpa é da crise, o que é que se pode fazer? - O governo não pode fazer nada porque é a Europa quem manda aqui!
- Há demasiados funcionários públicos! É por causa desses gajos que não fazem nada que nós chegámos a este estado! Ando eu a pagar impostos para sustentar essa cambada! Era despedi-los a todos!
Mas depois teríamos de lhes dar o subsídio de desemprego para estarem em casa sem fazer nada.
- Era o Salazar! Faz-nos falta um Salazar para por isto na ordem!
- E deveria haver mais polícias na rua para acabar com essa roubalheira que para aí anda! Mas parece que eles também são funcionários públicos...
Vendas de carros de luxo em Portugal aceleram em 2010, Porsche prevê "ano recorde".
- Afinal há dinheiro, carago! O governo que o vá procurar para pagar a crise! Não, isso não pode ser, pá! Nem pensar nisso! Digo-te mais, se me saísse o euro-milhões também comprava um.
Obrigado por comentar. Hoje "O Público" publica um estudo, que encomendou a uma empresa chamada Price Waterhouse Coopers, que mostra como serão os contribuintes com recursos mais baixos os mais afectados com as anunciadas subidas de impostos. No sábado o "Expresso" mostrava-nos os biliões da "derrapagem" dos contratos do Estado com privados, as "parcerias", biliões a mais do previsto, um buraco que não se consegue cobrir com este aumento do IVA, por exemplo, porque é muito maior. Sou um burguês nada interessado em ir trabalhar para a Sibéria mas a análise do PCP, de que este governo está a fazer o jogo que convém ao grande capital é, simplesmente, exacta! A Verdade interessa. Existe. Assim como é verdade que as escolas privadas têm aumentado e que o governo se tem demitido das suas responsabilidades, mais, que tem, objectivamente, ajudado o ensino privado e a saúde privada, sem qualquer benefício para os contribuintes. Só é preciso não substituir esta oligarquia por uma "Nomenklatura", camarada "Avante" :-)
ResponderEliminarNem por uma oligarquia como a chinesa!
O nosso tempo tem muito a ver com a quadratura entre Plutão e Urano, que tem aspectos exactos entre 2010 e 2015 http://www.alanoken.com/newsletter/pdf/Pluto%20square%20Uranus.pdf
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