domingo, 7 de agosto de 2011

Tempos de mudança (V)

 Esta semana o mundo sentir-se-à abalado nos seus alicerces, vai sentir-se traído pela Razão, pelas "luzes" em que confiou, vai para um quarto de milénio, para que criassem o Estado moderno, que, nos próximos anos, chegará ao fim, terá que ser substituído.
O trabalho central, destes tempos em que estamos, é imaginar, criar, a estrutura social da nova era. Portugal já descobriu mundos até aí desconhecidos, já criou a primeira globalização, já esteve no início de uma nova era; poderá contribuir?
De nosso nome Lusitânia, terra da Luz, estamos soberbamente conscientes do falhanço do Estado moderno, enquanto estrutura confiável para lidar com o tempo presente. Como aliados, países capazes de entender a necessidade de mudar estruturalmente, temos a Grécia, berço da nossa civilização, a Irlanda, berço da Cristandade europeia, ainda à espera do Rei Artur, a vizinha Espanha, que espera, na "Porta do Sol", pelo amanhecer, a Itália, berço do Império Romano, de quem herdámos o Direito, a justiça prática... e juntar-se-à a nós o mundo anglófono, surpreendido com o desabar do seu Império financeiro.
Estarão os nossos jovens juristas a criar, com a imaginação, as estruturas para propor ao mundo? Não queremos perder, nem a ideia de Democracia, que herdámos dos gregos, nem a fraternidade que a Irlanda implantou entre os bárbaros, nem a grandeza, de quando a península foi dona do mundo, nem o Direito, dura lex sed lex, que permitiu o comércio e o enriquecimento, nem os direitos humanos, invenção do novo mundo. Sabemos que este instrumento informático, a comunicação que estamos a usar, a qual chega instantaneamente a toda a parte, faz parte da solução; mais não sabemos. E é tempo, mais que tempo, de projectarmos a estrutura jurídica da nova era.
Que as portas do Sol o deixem entrar para um mundo em paz!

5 comentários:

  1. burro que não gosta de palha9 de agosto de 2011 às 04:41

    Palha. E o Brasil? E Angola? A Comunidade Lusofona?
    Os juritas vêm atrás das mudanças, não antes delas.

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  3. O conflito é inevitável:

    Ricos,pobres
    Esquerda, direita
    Social, policial
    Conformismo, coragem
    Ruptura, continuidade
    Selvajaria liberal, socialismo tolerante.

    Chegámos ao "canto do cisne" da civilização ocidental.
    Os recursos do planeta já não permitem levar à
    letra o ensinamento divino "crescei e multiplicai-vos".
    A capacidade auto-destrutiva atingiu os patamares inimagináveis.

    O que está em causa é a capacidade da humanidade em encontrar no seu código genético uma postura alternativa e menos óbvia para lidar com a actualidade.

    Será que consegue?

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  4. Imprensa francesa explica motins com o crescente fosso entre ricos e pobres

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  5. Valorizo muito a informação. É preciso que saibamos que esse fosso entre os ricos e os pobres está a crescer, não só no país mas entre a Europa e a Africa, por exemplo. Informados, podemos tentar compreender o fenómeno.
    E procurar soluções.
    Estas terão que ser globais. Mas, se déssemos ao mundo um exemplo de como se pode lidar com os problemas, isso decerto seria interessante!

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