Pranto pelo dia de hoje
Nunca choraremos bastante quando vemos
O gesto criador ser impedido
Nunca choraremos bastante quando vemos
Que quem ousa lutar é destruído
Por troças por insídias por venenos
E por outras maneiras que sabemos
Tão sábias tão subtis e tão peritas
Que não podem sequer ser bem descritas.
Nunca a economia teve um lugar tão central na res publica. Em todos os países europeus o poder político se submete ao económico, o qual o manipula investindo em marketing e em "outras maneiras que sabemos / Tão sábias tão subtis e tão peritas / Que não podem sequer ser bem descritas".
Nunca choraremos bastante quando vemos
O gesto criador ser impedido
Nunca choraremos bastante quando vemos
Que quem ousa lutar é destruído
Por troças por insídias por venenos
E por outras maneiras que sabemos
Tão sábias tão subtis e tão peritas
Que não podem sequer ser bem descritas.
Ou os nossos representantes eleitos são competentes para defender o interesse público ou não são. Tudo aponta para uma terceira hipótese: são competentes para defender os interesses privados!
Na página 5 ficámos a saber que a REN (a empresa Redes Energéticas Nacionais) que é dona das linhas de alta tensão, que tanto trabalho e dinheiro custaram ao erário público durante tantos anos e que são uma infra-estrutura cuja falta mexe com a segurança nacional, já só pertence em 51% ao Estado; e que esses 51% vão ser privatizados, prevendo-se que por 700 milhões de euros.
700 milhões de euros! Vale a pena o Estado perder assim a soberania? Vai recuperar com isso os milhares de milhões de euros perdidos a indemnizar os investidores do BPN ou aqueles perdidos nos túneis da Madeira? Que é que isso ajuda a pagar os seis mil milhões que estão no orçamento de 2012 para pagar juros da dívida?
A aflição financeira do Estado é favorável a vender ao público estas vendas absurdas, que noutro tempo, o povo não permitiria.
Perdoe-me o leitor mas são coisas
Que não podem sequer ser bem descritas !
"Para que algumas empresas da Europa, nomeadamente da Alemanha e de França pudessem vender os seus equipamentos a um mercado asiático que apenas agora começou a revolução industrial, outros países onde o têxtil era uma tradição ancestral não conseguiram resistir à invasão dos produtos asiáticos"
ResponderEliminarOs ditos "mercados" gostam da globalização, que cria situações injustas. Já que não podemos desvalorizar a moeda, temos que ter a coragem de de criar algumas taxas alfandegárias. Para os Porches, por exemplo! Como diz hoje "a Europa", recuperar a soberania política aos "mercados", as pessoas são o fim da economia, e está ao contrário.
ResponderEliminarAlém disso, a REN e a EDP são empresas rentáveis.
ResponderEliminarPorque raio quer o governo abdicar desta estratégica fonte de receitas?
Porque não fazem um referendo na internet?
Como anda a popularidade deste governo?
Ainda vamos dar razão à professia do Otelo: atingido o limite, pega-se nas armas e rua com o governo!