quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Ciclo de Conferências "Santo Tirso, que futuro?"


A conferência de amanhã, sexta-feira, 9 de novembro, às 21.30 h, sobre "Turismo e Cultura", mudou de sítio: será no Barmali, na Praça Coronel Baptista Coelho.
Ao fundo destas duas colunas do blog (o blog é profundo!) está o programa das quatro conferências, iniciativa da Associação Amar Santo Tirso. Apareça!

Domingo, 11 de Novembro de 2012: Na conferência falou-se da importância da história, do património, para o turismo, de guias que criem encanto a partir de memórias, e do património edificado recentemente, do museu de escultura, de obras como o edifício dos bombeiros "vermelhos", de Alvaro Siza, que será inaugurado no dia 6 de Novembro. E falou-se de estratégias seguidas por outras cidades, da estratégia de focar o turismo numa ou duas coisas que identifiquem a cidade; de como a população de Cerveira, por exemplo, interiorizou a Bienal, de como ela serve de chamariz turístico durante todo o ano; ou de como Ponte do Lima valorizou os solares e a gastronomia... Mas não se falou de como Ponte do Lima valorizou a agricultura e a ecologia, só permitindo pequenas indústrias não poluentes no seu ordenamento territorial; creio que o orador, bracarense, estava muito consciente da história da indústria textil no nosso Concelho, de como isso o caracteriza.
Ora, historicamente, digo eu, antes da textil, cujo ciclo chegou ao fim (falou-se de que há turismo dirigido a fábricas antigas, desactivadas, noutras bandas), historicamente, a nossa região, nas margens do Ave e seus afluentes, era um paraíso de fauna e flora, razão porque já tinha um mosteiro cristão no tempo da administração pública muçulmana, os monges eram lavradores. E, quando, há cem anos, Santo Tirso entrou na moda como destino turístico, os abastados visitantes vinham à procura do rio, da sua exuberante vegetação e da sua beleza. A paisagem é, ainda hoje, depois de ter sido destruída por décadas de desprezo, um bem patrimonial. E a sua protecção um dever. 
"Não desfazendo" nos jesuítas e no licor de Singeverga, a minha sugestão, para encontrar um tema, é que a nossa Bienal seja sobre ecologia. Que o nosso assunto seja a sociedade pós-industrial, a reestruturação depois do século XX, que a Escola Agrícola se transforme numa referência mundial de investigação de agricultura "biológica", que a natureza, que as paisagens, sejam acarinhadas. Não há contradição entre a natureza e o homem: somos todos um. O lavrador que quer construir, em betão, num vale, tem vantagem em ser ajudado a recuperar algum velho edifício de pedra -- sem betão! As vantagens do respeito pela natureza não são apenas culturais e turísticas, são quotidianas e reais para quem habita no Concelho.

Deixo aqui o calendário das próximas conferências:

Dia 15 de Novembro: Imprensa local
     Luis Américo Fernandes (director do "Entre-Margens") e Dra. Manuela Couto
     na Junta de Freguesia de S. Martinho do Campo, às 21:30
Dia 26 de Novembro: Economia local e economia social
     Maria José Abreu (da Universidade do Minho) e Gilda Torrão (da ASAS, Santo Tirso)
     na Associação de Solidariedade Humanitária de Monte Córdova, às 21:30
Dia 13 de Dezembro: Educação, desporto e juventude
     Joaquim Azevedo (da Universidade Católica) e Henrique Calisto
     na Junta de Freguesia da Vila das Aves, às 21:30

O debate sobre Imprensa local foi adiado para 7 de Dezembro, às 21:30, na Junta de Freguesia de São Martinho do Campo.

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