A lei dá aos autarcas grande autonomia, é legal esta situação. O comentário do autarca do PS foi este: "Admito que possa parecer mal, mas não me pesa na consciência". É claro que as leis são feitas pelos partidos, os quais só valorizam a opinião pública na medida em que isso renda, em votos. E se os votos lhes permitem ter poder, o qual pode ser usado em seu benefício, seu da classe política, porque haveríamos de esperar que os deputados fizessem leis que o restringissem?
Por outro lado a "vox populi" pode ser injusta; incomoda-me muito a falta de rigor, o exagero das anedoctas sobre os políticos. Por exemplo diz-se que os autarcas são muito devotos já que não fazem contratos sem ter um terço na mão! Ora, um terço é 33,(3)% do montante da adjudicação, quando, como sabem os fornecedores de bens e serviços às Câmaras, o que está estabelecido como norma, no país, pagável a "testas de ferro" e indetectável a uma muito pouco provável investigação judicial, é 30%: para fazer uma graça sacrificou-se o rigor, a justiça!
O responsável por aquilo a que se chama "corrupção" é o sistema de governos "representativos" ao qual chamamos "democracia" mas que é o seu contrário, é uma oligarquia! Os "políticos" são inocentes, pessoas bem adaptadas ao sistema, incapazes de ver injustiça no que fazem. O poder corrompe e só lá chega quem o não tenciona pôr em causa.
O que é notícia não é a norma, é a excepção: é notícia a Câmara de Cascais e a experiência de democracia participativa que está a levar a cabo:
http://www.cm-cascais.pt/video/cascais-capital-da-cidadania-e-democracia-participativa-2013
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| O jantar de fim de curso do doutor Relvas: a injustiça da opinião pública. |

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