Ora acontece que a agressão, a violência, é irracional, inútil, e atrapalha mesmo a resolução dos problemas. E nós, espécie humana no seu encantador planeta, temos um problema a sério. Funcionamos por regras inadequadas que, além do sofrimento, nos podem levar a não sobreviver, espécie e planeta vivo.
A frustração que nos traz a consciência disto leva, pela tal lei da Psicologia, à agressão. Mas bastaria levar a consciência um pouco mais longe para perceber que esse caminho irracional nos não convém.
Creio que o que nos faz comunicar é o desejo de partilhar um ponto de vista. E há sempre frustração porque o outro nunca pode ter o nosso ponto de vista. E, quanto mais amarmos, mais frustrados com a dificuldade, intrínseca à individualidade.
Vejo um pôr-do-Sol espectacular, fotografo-o com o telefone, envio… Mas quem poderia sentir o que senti, mesmo que ao meu lado estivesse?
As discussões dramáticas e barulhentas entre gente que se ama nascem de que nunca nos poderíamos fundir ao ponto de sentir o que o outro sente.
Porém, namasté, no centro de nós mesmos, somos e estamos juntos com tudo e com todos e aceitamos as visões subjectivas das personalidades porque nos sabemos unidos no essencial.
A criação de novas regras que aproveitem a ciência e a técnica para criar abundância e liberdade para todos e saúde para o planeta está-se a passar. Ora, durante a gestação não convém a uma grávida andar à pancada, sequer sentir-se frustrada… Convém, e a natureza lho concede, que ande feliz!
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| A travessia |

Não violência? Tomando, das suas palavras, a lei de que “a frustração leva à agressão”, decerto se apercebeu do capitalismo a criar a nossa frustração para a capitalizar em vontade de guerra, ou seja oportunidade de emprestar ao paises beligerantes e de vender armamento… A Europa, arruinada pela guerra, a pagar juros, deixaria de fazer sombra ao dólar.
ResponderEliminarNão violência quer dizer não reagir a esta agressão?
Exactamente! Trata-se de não reagir a esta agressão, de não obedecer à lei da Psicologia que nos levaria, em princípio, a aceitar a guerra, a “saída” agressiva para a nossa frustração, para a miséria a que o Capitalismo está a levar as nossas Repúblicas, que oportunamente endividou, com astúcia.
ResponderEliminarTrata-se de não acreditar na imagem de Putin que nos vendem, a de um novo Stálin, contra o qual devemos partir em cruzada, mas de o ver como um czar, sim, um “paizinho” ao gosto da velha Rússia, preocupado com a defesa da mãe Rússia mas sem a ambição de conquistar Europa. Trata-se de compreender que o adversário é a oligarquia financeira internacional, não a Rússia nem os muçulmanos, e de establecer boas relações com a Rússia, quiçá de a convidar a integrar uma União Europeia democratizada em que ela tivesse o mesmo voto que o dos outros, como Portugal.
Trata-se de crescer em consciência, e ganhar consciência de que estamos a ser manipulados para nos arruinarmos e morrermos na guerra parece-me das primeiras coisas a fazer!