Tivemos, ontem, um jantar/debate, organizado pela Associação Amar Santo Tirso e pela Câmara, na cantina da Escola Agrícola. Quem se inscreveu, pelo email da Associação, pagou 12,5€, comeu bem, e pôde ouvir Arlindo Cunha, à vontade, exprimindo-se com clareza e convicção. Aquilo em que insistiu foi na necessidade de convencer as “grandes superfícies”, os “centros comerciais”, que apareceram pelo país todo, a comprar produtos agrícolas frescos, localmente. Disse-nos que, se nos vêm “espoliar” dos nossos recursos, deveriam, como contrapartida, favorecer os agricultores, comprando, dando-lhes um escoamento seguro dos seus produtos.
Falou do PAC, a Política Agrícola Comum do Mercado Único europeu, que consistia em garantir um preço aos agricultores, mesmo que o mercado falhasse, política criada para incentivar a produção mas que levou a um excesso desta e foi sendo alterada, sobretudo pela crítica inglesa.
Arlindo Cunha insistiu no sucesso da agricultura portuguesa, que se modernizou e aumentou a sua participação no PIB e nas exportações.
Pareceu-me um “social-democrata”, ou seja, pareceu-me ser a favor de um capitalismo regulamentado, embora não tenha criticado, directamente, esta recente fé na desregulamentação, que aqui nos trouxe. Confiar que as grandes superfícies venham a fazer o papel das feiras e das cooperativas pareceu-me ingénuo. Mas foi uma boa palestra, com boas respostas a algumas perguntas da assistência.
Sem comentários:
Enviar um comentário