Grande parte da classe média portuguesa vai ter insónias, hoje. O espectro do Comunismo foi invocado pela propaganda oficial e mete medo. Os cruzados cristãos, no século XI, comeram, mesmo, muitas criancinhas muçulmanas, em Constantinopla (e estamos a pagar esse crime tão antigo) mas não foram os comunistas! Por outro lado, Stálin mandou, de facto, muita gente inocente morrer de frio na Sibéria mas é mais fácil compará-lo, hoje, aos que dizem que “não há alternativa” que ao secretário geral do PCP.
Hoje, trata-se, apenas, caros colegas em burguesia, do funcionamento normal da democracia parlamentar, trata-se de um governo do PS que negociou o indispensável apoio de uma maioria de deputados na Assembleia da República; alguns deles são comunistas, sim, mas cumpridores da Constituição -- ao contrário dos que apoiavam o defunto governo, dado a governar fora da lei.
Nos anos 60 do século passado, legislavava Salazar, os portugueses viam a França como a terra prometida. Tanto desejávamos uma democracia parlamentar burguesa que o Partido Comunista se reuniu e decidiu criá-la, chegar ao poder pelos votos. Nunca chegou; mas devemos-lhe, em grande parte, esta democracia, “o pior dos sistemas políticos, com a excepção de todos os outros”.
E eis que os comunistas se decidiram a usar os votos que tiveram para derrubar um governo exageradamente a favor do poder financeiro e para permitir um governo alternativo. Afinal, há alternativa!
Hoje foi um dia em que os democratas se sentiram felizes. Um caminho pacífico para alguma decência na política, quem sabe? Uma esperança que vem de longe…
E “não há machado que corte / a raiz ao pensamento!“:
Portugal volta, enfim, à civilização europeia, empobrecido, embora, depois de um longo passeio pelo terceiro mundo.
Parabéns aos deputados democratas, à metade racional do hemiciclo, à decência com que se comportou perante a irracionalidade da metade direita.
terça-feira, 24 de novembro de 2015
sexta-feira, 20 de novembro de 2015
Marcha global pelo clima
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sexta-feira, 13 de novembro de 2015
Deselegância política
A TAP era uma empresa pública, de reconhecido interesse estratégico nacional.
Os governos têm vendido parte dela e, agora, este governo, provisório, recusado pela Assembleia da República, que está apenas em gestão, tomou a iniciativa de vender, da TAP, o que ainda era património público.
Já vendeu outras empresas que deveria conservar, por ligadas à segurança nacional, como a REN, a EDP, a PT…
No caso da TAP a venda é anunciada por 150 milhões de euros. Valor que “justifica” a venda. Deixo aqui uma conta de aritmética elementar: Os juros anuais da dívida externa do Estado, que figuram nos orçamentos dos últimos anos, têm sido à volta de 8000 milhões de euros
8000 a dividir por 150 dá 53. Portugal, só para pagar os juros, precisa de vender 53 empresas como a TAP, por ano.
Se se trata de juntar os tostões todos, então como explicar tantos e tantos gastos absurdos?
Não se trata de má gestão mas de gestão danosa. De gestão a favor dos usurários.
A administração pública foi comprada, há anos, não age a favor dos portugueses, funciona num delírio sistematizado, acredita, creio que sinceramente, que não há alternativa à escravidão da usura.
Há dois anos o país já era "irrespirável”
Os governos têm vendido parte dela e, agora, este governo, provisório, recusado pela Assembleia da República, que está apenas em gestão, tomou a iniciativa de vender, da TAP, o que ainda era património público.
Já vendeu outras empresas que deveria conservar, por ligadas à segurança nacional, como a REN, a EDP, a PT…
No caso da TAP a venda é anunciada por 150 milhões de euros. Valor que “justifica” a venda. Deixo aqui uma conta de aritmética elementar: Os juros anuais da dívida externa do Estado, que figuram nos orçamentos dos últimos anos, têm sido à volta de 8000 milhões de euros
8000 a dividir por 150 dá 53. Portugal, só para pagar os juros, precisa de vender 53 empresas como a TAP, por ano.
Se se trata de juntar os tostões todos, então como explicar tantos e tantos gastos absurdos?
Não se trata de má gestão mas de gestão danosa. De gestão a favor dos usurários.
A administração pública foi comprada, há anos, não age a favor dos portugueses, funciona num delírio sistematizado, acredita, creio que sinceramente, que não há alternativa à escravidão da usura.
Há dois anos o país já era "irrespirável”
segunda-feira, 9 de novembro de 2015
Xeque-mate, sr. Presidente!
O programa para um governo estável, com o apoio, na Assembleia da República, do PS, PCP, Verdes e Bloco de Esquerda foi apresentado ao País. Gente sensata, que soube dialogar, que sabe que o óptimo é inimigo do bom!
Parabéns!
Será que a oligarquia financeira não controla todos os nossos “representantes”? Este é o tempo de acreditar num caminho inteligente e pacífico para a Democracia.
Parabéns!
Será que a oligarquia financeira não controla todos os nossos “representantes”? Este é o tempo de acreditar num caminho inteligente e pacífico para a Democracia.
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