quarta-feira, 30 de março de 2016
Os sonhadores são tratados com condescendência, ninguém imagina que a solução dos nossos problemas passe pelo sonho. Mas passa: o sonho é a semente do futuro.
E, se nos esquecermos de sonhar o que queremos -- acontece o que tememos.
O sonho de todos os humanos é viver em Paz, em abundância, Livres, claro (nem mesmo lembrando que houve tempo em que o não fomos), gozando as belezas inacreditáveis do planeta em que vivemos, encantados com a companhia de todos os outros humanos e criando o Paraíso vivo, eternamente perfeccionável...
E o medo dos humanos, seja onde for que vivamos, é o medo de que nos venham trazer a guerra e nos escravizem. Ora, é mesmo do medo que nasce a guerra e a miséria!
Se procurarmos ver o outro, que nos é apresentado como inimigo, como alguém que partilha connosco sonhos e medos, que nos espelha, como nós a ele, abrimos o caminho para o respeito, para o afecto e a compaixão, que a nós mesmos devemos, também, como a todos os amedrontados.
O encontro dos líderes portugueses das dezassete religiões mais importantes, na Mesquita de Lisboa, para rezar pela Paz, tendo como convidado o Presidente da República, enquanto símbolo de um país cuja Constituição as respeita a todas igualmente, encontro oficial de boa vontade, é um sonho realizado. É um exemplo para Europa, amedrontada com o Islão.
O sonho tem que iluminar o medo. Não o poderá eliminar mas pode-o integrar, reconhecer -- e pode-nos dar coragem, a virtude que, para Aristóteles, fica no meio, entre a cobardia e a temeridade.
E só na medida em que formos corajosos não desistiremos do sonho e evitaremos a guerra.
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