Consumou-se o golpe político parlamentar no Brasil. Uma Presidente eleita pelo povo é substituída por um indivíduo que não tem direitos políticos durante 8 anos (consequência de "doações" que fez com dinheiro do Estado) mas que vai passar de presidente interino a Presidente, escolhido por senadores que, também eles, estão em processos por corrupção. Políticos 2 -- Povo 0!
Não apenas a "democracia" brasileira, o sistema político e os políticos saem desprestigiados, mas também a Justiça brasileira.
O lado interessante disto é a clareza com que os brasileiros -- e o Mundo! -- podem ver a necessidade de refazer a democracia, podem ver a ineficácia, em termos de poder do "demos", do povo, dos sistemas representativos parlamentares e a necessidade de criar a democracia directa.
Dilma vai recorrer, na esperança de reabilitar a Justiça brasileira, apanhada nas malhas da oligarquia e dos seus lacaios políticos.
Sexta-feira, 2 de Setembro: Anatomia do golpe, um artigo de Joana Mortágua, elucidativo.
quarta-feira, 31 de agosto de 2016
quarta-feira, 17 de agosto de 2016
Um bastonário sensato
O bastonário da Ordem dos Médicos, ontem entrevistado na RTP, disse o que os portugueses adormecidos deveriam gritar ao governo: Porque é que ainda não acabou com o corte à verba orçamentada para a Saúde, um erro político que este governo já deveria ter corrigido?
Trabalhos encomendados pela Organização das Nações Unidas, já aqui referidos, deram-nos a conhecer, há anos, que o investimento na saúde é aquele que tem maior impacto para tirar um país do subdesenvolvimento, para aumentar a riqueza e o bem-estar de todos. É o investimento prioritário.
A média dos países europeus, ainda baixa, é de 6,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para a saúde. O nosso está bastante abaixo da média, sobretudo desde que o governo anterior escolheu sacrificar o futuro de Portugal para obedecer aos “mercados”. Acontece que o nosso PIB é muito baixo e o orçamentado para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) é insuficiente; este teria que ser, para evitarmos o subdesenvolvimento, uma percentagem do PIB superior à média europeia de 6,5%. Mas o bastonário limitou-se a pedir esses 6,5% do PIB, para evitar o colapso do SNS.
Os “mercados”, que controlam a informação, não se cansaram de nos dizer que havia corrupção no SNS, desvios dos dinheiros públicos; e de sugerir que as clínicas privadas, inacessíveis aos mais pobres, seriam a “solução". Pois bem, controle-se a corrupção -- como tem sido feito -- mas não se junte uma nova perda de verbas, cortando ao orçamento do SNS. Em vez de ser uma "solução", as insuficiências orçamentais têm levado, por exemplo, o SNS a contratar médicos privados para funções indispensáveis -- por três vezes mais que o que custam no SNS. Não se chama a isto estupidez, chama-se gestão danosa! É o cínico argumento da poupança usado para desviar dinheiro público para as clínicas privadas, para os seus accionistas.
A desigualdade de rendimentos está estatisticamente relacionada com todos os problemas sociais – doenças, número de homicídios, de presos, etc -- e isto foi demonstrado há mais de sete anos. Combater a desigualdade de rendimentos é o assunto prioritário de qualquer política, de esquerda ou de direita. Ora, pedir aos cidadãos que façam um seguro médico é aumentar a desigualdade e é faltar ao respeito pela Constituição, erro que a “geringonça” já deveria ter corrigido – deveria ter reposto as verbas para a saúde no primeiro dia, porque se trata do mais importante, simplesmente.
O Bastonário da Ordem dos Médicos repetiu a mensagem com clareza, para acordar cidadãos e governantes adormecidos. Oxalá consiga, merece o nosso apreço e gratidão.
Trabalhos encomendados pela Organização das Nações Unidas, já aqui referidos, deram-nos a conhecer, há anos, que o investimento na saúde é aquele que tem maior impacto para tirar um país do subdesenvolvimento, para aumentar a riqueza e o bem-estar de todos. É o investimento prioritário.
A média dos países europeus, ainda baixa, é de 6,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para a saúde. O nosso está bastante abaixo da média, sobretudo desde que o governo anterior escolheu sacrificar o futuro de Portugal para obedecer aos “mercados”. Acontece que o nosso PIB é muito baixo e o orçamentado para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) é insuficiente; este teria que ser, para evitarmos o subdesenvolvimento, uma percentagem do PIB superior à média europeia de 6,5%. Mas o bastonário limitou-se a pedir esses 6,5% do PIB, para evitar o colapso do SNS.
Os “mercados”, que controlam a informação, não se cansaram de nos dizer que havia corrupção no SNS, desvios dos dinheiros públicos; e de sugerir que as clínicas privadas, inacessíveis aos mais pobres, seriam a “solução". Pois bem, controle-se a corrupção -- como tem sido feito -- mas não se junte uma nova perda de verbas, cortando ao orçamento do SNS. Em vez de ser uma "solução", as insuficiências orçamentais têm levado, por exemplo, o SNS a contratar médicos privados para funções indispensáveis -- por três vezes mais que o que custam no SNS. Não se chama a isto estupidez, chama-se gestão danosa! É o cínico argumento da poupança usado para desviar dinheiro público para as clínicas privadas, para os seus accionistas.
A desigualdade de rendimentos está estatisticamente relacionada com todos os problemas sociais – doenças, número de homicídios, de presos, etc -- e isto foi demonstrado há mais de sete anos. Combater a desigualdade de rendimentos é o assunto prioritário de qualquer política, de esquerda ou de direita. Ora, pedir aos cidadãos que façam um seguro médico é aumentar a desigualdade e é faltar ao respeito pela Constituição, erro que a “geringonça” já deveria ter corrigido – deveria ter reposto as verbas para a saúde no primeiro dia, porque se trata do mais importante, simplesmente.
O Bastonário da Ordem dos Médicos repetiu a mensagem com clareza, para acordar cidadãos e governantes adormecidos. Oxalá consiga, merece o nosso apreço e gratidão.
sexta-feira, 5 de agosto de 2016
O Jornal de Santo Thyrso de hoje informa-nos do novo alento do velho projecto de edificar um novo edifício para o Hospital Público (projecto prometido pela ministra Leonor Beleza).
Cautelosamente (a geringonça continua a temer os lobis da medicina privada), apenas se fala de um edifício complementar, sem que o actual fosse destinado a outra coisa. É que o Estado paga uma renda à Misericórdia, a quem o edifício foi devolvido (em vez de expropriado) e a Misericórdia, sem essa renda, teria a vida dificil -- perder-se-iam votos, o motor das obras! Mas é claro que seria menos oneroso para o Estado e mais prático para os serviços fazer um Hospital novo, com todas as valências no mesmo local e livrando-se o Estado dessa renda.
Vamos, porém, ser optimistas (ou ingénuos!) e ver na notícia um recuo do poder político das empresas privadas de saúde, que têm direito constitucional a existir, mas que têm sido beneficiadas pelo Estado de forma chocante. É uma situação análoga à das escolas privadas, em que o Estado constrói uma Escola Pública mas continua a pagar à escola privada da zona, com quem tinha um contrato, por não haver, ali, uma escola pública, mesmo depois de a construir: é a conhecida submissão do poder político ao poder financeiro.
Mas o Hospital é uma boa notícia! O projecto tem razão de ser --há doentes!-- e resistiu aos interesses privados que o atrasaram durante tantos anos.
Pretende servir, também, a Trofa e Famalicão. Do ponto de vista de Santo Tirso é um equipamento, tem influência no Urbanismo da cidade, chama-a para onde for edificado.
Escrevi, há anos, um artigo no Jornal de Santo Thyrso, "A Cidade Desnorteada", em que falava do indesejável crescimento para Sul da cidade e da necessidade de construir equipamentos na margem Norte do rio, para a chamar para lá, para a encosta virada ao Sol, onde ficam todas as nossas cidades, como Lisboa, o Porto ou Coimbra. Santo Tirso começou à volta do Mosteiro, na margem Sul, obedeceu ao primeiro grande equipamento que foi feito, o parque D. Maria, um passeio público localizado para usufruir da vista, também na margem Sul, depois o velho Hotel Cidnay, perto do parque, para os turistas do Porto que nos visitavam, o Liceu -- e o urbanismo estava lançado para Sul!
Apesar de a burguesia do século XIX ter construído as suas casas em Além-do-Rio, perto da Estação, são os equipamentos quem leva a cidade atrás, não a habitação. E veio o Mercado, sempre para Sul, os Correios, o novo Cine-Teatro, as novas instalações da Câmara, o novo Tribunal -- afastando a cidade, cada vez mais, do seu centro histórico, que é o Mosteiro.
A zona industrial, por exemplo, localizou-se muito a Sul, ao que dizem em terrenos comprados prevendo a grande valorização que teriam, vendidos ao Município para esse fim. Há uma contradição entre urbanismo e especulação, que espero seja resolvida a favor do urbanismo. Um Hospital deve ter boa exposição solar e ficar numa zona arborizada, não muito longe do centro histórico da cidade. No caso de Santo Tirso, deve ficar na encosta a Norte do rio, contribuindo para corrigir o excessivo crescimento para Sul, que descentrou a cidade. Oxalá esta seja a opinião pública -- e as pessoas tenham, como nos foi prometido, influência na escolha da localização do Hospital. Afinal, este é o tempo da "geringonça" e trata-se do futuro da cidade.
A distância entre a Estação de caminho de ferro e a Central de camionagem (que, idealmente, ficariam juntas) mostra a necessidade de levar o crescimento para Norte.
Alguma coisa foi feita nesse sentido, nos últimos anos: a nova ponte e o percurso pedonal para o parque da Rabada e, na margem Sul mas ainda perto do rio, a utilização pública da antiga "fábrica do Teles" e o restauro do museu Abade Pedrosa, com o novo museu de escultura ao ar livre. Espero que o Hospital seja um bom projecto, funcional, e que ajude a cidade a recentrar-se no Mosteiro, estratégia urbanística correcta, que foi apresentada ao Presidente Jorge Sampaio, quando cá veio, e que espero continue a ser seguida.
Cautelosamente (a geringonça continua a temer os lobis da medicina privada), apenas se fala de um edifício complementar, sem que o actual fosse destinado a outra coisa. É que o Estado paga uma renda à Misericórdia, a quem o edifício foi devolvido (em vez de expropriado) e a Misericórdia, sem essa renda, teria a vida dificil -- perder-se-iam votos, o motor das obras! Mas é claro que seria menos oneroso para o Estado e mais prático para os serviços fazer um Hospital novo, com todas as valências no mesmo local e livrando-se o Estado dessa renda.
Vamos, porém, ser optimistas (ou ingénuos!) e ver na notícia um recuo do poder político das empresas privadas de saúde, que têm direito constitucional a existir, mas que têm sido beneficiadas pelo Estado de forma chocante. É uma situação análoga à das escolas privadas, em que o Estado constrói uma Escola Pública mas continua a pagar à escola privada da zona, com quem tinha um contrato, por não haver, ali, uma escola pública, mesmo depois de a construir: é a conhecida submissão do poder político ao poder financeiro.
Mas o Hospital é uma boa notícia! O projecto tem razão de ser --há doentes!-- e resistiu aos interesses privados que o atrasaram durante tantos anos.
Pretende servir, também, a Trofa e Famalicão. Do ponto de vista de Santo Tirso é um equipamento, tem influência no Urbanismo da cidade, chama-a para onde for edificado.
Escrevi, há anos, um artigo no Jornal de Santo Thyrso, "A Cidade Desnorteada", em que falava do indesejável crescimento para Sul da cidade e da necessidade de construir equipamentos na margem Norte do rio, para a chamar para lá, para a encosta virada ao Sol, onde ficam todas as nossas cidades, como Lisboa, o Porto ou Coimbra. Santo Tirso começou à volta do Mosteiro, na margem Sul, obedeceu ao primeiro grande equipamento que foi feito, o parque D. Maria, um passeio público localizado para usufruir da vista, também na margem Sul, depois o velho Hotel Cidnay, perto do parque, para os turistas do Porto que nos visitavam, o Liceu -- e o urbanismo estava lançado para Sul!
Apesar de a burguesia do século XIX ter construído as suas casas em Além-do-Rio, perto da Estação, são os equipamentos quem leva a cidade atrás, não a habitação. E veio o Mercado, sempre para Sul, os Correios, o novo Cine-Teatro, as novas instalações da Câmara, o novo Tribunal -- afastando a cidade, cada vez mais, do seu centro histórico, que é o Mosteiro.
A zona industrial, por exemplo, localizou-se muito a Sul, ao que dizem em terrenos comprados prevendo a grande valorização que teriam, vendidos ao Município para esse fim. Há uma contradição entre urbanismo e especulação, que espero seja resolvida a favor do urbanismo. Um Hospital deve ter boa exposição solar e ficar numa zona arborizada, não muito longe do centro histórico da cidade. No caso de Santo Tirso, deve ficar na encosta a Norte do rio, contribuindo para corrigir o excessivo crescimento para Sul, que descentrou a cidade. Oxalá esta seja a opinião pública -- e as pessoas tenham, como nos foi prometido, influência na escolha da localização do Hospital. Afinal, este é o tempo da "geringonça" e trata-se do futuro da cidade.
A distância entre a Estação de caminho de ferro e a Central de camionagem (que, idealmente, ficariam juntas) mostra a necessidade de levar o crescimento para Norte.
Alguma coisa foi feita nesse sentido, nos últimos anos: a nova ponte e o percurso pedonal para o parque da Rabada e, na margem Sul mas ainda perto do rio, a utilização pública da antiga "fábrica do Teles" e o restauro do museu Abade Pedrosa, com o novo museu de escultura ao ar livre. Espero que o Hospital seja um bom projecto, funcional, e que ajude a cidade a recentrar-se no Mosteiro, estratégia urbanística correcta, que foi apresentada ao Presidente Jorge Sampaio, quando cá veio, e que espero continue a ser seguida.
quinta-feira, 4 de agosto de 2016
A Fada Madrinha
Era uma vez uma fada madrinha que só tinha seis afilhados, uma menina e um menino, uma mulher e um homem e um velho e uma velha.
A velha nada lhe pedia para si, pedia juízo e saúde para os netos e a fada dava, tendo o cuidado de não dar juízo demais, não concordava com a velha, muito juízo não faz bem às crianças.
O velho pedia-lhe juventude e a fada era parcimoniosa, também, muita juventude não convém à velhice.
A mulher pedia-lhe beleza, que a fada dava, mas receosa pela afilhada—a beleza em demasia é fardo grande!
O homem pedia liberdade e força física e a fada sofria por ele não pedir responsabilidade e força espiritual.
A menina nada lhe pedia, agradecia tudo.
E o menino só lhe fez um pedido, que a deixou receosa, também. Pediu-lhe o dom da escrita, a arte de contar histórias de encantar.
Enquanto pensava se lhe concederia o dom, a fada contou-lhe uma história, na esperança de o fazer desistir da escrita, que lhe parecia coisa perigosa para as crianças.
Contou-lhe que, num reino longínquo, morava um lavrador que não sabia amanhar a terra e passava o tempo a ler e a escrever. Pensava ele que haveria de vender livros e que compraria o pão que não semeava. Escrevia de dia e tinha falta de papel, de tinta e de comida, abundância de dor. Mas o homem acreditava que a dor é a semente dos livros, que é preciso sofrer muito para escrever bem. Portanto escrevia, regava a sua dor, que ia crescendo, crescendo—mas não dava frutos.
Um dia meteu-se a caminho da cidade, à procura de um editor que lhe saciasse a fome.
Mas a dor que o lavrador escrevia nada dizia aos citadinos que compram livros—assim pensavam os editores que visitou. Houve um que gostou de o ler, porém, e lhe ofereceu uma boa refeição em troca dos manuscritos. Faminto, o escritor aceitou.
A fada, aqui, hesitou muito, enquanto o menino pedia que acabasse a história. Deveria dizer-lhe que o lavrador morreu de fome? Que o editor ficou rico com o que publicou?
Ou que o lavrador foi trabalhar nas obras e o livro nunca foi publicado?
A fada olhava para o afilhado cheiinha de compaixão e decidiu acabar a história assim:
O lavrador disse ao seu benfeitor que aceitava a proposta mas que lhe fazia outra: se o livro se vendesse bem, o editor dar-lhe-ia de comer todos os dias e ele continuaria a escrever para ele. Nada tendo a perder, o editor aceitou.
Agora, restava à fada o mais difícil: para que o lavrador continuasse vivo, ele teria que ter o dom da escrita, aquilo que o menino lhe pedia. Se ela desse ao afilhado o dom da escrita, iria ele para uma vida de pobreza, ele que tanto queria escrever?
A deontologia das fadas não lhes permite interferir no que as pessoas fazem com os dons que lhes são dados. Podia dar ou não dar...
Decidiu dar e, também, um bocadinho do juízo para os netos que a velha lhe pedira—na verdade dava mais ao menino que aos netos dela. Mas isto a fada não contou. As fadas não têm que se justificar aos seus afilhados, já se sabe.
segunda-feira, 1 de agosto de 2016
"A Vida é uma Luta"
Eu digo antes (e sabendo dos anti-corpos contra os "burros que falam línguas") "La Vie est un Jeu"; o verbo jouer, en francês, tanto quer dizer jogar como brincar -- a vida é um jogo lúdico, inocente.
As palavras pouco importam, decerto que temos que lutar pela sobrevivência, pela nossa e pela dos outros, mas o que interessa está para lá da sobrevivência, "l'important est invisible aux yeux", como a raposa ensinou ao principezinho de Saint-Exupéry, que amava uma rosa, no planeta dele. L'important c'est la rose.
Podemos chamar "luta" ao jogo que jogamos, constantemente, com o animal que também somos e que queremos integrar, como um cavaleiro que quer ser um com a sua montada, a qual adivinha os movimentos que lhe pede, idealmente. O cavalo sedento atravessa o ribeiro a galope porque sabe que o cavaleiro sabe da sua sede e dela trata -- no seu devido tempo! Confiam um no outro.
O cavaleiro que está em luta com o cavalo malha no rio se o cavalo tiver sede.
Podemos chamar "luta" ao difícil trabalho de aprender a montar, ou a viver, mas aprende-se melhor se for uma brincadeira -- coisa muito séria para as crianças, aliás, mas bem diferente de uma luta, das coisas sem graça que a acompanham, o orgulho do vencedor, a humilhação do derrotado, o ódio ao adversário, a ansiedade, a angústia, o medo de perder... tristes coisas, essas!
É mais bonito jogar com fair play; e a arte é aquilo que interessa, aquilo que fica. Porque está fora do tempo, mora no "mundo das ideias".
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