domingo, 1 de fevereiro de 2009

Tempos de mudança (2)

É um tempo de destruição das velhas estruturas; vemos, desde há um ano, como aquilo que não presta vem sendo exposto para ser destruído. Compete-nos limpar o terreno de detritos enquanto desenhamos o projecto das novas estruturas; e compete-nos salvar da enxurrada aquilo que merece ser salvo.
Isto continuará a passar-se, a todos os níveis, durante mais de uma década, tal a magnitude da transformação que começou. Desde os cidadãos até à Ordem Internacional, passando pelas cidades, como Santo Tirso, este é um tempo de mudança.

Como cidadãos teremos que aprender a ser livres e responsáveis. Temos confiado, como crianças, nos nossos governantes, eles que resolvam os problemas, não temos ligado ao nosso papel de cidadãos livres e responsáveis e a necessidade de mudarmos cada dia se torna mais visível. Sem cidadãos conscientes a tendência natural dos governantes é a de se tomarem por insubstituíveis e abusarem do poder que pusemos nas mãos deles. Torna-se cada vez mais clara a necessidade de contribuirmos para o funcionamento das organizações não governamentais; há-as de toda a ordem, desde o nível local ao internacional e novas aparecerão, quando a nossa lucidez permitir que a sua razão de ser seja visível e as criemos. Aproveito aqui para saudar a Liga dos amigos do Hospital de Santo Tirso contando o que vi: dantes havia um barbeiro no Hospital da Misericórdia mas não está previsto na organização actual, não existe esse funcionário público; então vi um simpático cidadão, membro da Liga, não remunerado, que aprendeu a arte e, desde há 3 anos, barbeia doentes, a toalha pendurada no braço, o ar “profissional”; não esperou pela burocracia, barbeia!
Este espírito de ser uns pelos outros, de ser responsável, foi referido por Obama no seu discurso “inaugural”; existem muitas organizações não governamentais nos EUA e ele fez parte de algumas delas antes de ser presidente.

Como país teremos que deixar a infantilidade de pedinchar fundos europeus, que ser responsáveis por uma Europa livre, solidária no mundo. Teremos que ter a coragem de denunciar a corrupção –que tão bem conhecemos! – nos países africanos de língua portuguesa, por exemplo…

…mas, para já, este é o tempo de destruir o disparate, salvando a democracia!

4 comentários:

  1. Dr.Tozé Miranda: Creio ser dificil nos dias de hoje apreciar o barbeiro da Liga. E isto porque com os tempos que correm apenas se pensa no lucro, no ordenado, enfim no dinheiro. É triste mas é real. Repare na nossa terra. Desde sempre tivemos presidentes da Camara que olhavam e pugnavam por Santo Tirso. Adriano Fernandes,Lima Carneiro, Délio Santarem, Joâo Gonçalves, Azuil Diniz. E depois destes? Politica, politica, partidos e sobreserviência ao poder central, do partido e do poder. E o exemplo certo, na hora e a dar poder de reflexâo é o que se passa hoje em Santo Tirso. Temos um PC que sendo uma boa pessoa, na sua vivencia familiar e amiga é por outro lado um dependente do seu partido e das ideias do seu chefe. Consequencias: Santo Tirso morreu. CF engordou politica e não só. A nossa terra está no mais baixo relevo e nivel da vida nacional. Será isto orgulho de nós tirsenses? Claro que nâo, mas lendo a propaganda somos os maiores. Autdors, jornais, rádios, etc, enaltecem o nome, a vida e o orgulho de CF. Creio que quanto maior for a altura maior será o tombo. Santo Tirso e nós tirsenses. nâo mereciamos isto. Mas a cruzinha no voto é fundamental.

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  2. Obrigado por comentar. Do ponto de vista político gostaria de ver a Assembleia Municipal a ser um forum de debate de estratégias para melhorar a vida dos tirsenses. E gostaria que ela fiscalizasse o que se faz, tostão a tostão. Gostaria ainda que os cidadãos não eleitos para a Assembleia usassem o direito que a lei lhes dá de assistir às suas reuniões. Pelo menos deixaria de se gastar tanto em propaganda.

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  3. Pois é, pois é Doutor. Se assim fosse aquele prédio que é uma aberrraçâo paisagistica nâo tinha sido licenciado. Mas como essa licença foi requerida por um socialista, na altura, foi-o. Sabe de qual predio estou a falar?
    claro o prédio licenciado ao SDias que é a vergonha da nossa terra. Mas como era da cor, nada de problemas. Ninguem se opôs, pelo menos que se saiba, a nâo ser o arquitecto AJM. Em S.Martinho foi abaixo. Triste Santo Tirso. Tristes tirsense que ainda apostam nesta gente

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  4. Caro anónimo
    O problema não será a cor: há disparates de todas as cores. A minha crítica principal ao Partido Socialista é ele não ser socialista, ter-se deixado levar, nestes últimos anos, pela fé neo-liberal que foi moda no mundo e que caíu, com estrondo que se continuará a ouvir. De tanto identificar o interesse público com a saúde dos empresários chegaram a disparates desses. Obrigado por dar vida ao blog, comentando!

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