segunda-feira, 25 de abril de 2011

25 de Abril sempre!

Este ano o 25 de Abril coincide com a segunda-feira de Páscoa, um dia tradicional de alegria, um dia em que as pessoas enchem as ruas de Santo Tirso. Quando esta terra ainda era uma vila, as pessoas entravam, com o Compasso, nas casas umas das outras.
Que a fraternidade, o espírito destas duas datas, ilumine os portugueses, hoje e sempre!
Paz, pão, amor e liberdade!


Este livro, a esta distância, feito por uma historiadora, vem confirmar que, em 1974, a estratégia do PCP consistia em contribuir para criar a democracia que hoje temos e, em eleições livres, chegar ao governo, aliado ao PS.
Nessa época, o PCP, partido anti-fascista que era, não tomou em devida conta a hipótese de que a aversão à tirania, o medo de voltar para trás que os portugueses sentiam, se voltasse contra ele, PCP.
Os 48 anos de propaganda anti-comunista, a que se vinha juntar a memória histórica dos crimes de Stálin, foram campo fértil para a campanha de desinformação que os adversários de uma democracia socialista decidiram fazer: pintaram o PCP como um partido que iria destruir a recém-nascida democracia, tomando o poder pela força, o que não era verdade!
Hoje, quando as vozes que criticam o capitalismo são mais necessárias que nunca, os portugueses mantêm a desconfiança, que tão sistematicamente lhes foi incutida, no partido que mais contribuiu para que, hoje, tenhamos esta liberdade de falar, de escrever, de nos associarmos e manifestarmos; e que tão persistentemente as tem defendido! Fica aqui a homenagem de um burguês individualista: a Verdade interessa!

5 comentários:

  1. Não conheço o livro e pouco sei acerca das reais intenções na participação do PCP na nossa revolução. Sei que ainda não se demarcaram claramente das políticas seguidas na ex União Soviética e isso incomóda-me... Mas não lhes nego o tributo de terem contribuido para que hoje ainda tenhamos alguma democracia e a esperança de não deixarmos de a ter. 25 de Abril Sempre!

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  2. Obrigado por comentar. Havia, na época, muitos revolucionários de ocasião que faziam muito barulho e contribuíram par dar crédito à desconfiança no PCP. O facto de, sendo um partido português e patriótico, se não terem dado ao trabalho de se demarcarem claramente do totalitarismo da URSS, também contribuíu.
    25 de Abril, sempre!

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  3. O PCP não deve nada a ninguém! Só "come" quem quer e quem não quer que continue a pôr na beira do prato, que é como quem diz, que continue a deixar-se levar por esta onda de mediocridade populista, encabeçada por partidos como PS, PSD e CDS, que nos trouxe até esta deprimente perda de soberania...
    Os portugueses têm os políticos que merecem e, brevemente, terão mais uma oportunidade de manifestarem a sua maturidade democrática. Que tenham bom proveito!

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  4. Olhe que não!
    O seu adversário é o Tratado de Lisboa, que nem sequer evita que o Banco Central Europeu empreste a 1% aos bancos e a 5% aos países!
    F am I! Empresto a 3%, sou bomzinho.
    AH! E os portugueses talvez o surpeendam!

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  5. A mim, surpreenderam! Creio que esperam que um político ligado às empresas liberte o Estado dessa ligação. Como poderia ele ter liberdade para isso? Mas a verdade está no paradoxo... Oxalá o eleitorado saiba mais que a razão!

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