sexta-feira, 3 de junho de 2011

A Barragem de Belo Monte

Lá como cá! Quando uma decisão errada rende milhões, mesmo que prejudique milhões de pessoas, milhões serão gastos em desinformação: são contabilizados como investimento!
Cá também teremos a barragem no rio Sabor, também continuamos a desactivar linhas de caminho de ferro que deveriam ser modernizadas mas que diminuiriam o lucro das portagens das auto-estradas, cá também destruímos paisagem e ecossistemas. Mas, no Brasil, é todo o planeta que sofre, não são apenas as populações que o filme nos mostra.

Quando éramos ingénuos, acreditávamos que, em havendo Democracia, os cidadãos não permitiriam que a alta finança internacional prejudicasse populações, muito menos o planeta.
Mas já não somos ingénuos: temos uma ideia de como se manipula a opinião pública, de como se desvia a atenção das coisas importantes para as trivialidades que prendem; daquilo que o dinheiro consegue, investindo em marketing de alto nível.
Por exemplo, estando o nosso país com uma dívida superior a 500 mil milhões de euros, cujos juros só "conseguimos" pagar fazendo mais dívida, como agora, com este "acordo" recente, somos manipulados para pensar que o assunto destas eleições é escolher entre dois homens para primeiro-ministro: dois homens que nada vêem fora da caixa onde foram alimentados, dois homens que vão obedecer e vender o património todo do país acreditando que essas "privatizações" nos vão ajudar.
Não foram comprados pelo grande capital internacional: são mesmo assim, coitados, ficaram no século XX!

Temos quatro partidos com preocupações ecológicas como bandeira principal, pelo menos: o PAN, o PPM, os Verdes e o MPT, partido da terra; gente que poderia mudar a Assembleia da República. Qualquer partido é melhor que os que ganham sondagens! Os eleitores parecem "adeptos" dos grandes clubs de futebol, identificados com a camisola, sofrendo ou alegrando-se... Quanto tempo vamos demorar, ainda, a tomar consciência de que estamos no século XXI, de que são tempos de mudança?

Sem comentários:

Enviar um comentário