terça-feira, 8 de janeiro de 2013

"Tanto mar, tanto mar!"

Reproduzo, com a devida vénia, um artigo do jornalista Rui Ramos, no Jornal de Angola, que me enviaram, assim, por e-mail, e que suscita comentários.
É um texto que parece racista e nacionalista, um texto que parece querer alimentar o desamor entre dois povos que falam a mesma língua, que têm interesse em esquecer o passado colonial e em aproveitar as suas sinergias. Quem duvida de que as nossas universidades podem ser úteis ao desenvolvimento de Angola, por exemplo? 
A nossa "democracia" é, de facto, uma oligarquia, não podemos ensinar democracia aos angolanos. Mas a "democracia" de Angola é uma tirania, Angola também não nos pode ensinar democracia.
Compete aos povos criar a democracia real. 
Entretanto a informação vai servindo os interesses dos senhores, sejam eles os nossos oligarcas ou seja o tirano (disfarçado de democrata, como todos os tiranos) de Angola.
Uns e outros nas mãos de uma oligarquia financeira internacional. 
As emoções nacionalistas são, desde sempre, usadas pelas tiranias para distrair os povos do assunto que têm entre mãos: libertar-se delas! Salazar também tentava fazer nossos os interesses da oligarquia que servia, fomentando o medo de não estar a ser patriota, por defender a independência das colónias, por exemplo; creio que o propósito deste artigo é criar uma emoção nacionalista nos leitores angolanos, a qual os leva a defender o regime político porque é parte integrante da nação. 
"A minha Pátria é a língua portuguesa", dizia F. Pessoa.
Nunca estive em Angola mas, nos países lusófonos em que estive não me senti estrangeiro, graças à língua. O mesmo devem sentir os angolanos em Portugal.
E isso é uma vantagem. Mas a vantagem deste artigo, do seu sentimento, não é dos povos, é de quem lucra com a falta de liberdade, é dos (poucos) privilegiados com o regime angolano.
Por isso concordo inteiramente com o título!
Todos os que falamos a nossa língua temos uma revolução para fazer! O resto do mundo também, claro! Mas a democracia real, autêntica, pode e deve aprender a falar em português;-)

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