Hoje, às 20:30 e durante uma hora, as pessoas apagam as luzes, é a hora do planeta. 50 municípios aderiram, em Portugal. Os actos simbólicos são isso mesmo, simbólicos. É claro que a poupança mundial de energia nessa hora de nada interessa para salvar o planeta. Mas há que "integrar o Sol e a Lua", o racional e o emocional devem-se respeitar um ao outro. Este "apagão" mundial tem crescido e isso mostra o crescimento da consciência da humanidade. Ora o assunto é, ainda, o de ganharmos consciência, passo necessário para, um dia, agirmos em conjunto -- e tirarmos à oligarquia financeira, aos 0,1%, o absurdo poder sobre os 99,9%.
Este programa data de Julho de 2012, quase há um ano! Sem censura, mesmo assim Portugal vive em oligarquia, aqui criticada por defensores do sistema capitalista. O Estado "pertence" a uma oligarquia financeira, os portugueses têm acesso a esta informação e, por não estarmos em democracia, nada podem fazer. Vale a pena gastar algum tempo a ouvir estas pessoas, que nos deram estas informações há tanto tempo, sem, com isso, conseguirem beliscar o sistema:
Como se dizia no Maio de 68: "sejamos realistas, exijamos o impossível" (soyons réalistes, exigeons l'impossible!). Porque, aparentemente, o sistema está "de pedra e cal", é impossível mudá-lo, sobreviveu um ano depois de exposto; porém, se analisarmos a realidade de frente, veremos que algo de análogo ao 25 de Abril terá que acontecer, mais ano menos ano (ou mais mês menos mês?). E veremos que somos responsáveis pelo que se passa. Não pela dívida (é dito que os gastos excessivos das pessoas são apenas 20% da dívida privada), não pela situação financeira do país mas pelo sistema político que o nosso desleixo de cidadania permitiu que acontecesse. Quando assumirmos a nossa responsabilidade pelo "Estado a que chegámos" estaremos, enfim, no caminho para a saúde. E a nossa responsabilidade começa em casa, na nossa freguesia, na nossa autarquia, no nosso país -- para chegar ao nosso planeta, o qual, por este caminho, pode deixar de ser Gaia, o maravilhoso ser vivo à nossa guarda.
Agradeço ao leitor Vítor Lemos, que publicou este vídeo no Google+
"Mais vale prevenir que remediar", este ditado aplica-se à medicina, a medicina preventiva é muito mais eficaz que a curativa. Entre 3 e 4% de todas as pessoas, tanto do sexo masculino como feminino, serão atingidas pelo cancro do colon e do recto (CCR) algures entre o nascimento e os 70 anos (o pico está nos 50 anos). É muita gente para um cancro que, se diagnosticado cedo, é curável mas que mata 10 pessoas por dia. A prevenção consiste, fundamentalmente, em não fumar, em comer uma dieta com pouca gordura e rica em fibras, ou seja, em legumes e fruta e em fazer exercício físico. Mas também em procurar ver os pólipos que estão na sua origem, em fazer uma colonoscopia por volta dos 50 anos; como se trata de um exame incómodo, é pequena a percentagem das pessoas que o faz. A novidade é a colonoscopia virtual, "exame não invasivo e que, para além de revelar a existência de pólipos com potencial de evolução para cancro do cólon, permite detectar também outras patologias, nomeadamente: avaliar a existência de Aneurisma da Aorta Abdominal (AAA), assim como outras patologias no estômago, fígado, pâncreas/baço, rins, intestinos, bexiga e próstata, e a visualização das estruturas ósseas envolventes". Pode haver listas de espera no Serviço Nacional de Saúde mas não é tão urgente, não é preciso ir à medicina privada! Urgente é inscrever-se para, quando possível, fazer a colonoscopia virtual! E ajudar a fazer pressão para que o exame seja, de facto, acessível e gratuito.
Dizem os jornais que, em Lisboa, havia música e alegria. No Porto não havia alegria. As pessoas estavam, sobretudo, a cumprir um dever, sentiam que é preciso dizer a indignação, fazer número.
Entre a Praça da Batalha e a rua de Passos Manuel, a manifestação esteve parada tempos esquecidos... mas as pessoas estiveram tranquilas, aguardando:
A obstrução, que não viam dali, era um carro de polícia, na rua de Passos Manuel, parado à frente dos manifestantes, "a comandar as tropas":
Se o objectivo da polícia era irritar, impacientar, vacinar para que não queiram voltar a "apanhar uma seca", parados na rua tanto tempo -- não conseguiu. A tranquilidade era total.
Por fim lá se desceu Passos Manuel:
e se encheu a Avenida dos Aliados:
E, quando as pessoas se iam embora, os polícias, talvez frustrados com tanta tranquilidade, pediram a identificação a dois rapazes que estavam na estação de metro. Eles não viram razão para isso e resistiram: foram presos.
A tranquilidade, a paciência de centenas de milhares de pessoas não deu uma notícia nos jornais -- a prisão de duas pessoas, desnecessária, deu!
