sábado, 6 de julho de 2013

O circo

Panem et circenses, "pão e circo", era a receita dos imperadores romanos para acalmar as multidões descontentes.
Por cá, e por este caminho, chegaremos à fome das multidões mas, para já, basta, aos poderosos, o circo. Circo televisionado, circo encenado por técnicos de imagem, circo "pós-moderno".
Os palhaços mimam a espontaneidade, a estupidez, mas o papel a representar é rigorosíssimo e, se o não soubessem fazer, não teriam sido escolhidos.
Para um grau de exploração popular tão alto é preciso circo de qualidade. E um palhaço de qualidade parece-nos genuinamente burro.

Resulta. As multidões acalmam, o coro (os "mercados" e a "europa") aplaude e a extorsão continua.

Até um dia. Porque tudo tem um fim e, embora os "marxistas", curiosamente, o não vejam, estamos já na crise final do sistema capitalista, o qual demorará pouco mais de uma década a cair de vez.
O sistema monetário é internacional e esta é a primeira revolução global.

Mas é urgente sermos conscientes. É essencial perdermos a fé em pessoas providenciais e acreditarmos em nós mesmos, na democracia real, sem uma classe política profissional, sem eleições de pessoas -- só votaremos as leis! Leis que dêem aos cidadãos o velho privilégio real de cunhar moeda, o qual pertence, neste momento e desde a revolução industrial, a uma oligarquia. E ou há oligarquia ou há democracia.

Apesar dos magníficos espectáculos de circo que nos oferece, a oligarquia "imperial" está a viver os seus derradeiros anos. Deixo aqui um filme cheio de bom senso, que, como se sabe, é coisa muito mal vista pelo senso comum, o qual foi o bom senso de há umas décadas.

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