terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Competência, Confiança e Crença -- sem diplomas!

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Esta realidade indiana, criada a partir do respeito pela cultura das aldeias, pela sabedoria, mostra que um outro mundo é possível.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Bom ano!

Hoje, às 5:30 da manhã, começou o novo ano solar, foi o Solstício de Inverno.

Os dias começaram a crescer de novo e, com eles, a Vida, a Esperança de concretizar os sonhos.
Parece-me que faz sentido tentar escrevê-los, quiçá meio caminho para que eles sejam ;-)

Os portugueses a dar a sua contribuição ao Mundo, aquela que lhes é própria: o desenrrascanço diante dos problemas que os transcendem, a bondade invisível para com os que se atrapalham, a coragem e a Paz.
Este ano é crucial, cada vez mais isso se vê. A nossa contribuição pode ser que o seja, também.
A revolução em curso, no Mundo, que se agudizará no fim de 2012, pede-nos tudo. Dos hábitos e confortos às crenças, dogmas e sonhos.
Costumámos criá-los a partir da tristeza, do fado, e creio que teremos que os criar a partir da alegria, da confiança na vida e em nós mesmos, seus agentes.
Gostamos (gostemos!) da vida, que é feita de mudança, ajudemos aqueles que a receiam, aqueles que gostariam que a mudança se não passasse. Acalmemos os seus ímpetos revolucionários, eles querem a suprema transformação, a morte, que também faz parte da vida.
Ajudar aqueles que receiam a mudança parece tarefa decente, pacífica. E é a paz o que imagino seja a nossa potencial contribuição, dos portugueses.

Decerto que os marinheiros de quinhentos não perdiam a cabeça no meio das tempestades, ou da falta de vento, de água potável  ou de comida, no oceano imenso. Se a perdessem não encontrariam as ilhas encantadas, com seus frutos exóticos, seus aprazíveis regatos de água pura…

Poderemos, de novo, indicar o caminho, apenas porque o temos que fazer, enquanto caminhamos. Poderão, de novo, as nossas histórias de encantar chegar aos europeus atentos, que nos seguirão os passos.
Passos que imagino para a paz, para a fraternidade sã, para o respeito pelo outro, pela sua aparente diferença, irmão, na espécie em risco de extinção e no seu espírito.
É aqui, no respeito pelo outro, na igualdade essencial, no direito e dever da dignidade, que projecto a chave da imensa transformação que o tempo nos pede.

Deixem-me ilustrar com outro tempo, o da minha juventude, pelo 25 de Abril.
Havia dois blocos, o Ocidente dito capitalista e o Oriente dito comunista. A fronteira passava no meio da Alemanha e era real. Mas os papéis estavam invertidos: o espiritualista Oriente (Buda, Jesus, Lao Tse nasceram no Oriente) dizia-se materialista e ateu e o materialista Ocidente (onde a Ciência e Marx profetisaram), dizia-se espiritualista, cristão. As palavras materialista e idealista eram um insulto, respectivamente no Ocidente e no Oriente.
Por cá, verberando-nos uns aos outros, fizémos uma revolução idealista que nos trouxe a materialista sociedade de consumo – estamos, hoje, incomensuravelmente mais bem providos de bens materiais que antes dela. E fizémo-la em paz.
Mas ainda não fizémos a necessária síntese, prisioneiros da Geografia –somos o Ocidente!
A síntese, que vamos fazendo aos poucos, das aldeias aos laboratórios científicos, é a da ciência , dos milagres da técnica, com  o sentido da vida, com o que, aparentemente, nos transcende.
A forma pacífica como formos tirando do poder, este ano, os “lacaios do capitalismo” e os “escravos da burocracia” (em nós mesmos, sobretudo!) será vista pela desnorteada Europa. Poderemos ser o porto onde chega e donde parte Luz: Portugal.

Este senhor, ocupado em viver, que é criar e divertir-se criando, está cheio de razão apesar de o presente movimento global que trará o fim do capitalismo lhe ser desconhecido. Continuará vivendo, criando, descobrindo gatos pretos onde os não há quando a estrutura social for destruída e reconstruída... quiçá o nosso papel, o dos portugueses, consiste em criar a nova era sem saber que a estamos criando, apenas sendo-a? "Primum vivere deinde philosophari", dizia Aristóteles, em grego!

Mas não faz mal estar conscientes, reflectir!  

domingo, 18 de dezembro de 2011

O mais velho


Eduardo Lourenço recebeu o prémio Pessoa e isso deve ter sabido bem a ambos.
Tive um professor de Antropologia que dizia que os portugueses não passam de uma tribo; e é bem sabido como estamos, geograficamente, de costas voltadas para a Europa e com um pé em África, primeiro passo para a nossa Índia, que fica “a oriente do Oriente”, mais precisamente aqui. Temos saudades cá dentro.
Nas tribos africanas parece que há um enorme respeito pelo “mais velho”, papel que este jovem de espírito desempenha, desde há muitos anos, na nossa.
Inundados de analistas que, diariamente, nos explicam, na Televisão, como não temos outro caminho senão o da ”Troika” e como ele nos levará, seguramente, à miséria -- quando este homem aparece, respiramos.
Ele pensa, em vez de analisar. Oferece-nos o prazer angustiado do seu pensamento livre, de emigrante falsamente identificado com a Europa – os emigrantes são os mais portugueses dos portugueses.
Crítico de Pessoa, fiel ao Realismo que rejeitou em nome da Liberdade, é o mais pessoano dos nossos escritores, até na forma. E era Pessoa quem dizia que “toda a forma tem uma alma”.
Quando nos perdemos nos seus labirintos racionais, encontramo-nos, tribo irracional e concreta que somos.
Deixo aqui outra homenagem, ao mais velho do Brasil, vem a propósito ;-)

sábado, 3 de dezembro de 2011

O Presente Movimento Global

Está em curso uma Revolução Global, são tempos de mudança.
Entre nós começou com uma música, creio que inspirada em Bach, uma letra com a qual tomávamos consciência de que estamos a ser parvos: afinal, em democracia, o poder pertence-nos -- só por parvoíce aceitámos que 1% ditassem as regras. E começou com uma manifestação, o 12 de Março, simultâneamente em várias cidades portuguesas, que surpreendeu o país pelo seu tamanho, pelo seu espírito pacífico e por ter gente de todas as idades, rendimentos, partidos -- até por ter muita gente que nunca se tinha manifestado!
Dois meses depois os espanhóis imitaram-nos, os "indignados", que tomaram consciência de que os eleitos nos não representam.
Em 17 de Setembro os novaiorquinos ocuparam Wall Street, movimento que alastrou a todas as cidades americanas; foram eles quem lembrou que somos os 99%. E desde aí, ou melhor, desde que as pessoas acamparam na Porta do Sol (que belo símbolo!), em Madrid, há gente que se manifesta de dia e de noite em muitíssimas cidades do mundo.
Hoje, em Toronto, no Canadá, celebrando o dia global de acção, a campanha mundial contra as alterações climáticas, que faz seis anos, um nativo americano (um chefe índio) abençoou este movimento global, que corresponde a uma transformação estrutural do mundo, análoga à que se passou há 250 anos e ficou conhecida por Revolução Industrial.
Gritou-se: Climate! Justice! (clima! justiça!) e We are unstoppable, another world is possible! (Somos imparáveis, um outro mundo é possível!).
O chefe índio agradeceu à Mãe Terra, graças à qual existimos e a beleza de tudo.

A Indústria, o sistema monetário e financeiro que ela trouxe, não são um mal em si: foram um tempo que chegou ao fim (haverá sempre indústria, claro!, mas para nos servir). A sociedade de consumo, que trouxe a exploração desenfreada dos recursos naturais para criar lixo, alterações climáticas apavorantes, empobrecimento dos mais pobres... não é sustentável -- é o final de uma era.
Somos os 99%, quer dizer, estas regras do mercado global só interessam a 1%.
Daqui a uma dúzia de anos viveremos com novas regras. "Somos todos um", dizia o chefe índio, lembrando que as ideias holísticas do chamado movimento new age, a valorização da cooperação e o abandono da sobre-valorização da competição, fazem parte deste movimento global. Assim como o pacifismo, à maneira dos índios da Índia. A boa globalização!
Cedo, no próximo ano, uma nova manifestação global abalará os alicerces do sistema em que vivemos. São leis arcaicas da natureza, nada se perde, tudo se transforma, como dizia Lavoisier a propósito da química. Em biologia tudo nasce, cresce, definha e morre. As sociedades humanas são naturais, obedecem a leis eternas.
"Um outro mundo é possível", está em gestação.

http://otirsense.blogspot.com/2011/12/o-presente-movimento-global.html

O Projecto das 100 000 Árvores







Com a devida vénia, publica-se este anúncio, 
proveniente do blog "Ambiente Santo Tirso":


"Caros amigos
Vimos convidar-vos a participar nas primeiras acções no âmbito do “FUTURO – projecto das 100.000 árvores”:

21 de Janeiro 2012 | Santo Tirso | Plantação | 9:00 -13:00 


Durante esta manhã vamos plantar 800 pilriteiros, aveleiras, castanheiros e carvalhos na área do Castro do Monte Padrão (Monte Córdova).
POR FAVOR CONFIRME A SUA PRESENÇA “AQUI”.Em caso de dúvida “contacte-nos”.
No Monte Padrão a acção será acompanhada pela “Câmara Municipal de Santo Tirso”.
Estas acções estão integradas no “FUTURO – projecto das 100.000 árvores" na Área Metropolitana do Porto promovido pelo "cre.porto", no qual se prevê reflorestar até 2015 cerca de 100 hectares de áreas ardidas, livres ou que necessitam de reconversão, com cerca de 100.000 árvores de espécies nativas da região, o que permitirá anular 20.280 toneladas de dióxido de carbono da atmosfera ao longo dos próximos 40 anos. Para além de enriquecer a biodiversidade e melhorar a qualidade do ar, este projecto irá contribuir para uma melhor qualidade de vida.


Contamos consigo!"
Embaixadores da Floresta
Fonte: “Cre Porto