quinta-feira, 13 de setembro de 2012

À Avenida da Liberdade!

Sexta, 14 de Set. Quero deixar aqui uma crítica pertinente que recebi, hoje, a este "post":

"Não posso reencaminhar este email porque penso que a lista está incompleta, e a meu ver propositadamente. 
É certo q devemos por ordem nos bens públicos com a máxima urgência, mas a saída da crise não passa apenas por aí, é preciso q se apliquem também aos rendimentos do capital os impostos e taxas q foram exigidos aos rendimentos do trabalho e para isso não basta falar nos lucros dos bancos. 
Não acredito que quem fez esta lista tão exaustiva não tenha conhecimentos suficientes para falar dos rendimentos de capital e da falta de equidade com que são positivamente discriminados. 
Nestas alturas em que os ânimos começam a estar alterados é q os mais espertos se safam..."

 Este e-mail, que circula, e cuja origem é anónima, tem aquilo a que os americanos chamam "grassroots", tem origem expontânea e tem condições para medrar. É claro que não basta "demitir toda a classe política", é preciso criar as instituições da democracia directa, real. Mas -- havemos de ir a Lisboa!:

"FALTA A DATA PARA ESTA MANIFESTAÇÃO PATRIÓTICA

1 milhão na Avenida da Liberdade pela demissão de toda a classe política

Este e-mail vai circular hoje e será lido por centenas de milhares de pessoas. A guerra contra a chulice, está a começar. Não subestimem o povo que começa a ter conhecimento do que nos têm andado a fazer, do porquê de chegar ao ponto de ter de cortar na comida dos filhos!
Estamos de olhos bem abertos e dispostos a fazer -quase-tudo, para mudar o rumo deste abuso.

Todos os ''governantes'' [a saber, os que se governam...] de Portugal falam em cortes de despesas - mas não dizem quais - e aumentos de impostos a pagar.

Nenhum governante fala em:

1. Reduzir as mordomias (gabinetes, secretárias, adjuntos, assessores,
suportes burocráticos respetivos, carros, motoristas, etc.) dos três Presidentes da República retirados;

2. Redução dos deputados da Assembleia da República e seus gabinetes, profissionalizando-os como nos países a sério. Reforma das mordomias na Assembleia da República, como almoços opíparos, com digestivos e outras libações, tudo à custa do pagode;

3. Acabar com centenas de Institutos Públicos e Fundações Públicas que não servem para nada e, têm funcionários e administradores com 2º e 3º emprego;

4. Acabar com as empresas Municipais, com Administradores a auferir milhares de euro/mês e que não servem para nada, antes, acumulam funções nos municípios, para aumentarem o bolo salarial respetivo.

5. Por exemplo as empresas de estacionamento não são verificadas porquê? E os aparelhos não são verificados porquê? É como um táxi, se uns têm de cumprir porque não cumprem os outros? e não são verificados como podem ser auditados?

6. Redução drástica das Câmaras Municipais e Assembleias Municipais, numa reconversão mais feroz que a da Reforma do Mouzinho da Silveira, em 1821, etc...;

7. Redução drástica das Juntas de Freguesia.. Acabar com o pagamento de 200 ? por presença de cada pessoa nas reuniões das Câmaras e 75, ?nas Juntas de Freguesia.

8. Acabar com o Financiamento aos partidos, que devem viver da quotização dos seus associados e da imaginação que aos outros exigem, para conseguirem verbas para as suas atividades;

9. Acabar com a distribuição de carros a Presidentes, Assessores, etc., das Câmaras, Juntas, etc., que se deslocam em digressões particulares pelo País;

10. Acabar com os motoristas particulares 20 h/dia, com o agravamento das horas extraordinárias... para servir suas excelências, filhos e famílias e até, os filhos das amantes. Não esquecer o gasto diário, com a segurança dos membros do governo e seus familiares.

11. Acabar com a renovação sistemática de frotas de carros do Estado e entes públicos menores, mas maiores nos dispêndios públicos;

12. Colocar chapas de identificação em todos os carros do Estado. Não permitir de modo algum que carros oficiais façam serviço particular tal como levar e trazer familiares e filhos, às escolas, ir ao mercado a compras, etc.;

13. Acabar com o vaivém semanal dos deputados dos Açores e Madeira e respetivas estadias em Lisboa em hotéis de cinco estrelas pagos pelos contribuintes que vivem em tugúrios inabitáveis....

14. Controlar o pessoal da Função Pública (todos os funcionários pagos por nós) que nunca está no local de trabalho. Então em Lisboa é o regabofe total. HÁ QUADROS (diretores gerais e outros) QUE, EM VEZ DE ESTAREM NO SERVIÇO PÚBLICO, PASSAM O TEMPO NOS SEUS ESCRITÓRIOS DE ADVOGADOS A CUIDAR DOS SEUS INTERESSES, QUE NÃO NOS DÁ COISA PÚBLICA....;

15. Acabar com as administrações numerosíssimas de hospitais públicos que servem para garantir tachos aos apaniguados do poder - há hospitais de província com mais administradores que pessoal administrativo. Só o de PENAFIEL TEM SETE ADMINISTRADORES PRINCIPESCAMENTE PAGOS... pertencentes ás (o)ligarquias locais do partido no poder...

16. Acabar com os milhares de pareceres jurídicos, caríssimos, pagos sempre aos mesmos escritórios que têm canais de comunicação fáceis com o Governo, no âmbito de um tráfico de influências que há que criminalizar, autuar, julgar e condenar;

17. Acabar com as várias reformas por pessoa, de entre o pessoal do Estado e entidades privadas, que passaram fugazmente pelo Estado.

18. Pedir o pagamento dos milhões dos empréstimos dos contribuintes ao BPN e BPP;

19. Perseguir os milhões desviados por Rendeiros, Loureiros e Quejandos, onde quer que estejam e por aí fora.

20. Acabar com os salários milionários da RTP e os milhões que a mesma recebe todos os anos.

21. Acabar com os lugares de amigos e de partidos na RTP que custam milhões ao erário público.

22. Acabar com os ordenados de milionários da TAP, com milhares de funcionários e empresas fantasmas que cobram milhares e que pertencem a quadros do Partido Único (PS + PSD).

23. Assim e desta forma Sr. Ministro das Finanças recuperaremos depressa a nossa posição e sobretudo, a credibilidade tão abalada pela corrupção que grassa e pelo desvario dos dinheiros do Estado ;

24. Acabar com o regabofe da pantomina das PPP, que mais não são do que formas habilidosas de uns poucos patifes se locupletarem com fortunas à custa dos papalvos dos contribuintes, fugindo ao controle seja de que organismo independente for e fazendo a "obra" pelo preço que "entendem"...;

25. Criminalizar, imediatamente, o enriquecimento ilícito, perseguindo, confiscando e punindo os biltres que fizeram fortunas e adquiriram patrimónios de forma indevida e à custa do País, manipulando e aumentando preços de empreitadas públicas, desviando dinheiros segundo esquemas pretensamente "legais", sem controlo, e vivendo à tripa forra à custa dos dinheiros que deveriam servir para o progresso do país e para a assistência aos que efetivamente dela precisam;

26. Controlar a atividade bancária por forma a que, daqui a mais uns anitos, não tenhamos que estar, novamente, a pagar "outra crise";

27. Não deixar um único malfeitor de colarinho branco impune, fazendo com que paguem efetivamente pelos seus crimes, adaptando o nosso sistema de justiça a padrões civilizados, onde as escutas VALEM e os crimes não prescrevem com leis à pressa, feitas à medida;

28. Impedir os que foram ministros de virem a ser gestores de empresas que tenham beneficiado de fundos públicos ou de adjudicações decididas pelos ditos.

29. Fazer um levantamento geral e minucioso de todos os que ocuparam cargos políticos, central e local, de forma a saber qual o seu património antes e depois.

30. Pôr os Bancos a pagar impostos.


Ao "povo", pede-se reencaminhamento deste e-mail e abram esses olhos que têm andado a dormir!!"

5 comentários:

  1. "Vão-se foder"

    Na adolescência usamos vernáculo porque é “fixe”. Depois deixamo-nos
    disso. Aos 32 sinto-me novamente no direito de usar vernáculo, quando
    realmente me apetece e neste momento apetece-me dizer: Vão-se foder!
    Trabalho há 11 anos. Sempre por conta de outrém. Comecei numa micro
    empresa portuguesa e mudei-me para um gigante multinacional.
    Acreditei, desde sempre, que fruto do meu trabalho, esforço, dedicação
    e também, quando necessário, resistência à frustração alcançaria os
    meus objectivos. E, pasme-se, foi verdade. Aos 32 anos trabalho na
    minha área de formação, feliz com o que faço e com um ordenado
    superior à média do que será o das pessoas da minha idade.
    Por isso explico já, o que vou escrever tem pouco (mas tem alguma
    coisa) a ver comigo. Vivo bem, não sou rica. Os meus subsídios de
    férias e Natal servem exactamente para isso: para ir de férias e para
    comprar prendas de Natal. Janto fora, passo fins-de-semana com amigos,
    dou-me a pequenos luxos aqui e ali. Mas faço as minhas contas,
    controlo o meu orçamento, não faço tudo o que quero e sempre fui
    educada a poupar.
    Vivo, com a satisfação de poder aproveitar o lado bom da vida fruto do
    meu trabalho e de um ordenado que batalhei para ter.
    Sou uma pessoa de muitas convicções, às vezes até caio nalgumas
    antagónicas que nem eu sei resolver muito bem. Convivo com simpatia
    por IDEIAS que vão da esquerda à direita. Posso “bater palmas” ao do
    CDS, como posso estar no dia seguinte a fazer uma vénia a comunistas
    num tema diferente, mas como sou pouco dado a extremismos sempre fui
    votando ao centro. Mas de IDEIAS senhores, estamos todos fartos. O que
    nós queríamos mesmo era ACÇÕES, e sobre as acções que tenho visto só
    tenho uma coisa a dizer: vão-se foder. Todos. De uma ponta à outra.
    Desde que este pequeno, mas maravilhoso país se descobriu de corda na
    garganta com dívidas para a vida nunca me insurgi. Ouvi, informei-me
    aqui e ali. Percebi. Nunca fui a uma manifestação. Levaram-me metade
    do subsídio de Natal e eu não me queixei. Perante amigos e família
    mais indignados fiz o papel de corno conformado: “tem que ser”, “todos
    temos que ajudar”, “vamos levar este país para a frente”. Cheguei a
    considerar que certas greves eram uma verdadeira afronta a um país que
    precisava era de suor e esforço. Sim, eu era assim antes de 6ª feira.
    Agora, hoje, só tenho uma coisa para vos dizer: Vão-se foder.

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  2. Matam-nos a esperança.
    Onde é que estão os cortes na despesa? Porque é que o 1º Ministro
    nunca perdeu 30 minutos da sua vida, antes de um jogo de futebol, para
    nos vir explicar como é que anda a cortar nas gorduras do estado? O
    que é que vai fazer sobre funcionários de certas empresas que recebem
    subsídios diários por aparecerem no trabalho (vulgo subsídios de
    assiduidade)?… É permitido rir neste parte. Em quanto é que andou a
    cortar nos subsídios para fundações de carácter mais do que duvidoso,
    especialmente com a crise que atravessa o país? Quando é que páram de
    mamar grandes empresas à conta de PPP’s que até ao mais distraído do
    cidadão não passam despercebidas? Quando é que acaba com regalias
    insultosas para uma cambada de deputados, eleitos pelo povo crédulo,
    que vão sentar os seus reais rabos (quando lá aparecem) para vomitar
    demagogias em que já ninguém acredita?
    Perdoem-me a chantagem emocional senhores ministros, assessores,
    secretários e demais personagem eleitos ou boys desta vida, mas os
    pneus dos vossos BMW’s davam para alimentar as crianças do nosso país
    (que ainda não é em África) que chegam hoje em dia à escola sem um
    pedaço de pão de bucho. Por isso, se o tempo é de crise, comecem a
    andar de opel corsa, porque eu que trabalho há 11 anos e acho que
    crédito é coisa de ricos, ainda não passei dessa fasquia.
    E para terminar, um “par” de considerações sobre o vosso anúncio de 6ª feira.
    Estou na dúvida se o fizeram por real lata ou por um desconhecimento
    profundo do país que governam.
    Aumenta-me em mais de 60% a minha contribuição para a segurança
    social, não é? No meu caso isso equivale a subsídio e meio e não “a um
    subsído”. Esse dinheiro vai para onde que ninguém me explicou? Para a
    puta de uma reforma que eu nunca vou receber? Ou para pagar o salário
    dos administradores da CGD?

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  3. Baixam a TSU das empresas. Clap, clap, clap… Uma vénia!
    Vocês, que sentam o já acima mencionado real rabo nesses gabinetes,
    sabem o que se passa no neste país? Mas acham que as empresas estão a
    crescer e desesperadas por dinheiro para criar postos de trabalho? A
    sério? Vão-se foder.
    As pequenas empresas vão poder respirar com essa medida. E não
    despedir mais um ou dois.
    As grandes, as dos milhões? Essas vão agarrar no relatório e contas
    pôr lá um proveito inesperado e distribuir mais dividendos aos
    accionistas. Ou no vosso mundo as empresas privadas são a Santa Casa
    da Misericórdia e vão já já a correr criar postos de trabalho só
    porque o Estado considera a actual taxa de desemprego um flagelo? Que
    o é.
    A sério… Em que país vivem? Vão-se foder.
    Mas querem o benefício da dúvida? Eu dou-vos:
    1º Provem-me que os meus 7% vão para a minha reforma. Se quiserem até
    o guardo eu no meu PPR.
    2º Criem quotas para novos postos de trabalho que as empresas vão
    criar com esta medida. E olhem, até vos dou esta ideia de graça: as
    empresas que não cumprirem tem que devolver os mais de 5% que vai
    poupar. Vai ser uma belo negócio para o Estado… Digo-vos eu que estou
    no mundo real de onde vocês parecem, infelizmente, tão longe.
    Termino dizendo que me sinto pela primeira vez profundamente triste.
    Por isso vos digo que até a mim, resistente, realista, lutadora,
    compreensiva… Até a mim me mataram a esperança.

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  4. Talvez me vá embora. Talvez pondere com imensa pena e uma enorme dor
    no coração deixar para trás o país onde tanto gosto de viver, o
    trabalho que tanto gosto de fazer, a família que amo, os amigos que me
    acompanham, onde pensava brevemente ter filhos, mas olhem… Contas
    feitas, aqui neste t2 onde vivemos, levaram-nos o dinheiro de um
    infantário.
    Talvez vá. E levo comigo os meus impostos e uma pena imensa por quem
    tem que cá ficar.
    Por isso, do alto dos meus 32 anos digo: Vão-se foder"

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  5. Fode-te tu também!
    - Com 32 anos, os 7% que descontas são para a reforma dos que estão hoje reformados e não para a tua reforma, quando te reformares! Descansa que também alguém irá pagar a tua reforma, quando te reformares!
    - Que se fodam os PPRs! São mais dinheiro para os bancos privados e preconizam o fim da segurança social do estado! É a segurança social que deve assegurar as reformas!
    - Que se fodam os 50% dos portugueses que não votam!
    - Que se fodam os 80% dos portugueses que sistematicamente votam PS/PSD e CDS!
    - Os BMW metem nojo tanto na mão dos governantes como na dos privados.
    - Que se fodam os privados com BMW! Que os privados paguem dez BMWs em impostos de cada vez que quiserem comprar um BMW!
    - Que se fodam os que querem menos deputados na assembleia da república!
    - Que sejam melhores, os deputados da assembleia da república!
    - Que se fodam os ricos! Os ricos que paguem a crise!

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