e atingir profundidade
tem de trazer à mistura
qualquer coisa de verdade.
António Aleixo
Uma das armas mais poderosas dos adversários da mudança estrutural que se vai dar, no mundo, nos próximos anos, é a desinformação.
Vem isto a propósito do último "post". É verdade que o Estado tem gastos insensatos em muitíssimas coisas e que deveria não ter déficit orçamental no fim do ano, deveria não precisar de pedir ainda mais dinheiro emprestado. Mas esta verdade, apresentada pela chamada Troika e lançada, agora, como se tendo tido origem popular, à maneira do que se passou no Egipto, no Facebook, serve para distrair a consciência que vai, apesar de tudo, alastrando, no mundo, de que a pobreza crescente tem origem nos grandes bancos mundiais e, em última análise, no sistema monetário e financeiro ele mesmo, cuja utilidade pública chegou ao fim.
Lembremos apenas que o Banco Central Europeu empresta dinheiro aos bancos privados à taxa de 0,75% (e "empresta" porquê, já que o "produziu" do nada?) e que só aos bancos privados é permitido emprestar aos Estados, à taxa que quiserem, normalmente a 5% mas sabe-se lá onde vai parar!
Como esse "negócio" era, para os bancos, absurdamente "lucrativo" (roubo legal), eles fizeram tudo para que os Estados se endividassem. Lembremo-nos de quando Guterres saíu, dizendo que estava num "pântano": ele percebeu que não lhe seria possível lutar contra o sistema, todos os seus colaboradores o tinham abraçado.
Quando bem endividados, os Estados foram sujeitos, pelos "mercados", a taxas de juro crescentemente absurdas para precisarem de "ajuda" bancária; e o objectivo de quem veio "ajudar" é comprar tudo o que venha a dar lucro e ainda esteja na mão dos Estados: a água, a energia, etc.
O assunto é internacional, é o sistema ele mesmo que está agonizante.
Luta com a morte, tenta voltar à sua saúde, e vale tudo, como seria de esperar.
É verdade que da competição saudável entre empresas possam vir melhores produtos a preços mais baixos mas não é verdade que convenha aos povos a possibilidade de as grandes empresas produzirem em países longínquos e assim darem cabo das pequenas. É uma verdade usada para "segurar" e "aprofundar" uma grande mentira. As grandes, mesmo grandes, empresas chegam a contratar assassinos quando não conseguem, por dinheiro, vergar os governantes de um país a fazer as leis que lhes convêm.
Hoje há manifestações, às 17:00, em muitas cidades. Pacíficas, claro, quem está armado é a polícia.
Já houve, entre nós, provocadores infiltrados entre os manifestantes, para justificar a violência -- passa-se em todo o mundo, não é só na Síria!
Não percamos a noção de que o assunto é internacional, é o sistema ele mesmo que está em causa! E tem, ao seu serviço, dos melhores cérebros do mundo, para nos desinformar.
E aqui fica um exemplo de desinformação, o Open Trans-Pacific Partnership, apresentado como bom para os povos e que é, neste artigo, denunciado como sendo mesmo perigoso: assinemos isto!
E aqui fica um exemplo de desinformação, o Open Trans-Pacific Partnership, apresentado como bom para os povos e que é, neste artigo, denunciado como sendo mesmo perigoso: assinemos isto!
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