terça-feira, 30 de abril de 2013

É costume pôr giestas, ou "maias", na porta, hoje, para que o "burro do Maio" não entre. Decerto que é tradição anterior ao Cristianismo, quiçá celta, e deve estar ligada à celebração da Primavera, ao receio de que as sementeiras sequem, ao receio de que, de tanta abundância, se a tomarmos por certa, venha desgraça.
Tomo as superstições como um reconhecimento do desconhecido, "no creo em brujas pero qué las hay, las hay", e temo mais o desconhecer a existência do desconhecido, a húbris do homem científico destes últimos séculos, o qual se tomou por igual aos deuses.
Como se sabe, saber que se não sabe é mais sábio que não o saber!
Talvez para parecer inteligente (Fernando Pessoa dizia que as pessoas inteligentes são supersticiosas) ou talvez para espicaçar as mentes bem pensantes da modernidade (da discussão nasce a luz), fui colher giestas e pu-las nas portas.

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