terça-feira, 30 de abril de 2013

Dia 1 de Maio

O dia do trabalhador implica o conceito de que há um grupo que trabalha e um outro que, desse trabalho, tira os lucros. Um grupo sem capital para investir e um outro com capital para o pôr a dar lucro.
Assim foi, durante a era industrial.
Mas, hoje, os que não têm capital são os 99% da população, a aumentar. E aumenta, também, a percentagem dos que, além de não terem capital, não têm trabalho.
"O trabalhador" é designação de um grupo que se extingue com as falências e a robótica. E isso é progresso, sem ironia!
"Trabalho" vem de Tripalium, um instrumento romano de tortura, uma espécie de tripé.
A actividade humana, útil a todos, necessária, pode ser um prazer; é preciso que cada um faça o que gosta e faz bem e que possa ser criativo -- o que não pode ser enquanto não for livre.
A luta, a competitividade nascida do medo de ficar para trás, pode dar lugar à colaboração, à simpatia, à segurança.
Luta pela vida pode vir a significar algo de muito diferente: o esforço interior de se aperfeiçoar como pessoa.
Deixo aqui a história de um menino privilegiado, um místico, o contrário de um trabalhador e de um materialista, um homem à procura do que o transcende: um exemplo do que poderemos ser todos, no fim da agonia do sistema da era industrial, que por ora passamos.
Faz hoje 19 anos que morreu Ayrton Senna da Silva e este é um documentário excepcional, sobre um homem excepcional.

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