quarta-feira, 8 de maio de 2013

"O Capital", o último filme de Costa-Gravas

"O Capital" é um filme de Costa-Gravas que conta a história de um presidente de um banco francês internacionalizado e que, de uma forma humana e tranquila, nos mostra os jogadores do jogo financeiro, indiferentes aos despedimentos que provocam. Há um personagem americano, que compra bancos ao serviço da oligarquia internacional (dos tais 1%, os donos virtuais do dinheiro virtual) que diz, a certa altura: "dizem que o dinheiro é um instrumento mas enganam-se, ele é o senhor (master), nós somos os seus instrumentos. Há, no filme, uma analogia subtil entre as crianças viciadas em jogos electrónicos (videogames) e os adultos, nesse jogo financeiro: crianças grandes (mas, de facto, a idade média do jogador de videogames é 32 anos).
Cá em Portugal os jogadores mais poderosos, como os senhores da EDP, costumam comprar os árbitros (os governos) e, quando aparece um juiz de linha, como este ministro da economia actual, que não parece comprável, ele é cilindrado por quem nele manda, pelo árbitro.
Trata-se de um jogo de azar, que só convém à banca e que arruina os incautos -- que somos nós todos, aqueles que emprestam aos jogadores, cheios de pena deles, que tiveram azar!
Na sessão em que vi o filme mais ninguém o estava a ver -- a realidade, mesmo quando feita espectáculo por um mestre do cinema, é uma maçada!

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