Intuitivamente, nas praças das cidades do mundo, as pessoas descobrem isso.
A Democracia exige a igualdade perante a lei e não há democracia se as excepções, reais, que existem, de facto, para os políticos e para aqueles que mandam nos políticos, se mantiverem.
Se houver um grupo de pessoas -- os eleitos -- que tenha privilégios como aquele, inaceitável, de fazer as leis ou de tomar as decisões, em nosso nome, a seu favor, ou aquele outro, inexplicável, de tão raramente verem as suas penas de prisão por corrupção serem efectivas, estamos numa sociedade desigual, numa em que existe uma aristocracia, eleita mas não escolhida pelo povo: não estamos numa democracia.
A eleita Dilma, presidente do Brasil, começou por mandar homens armados fazer frente ao povo, intimidar e bater... mas acabou falando na necessidade de uma constituição que não seja criada pelos políticos profissionais. Como político que é, acalmada a multidão, dirá que não foi bem isso que disse, que foi mal interpretada, que as alterações necessárias serão feitas pelo Congresso... mas foi dado um pequeno passo e só se faz uma grande viagem tendo a coragem de dar os seus passos todos.
Alastra, no mundo, a consciência de que há uma oligarquia financeira internacional, a qual controla os eleitos, e a consciência de que precisamos de criar outro sistema -- a democracia real.
La dette publique française
Na nossa pequenina associação (AST), provámos a igualdade, discutimos em liberdade, demos um pequeno passo. Embora os eleitos recuperem o controle das iniciativas, o gosto da discussão fraterna e livre pedirá mais passos... e a qualidade da associação só poderá melhorar.
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