segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Até um dia.

Ao que parece, o orçamento de 2014 contempla uma subida de 5% nos gastos com a Assembleia da República, que contêm subidas dos ordenados dos deputados, subsídios... Se os nossos representantes nos representassem, se, democratas, fizessem com que os lucros dos accionistas fossem taxados antes das reformas dos que os e as pagaram, ainda se compreenderia... mas, se estão a legislar para legalizar o roubo (na Alemanha as reformas foram equiparadas a propriedade, para evitar o roubo pelo Estado], surge a pergunta: não estaríamos melhor sem os nossos “representantes”?
O assunto da luta pela justiça, contra a exploração que uns poucos fazem de muitos, é antigo. A atitude “normal” ( no sentido de "a mais frequente"), é desistir, admitir que sempre houve exploradores e explorados. As revoluções sempre foram “domesticadas”, “não vale a pena” – especialmente se nos não sentimos explorados, o que se consegue engolindo a desinformação quotidiana!
No século XIX, Cuba era colónia espanhola, as pessoas trabalhavam para alguns donos da ilha, não tinham alternativa senão aceitar a servidão. José Marti, que escreveu os versos aproveitados para esta canção popular, pertencia ao Oriente Lusitano, um maçom, portanto, um dos obreiros da Revolução Industrial no que as leis concerne, neste caso da luta pela liberdade da ilha espanhola – e sabemos como, umas décadas depois, o ditador Baptista tinha feito de Havana a Las Vegas da America, avant la lettre, com o povo de novo na miséria. E, ao que parece, os dólares mandam novamente na Pátria dos nossos irmãos galegos, Fidel e Raul Castro. 
 Dólares produzidos aos triliões e mandados para todo o mundo sem mesmo precisarem de ser impressos, já com juros incorporados.

Do ponto de vista racional, os revolucionários, tomados, pelo senso comum, como insensatos, são os que têm bom senso. A Revolução é como a limpeza da casa, tem que ser feita periodicamente, para que ela não fique inabitável!

Quando a fizermos bem, em todo o mundo ao mesmo tempo, ela há de ser sustentável e de fácil manutenção! Eu sei que já Spartacus pensaria assim – mas não tinha a informática para criar a democracia real, o voto instantâneo de todas as decisões, por todos!  

"Guajira guantanamera", quer dizer "cachopa de Guantánamo", onde as palmeiras de 1929 deram lugar à prisão que “pertence" aos ocupantes americanos, cujo Estado aí viola as suas próprias leis. Até um dia.

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