Eusébio foi, durante muitos anos, o símbolo de Portugal.
Lembro-me de ter desenhado um mapa para explicar, no Norte de África, nesse tempo, onde ficava Portugal, sem sucesso. Para eles Portugal ficava em África, ao lado da Grécia, e a razão perde sempre para a emoção! Lembro-me de ter pensado na verdade que havia naquele disparate.
Como me lembro de ter pensado que o nosso tirano, que não percebia o direito à independência, acertava quando dizia que somos um país pluricontinental – somos um país universal, criador de civilização! No tempo do Apartheid e da luta pelos direitos civis nos EUA, o nosso herói nacional era preto e tínhamos orgulho nele.
Até sempre, Eusébio, irmão de sangue, reza por nós – sei que incluirás os sportinguistas, como eu, és muito grande para excluir alguém!

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