Disseram ao que vinham: criar as condições políticas para haver Democracia, Descolonização e Desenvolvimento, os três DD, creio que por essa ordem.
1. Democracia
A consciência de que o sistema de governos representativos, que tão bem serviu a Europa no pós-guerra, não é Democracia tem aumentado sempre. Cresce o número de portugueses que sabe que nada teve a ver com a escolha do primeiro-ministro, que suspeita que há uma oligarquia que os escolhe e no-los propõe para neles votarmos, que já compreendeu que a alternância é mais do mesmo, que António Costa continuará a pagar os juros agiotas que os seus antecessores aceitaram em nosso nome.
2. Descolonização
A consciência de que as ex-colónias continuam colonizadas, agora por outros, por oligarquias nacionais a cair no domínio dos investidores que as compraram, sejam chineses, sul-africanos ou capital sem rosto, aumenta, lá e cá.
3. Desenvolvimento
A consciência de que o investimento que usámos para criar o nosso desenvolvimento o está a sufocar, com juros agiotas, cresce entre os portugueses, é a inegável realidade, perto de dez milhares de milhões por ano, no nosso orçamento, destinam-se a pagar juros; não temos moeda própria.
Acontece. Temos um problema político, temos a necessidade de uma revolução, de novo.
Se aproveitarmos a nossa experiência e soubermos lançar as sementes no mundo -- pois estamos noutro tempo, num tempo global -- poderemos dar uma contribuição histórica como a que demos no início do século XVI. E é a Hora!
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| 25 de Abril de 1974. A rua é de todos, se se querem deitar com a sua espingarda, podem, claro! Se fossem polícias da PIDE não se deitavam no chão, estes são pacíficos, de certeza! |


