sábado, 4 de julho de 2015

Símbolos, sincronicidades.

O Sol vai alto, é o Verão. Mas, no Solstício, pelo S. João, começou a baixar no horizonte. É o símbolo da Consciência, da nossa ligação ao Cosmos, ao que nos transcende.
Plutão, o deus que reina no Hades, no mundo subterrâneo das sombras, que o aventureiro Ulisses chegou a visitar, onde “vivem” os mortos, é, também ele, um símbolo de ligação ao transcendente: a morte transcende-nos! Sendo aquilo que não podemos controlar, a morte, Plutão é um símbolo do poder, da destruição do que já é lixo, para dar lugar ao novo. É também símbolo das riquezas, porque o ouro vem de dentro da Terra. E símbolo da prisão, da prisão ao mundo, à riqueza, ao poder e ao sexo -- e da libertação dela.

É curioso que, nestes dias, estes símbolos estejam de lados opostos, no céu, com a Terra, connosco, de permeio. O Sol demora um ano a dar a volta ao zodíaco, a larga circunferência celeste. Opor-se-à exactamente a Plutão no dia seguinte ao do referendo grego. Ganhará a Luz da Consciência ou o poder da morte? Plutão, “a grande transformação”, não poderá estar mais iluminado pelo Sol, pela nossa consciência: imagino que seja um momento privilegiado para vermos o poder das “instituições”, o poder do dinheiro, e a necessidade de as transformarmos radicalmente, de criar novas!
E essa consciência será fundamental para nos libertarmos da tirania do sistema financeiro, para inventarmos as novas instituições, a partir de 2024, quando estas tiverem deixado de existir.

Paradoxalmente, Varufakis é sensato, sabe do desmedido poder do dinheiro no nosso tempo, imagino que saiba que terá que deixar de ser assim mas que ainda é cedo. E deve saber da importância histórica do referendo grego, que será um momento de lucidez, de consciência global de que é tempo de mudar, de que vivemos os anos finais do poder financeiro -- quer ganhe o SIM quer ganhe o NÃO. Fica aqui a entrevista dele, de hoje, ao El Mundo, em castelhano.

O Poder é assunto central das sociedades. Enquanto alguns de nós vêm a anarquia como uma utopia para a qual caminhamos, sociedades em que não exerçamos o poder sobre os outros mas apenas sobre nós mesmos, para nos aperfeiçoarmos -- outros combatem esse caminhar histórico para o desconhecido e tratam de ganhar poder, passam a vida nisso. Alguns são mesmo viciados, porque o poder vicia. Chegam a ser sabujos, chegam a mentir, para ganhar umas migalhas de poder. Dizem que é “humano”.
Deixo aqui uma frase “desumana”, de Maio de 68: “É proibido proibir!”
A consciência livre de cada um fará o melhor para todos. São os donos do mundo quem precisa de escravos, não nós. E não precisamos de donos, claro!

2 comentários:

  1. O investimento chinês em Portugal…. Fraude

    http://economico.sapo.pt/noticias/o-investimento-chines-em-portugal-fraude_220133.html#at_pco=smlrebv-1.0&at_si=55995a0105d66533&at_ab=per-2&at_pos=4&at_tot=8

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  2. será que é desta que a Alemanha sai do euro?

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