segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Um vírus benfazejo


Étienne Chouard : le problème du vol monétaire... por cinequaprod

Note-se como a entrevista começa com o jornalista a fazer uma pergunta com a conhecida frase de Nathan Rothschild (que também citei no post "A um jovem na casa dos 20"); a forma como nos fala do cuidado a ter com as fontes, o ter procurado quem citou Rothschild pela primeira vez e como se questiona, como nos lembra que aparece no Internet muita mentira -- embora achando a citação plausível -- já nos diz muito sobre a credibilidade científica do entrevistado.
Este homem não tem, ao contrário dos profissionais da política, interesses por detrás do que propõe. Fala a sua verdade e está aberto a argumentos válidos que lha rebatam -- ainda não aconteceram.
A Verdade existe. Esta é a verdade possível, neste momento da História, sobre a Democracia. Não se trata de seguir um "guru" ou coisa que o valha; trata-se de, ao ver a verdade, não desviar o rosto, encará-la. Discuti-la. Tomá-la nas mãos, apropriar-se dela.
Trata-se de alguém que estudou o assunto da democracia e, prova de que o estudou bem, consegue expo-lo com clareza suficiente.
Como o francês deixou de ser língua falada entre nós, tentarei ir escrevendo, aqui em baixo, as descobertas dele, aquilo que, uma vez visto, nos obriga a mostrar aos outros, aos que querem ser livres, aos milhares que saíram à rua no sábado, para começar!

Os nossos representantes eleitos não podem configurar uma democracia. Na prática configuram uma oligarquia. Não por serem desonestos mas por não lhes ser mesmo possível. Assim como se devem recusar os jurados que são familiares da vitima ou do agressor, assim os políticos profissionais devem ser afastados da feitura das leis.

O entrevistador começa por perguntar a E. C. como poderá o Estado recuperar a criação de moeda, e cita Nathan Rothschild, que se terá gabado de controlar o Império Britânico pois controlava o Banco de Inglaterra. 
E. C. lembra que é preciso verificar se ele disse realmente isso, consultar as fontes, lembra que quem o citou em primeiro lugar era anti-semita (embora não tenha a certeza de que o livro em que aparece a citação tenha sido escrito antes ou depois de esse autor ter ficado anti-semita) -- mas acaba por dizer que, quer Rothschild tenha dito isso ou não, é evidente que quem controlar o fabrico de moeda controla a política, tem o poder.
Depois mostra-nos a tradução francesa do livro de um americano que pertenceu aos serviços secretos, " As Confissões de um Assassino Financeiro", onde o autor conta como lhe competia ir convencer os governantes de países do terceiro mundo a fazer obras caras, dizendo que eram investimentos, que se não preocupassem com o endividamento, que eles lá estariam para ajudar, se necessário. O objectivo era endividar esses países para, depois, lhes poder comprar os recursos naturais --tudo o que tivesse valor. Quando os governantes não cediam ao "charme" da persuasão a segunda etape consistia em comprá-los, em corrompê-los -- diz-se que todo o homem tem o seu preço! Quando, mesmo assim, resistiam, a terceira etape era o assassinato (terá morrido assim Chissano ou Sá Carneiro) e, por fim, quando não eram assassináveis, por serem militares e estarem de sobreaviso, como Sadam Husseim, que escapou a várias tentativas de assassinato, a terceira etape era a guerra. (De facto, imagino eu, o Iraque deve estar, agora, endividadíssimo, com toda a reconstrução que tem feito e fará -- e, dessa forma, o petróleo, que Sadam queria vender em euros, será para pagar juros de dívida!)
A seguir fala-nos de 


2. (tentarei, com o tempo, ir resumindo aqui as ideias deste estudioso da realidade)

1 comentário:

  1. Meu caro JAM. Peço desculpa pois o que me trás aqui nada tem a ver com o assunto do seu post, mas como ninguem tem a coragem de levantar o problema ele aqui vai. Que é feito das pedras que se encontravam no Largo em frente ao Tribunal e que foram substituidas por novas. Há quem em surdina diga coisas bem "bonitas", mas publicamente nada, Seria bom que algeum levantasse o problema. Bem puderia ser o meu amigo. Um abraço.

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