sexta-feira, 24 de agosto de 2012


Eric Clapton fez esta canção depois de lhe ter morrido um filho, de 4 anos.
Quando nos sentimos sem resposta ao Destino, quando nos não sentimos livres mas brinquedos, nas mãos, cruéis, dos deuses, lembremo-nos que podemos brincar, como eles, com as nossas vidas!
Em cada momento temos escolhas, o leitor pode ouvir esta música ou fazer um número infinito de outras coisas: somos, realmente, livres!
A cada momento que o Destino nos traz, no eterno agora, podemos reagir como quisermos. Podemos entrar em depressão só porque nos demos conta de que somos efémeros, transitórios, que já gastámos o melhor tempo do pouco que nos foi dado... ou celebrar a consciência de estar vivo, aceitando tudo o que é -- e a nós mesmos, com passado e tudo, exactamente como somos. Podemos escolher olhar para o passado como se não existisse, já que, de facto, não existe mesmo!
E podemos inventar o futuro, criar o Destino!
É um tempo de mudança: lá se vai, pelo cano, a sociedade de consumo, as férias pagas, a reforma prevista. Podemos escolher ocupar o mundo, deixar as bolsas de valores a trabalhar em seco, podemos criar uma moeda independente das bolsas e dos bancos, distribuí-la igualmente pelos cidadãos e desprezar a outra, aquela em que os "deusinhos" se divertem a transformar países e suas gentes em endividados escravos. A Liberdade, em cada momento, é uma escolha. E, se nada fizermos, estamos a escolher continuar o passado. Mas, desta vez, isso é continuar o caminhar apressado para a miséria, para a escravatura, para a morte do planeta, para a fome -- para a guerra.
Um outro mundo é possível, é possível sentirmo-nos responsáveis por que ninguém tenha fome, ninguém esteja sem abrigo... não chegámos a este desenvolvimento científico e técnico para o usarmos assim, a dar cabo da diversidade biológica e da vida dos melhores, dos mais humanos de nós.
O paraíso na Terra está ao nosso alcance e o colapso do actual sistema é muito bem vindo, é a oportunidade de nos sentirmos a família alargada de sete milhares de milhões, todos diferentes, todos iguais, todos efémeros, livres, solidários, criadores de sonhos. "Poetas à solta", como dizia Agostinho.

2 comentários:

  1. burro que não gosta de palha24 de agosto de 2012 às 15:42

    Encontrou a forma mais ridícula, desajustada, patética, confrangedora, de dizer algumas das verdades fulcrais do nosso tempo. Cale-se!

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  2. Comentário pertinente, como sempre, burro!
    Mas os adjectivos que usa também se adequariam à forma como os "nossos representantes" nos estão a esfolar, mantendo os seus privilégios.

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