O patriotismo de Fernando Pessoa é "individualista", a "Mensagem" é sobre os nossos heróis, é um apelo às pessoas, não à raça.
Um apelo aos portugueses para que acordem, porque "é a hora!".
A prece do poeta foi ouvida: há "desgraça ou ancia"! E mais haverá, neste novo ano, poucos esperarão que não haja!
Se pegarmos no assunto com a visão global que é a portuguesa, se virmos que vale a pena criar uma sociedade sensata, que respeite a natureza e as pessoas, se virarmos as costas ao consumismo que a oligarquia alimentou e nos esforçarmos por criar uma democracia real...
É bem possível que "outra vez conquistemos a distância", porque o mundo nos acompanhará.
sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
Lua nova, vida nova!
Há ciclos. Como a aurora está para o dia, como o Natal para o ano, a Lua nova desta manhã, às 8:42, tem que ser a esperança de um mês em que a razão recupere terreno.
Ler o jornal, hoje, deu-me a sensação de estar no fundo de um poço. "Ninguém sabe que alma tem/ Nem o que é mal nem o que é bem".
Um bom dia, leitor de acaso, e um acordar tranquilo para o novo ano, no solstício, a 21 de Dezembro, às 6:12.
Depois da noite, do sonho, vem um novo dia: há ciclos!
E, no ciclo de um quarto de milénio, neste alvorecer da democracia real, talvez seja tempo de limpar a Terra: de tanta inconsciência, de tanto disparate, de tanto esforço para matar a vida!
As bandeiras que os americanos puseram na Lua, há 40 anos, hoje são brancas! Que belo símbolo!
Ler o jornal, hoje, deu-me a sensação de estar no fundo de um poço. "Ninguém sabe que alma tem/ Nem o que é mal nem o que é bem".
Um bom dia, leitor de acaso, e um acordar tranquilo para o novo ano, no solstício, a 21 de Dezembro, às 6:12.
Depois da noite, do sonho, vem um novo dia: há ciclos!
E, no ciclo de um quarto de milénio, neste alvorecer da democracia real, talvez seja tempo de limpar a Terra: de tanta inconsciência, de tanto disparate, de tanto esforço para matar a vida!
As bandeiras que os americanos puseram na Lua, há 40 anos, hoje são brancas! Que belo símbolo!
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
Um abraço aos brasileiros
Imagino que a maior parte dos brasileiros tenha sentido a morte de Oscar Niemeyer como a senti, a perda de uma pessoa conhecida, quase de família -- e nunca estive com ele!
Foi um homem livre; tinha convicções mas não creio que confundisse convicção com fé. Aconteceu-lhe ter um material novo com que fazer a arte da arquitectura, o betão armado, o concreto, no Brasil. Mas teria sido artista se não fosse livre? Se estivesse a pensar no lucro? -- Não me parece possível.
Foi a liberdade que lhe deu asas para criar, a sua forma de respeitar os mestres, a única forma de respeitar o passado, que é conhecê-lo e esquecê-lo! E foi um mestre de arquitectura.
Foi um homem livre; tinha convicções mas não creio que confundisse convicção com fé. Aconteceu-lhe ter um material novo com que fazer a arte da arquitectura, o betão armado, o concreto, no Brasil. Mas teria sido artista se não fosse livre? Se estivesse a pensar no lucro? -- Não me parece possível.
Foi a liberdade que lhe deu asas para criar, a sua forma de respeitar os mestres, a única forma de respeitar o passado, que é conhecê-lo e esquecê-lo! E foi um mestre de arquitectura.
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| O Palácio da Alvorada, quem sabe se a aurora está acontecendo no Brasil? |
Sobre a conferência de ontem, em São Martinho do Campo
Para quem tem esperança que os portugueses ("a minha Pátria é a língua portuguesa") sejam os catalisadores da revolução global já em curso, que sejam lusófonos os descobridores da estrutura social da revolução informática, a conferência de ontem, em São Martinho do Campo, foi uma desilusão.
Estavam lá imagens de um PowerPoint, projectadas, oblíquamente, num ecrã; estavam estudantes (de jornalismo, creio) a filmar o "evento", como ora se diz, com câmaras digitais; estava a forma do nosso século mas mal vislumbrei o seu espírito, que, para a minha convicção, é democrata.
O que vi foi a, ainda vigente, resignação perante o actual sistema de governo representativo a que se chama, impropriamente, "democracia"; o que vi foi resignação perante a oligarquia muito visível, muito real, em que vivemos.
Pessoas sãs, honestas, democratas, mas que, perante as dificuldades financeiras da imprensa local, que são idênticas às da nacional e às da internacional, apenas imaginam soluções que convêm à oligarquia, como subsídios, melhor marketing da publicidade, legislação mais favorável. O "Entre-Margens", esplêndida publicação que tem sobrevivido à custa do esforço de uma cooperativa de gente generosa, está em risco de sobrevivência e a Entidade Reguladora Para a Comunicação Social (ERC) entretém-se a aumentar esse risco multando-o pelo singelo crime de cumprir o seu dever de publicar as mais diversas opiniões.
Sou do tempo em que os jornais traziam uma pequena "caixa", na primeira página, onde se lia: "Este jornal foi visado pela Comissão de Censura". Acontece que a existência dessa Comissão era suficiente para que os jornais nada dissessem que pudesse pôr em risco a sua aceitação pelo poder. Apareceu mesmo uma arte de dizer coisas incómodas para o poder sem que este se apercebesse.
O risco de levar com uma multa da ERC faz-me pensar que os jornais estejam perto de pedir à ERC uma censura prévia -- é fácil, por e-mail -- , a qual apareceria em caixa ("Este jornal foi visado pela ERC") e teria efeito dissuasor sobre os incomodados políticos que a ela recorrem para amordaçar os jornais.
Não há liberdade se expressão se houver medo de falar ou escrever o que se pensa. Claro que quem se sentir ofendido tem a mesma liberdade de refutar, com argumentos, o que foi dito, no mesmo sítio do jornal; e, se os seus argumentos derem azo a contra-argumentação, melhor para o jornal, melhor para a procura da verdade, sobre o assunto em causa. A verdade vem sempre ao de cima! -- Vem, se as pessoas conseguirem exprimir-se em liberdade. E se, por acaso, usarem palavras impróprias para um argumento, "caralhadas", é o argumento que sofre, já que a expressão emocional em nada ajuda a descoberta da verdade sobre o assunto; naturalmente, o articulista procurará ser objectivo, pois, se o não for, a posição que defende perderá credibilidade.
Não! Não consigo entender a "necessidade" da censura; insultos não são argumentos; se tratarmos os leitores com respeito eles não se comportarão como crianças. Deixemo-los julgar por si mesmos, este respeito está no cerne da democracia.
É bem possível que, se um jornal se permitir a si mesmo a incondicional liberdade de escrever o que pensa e se a permitir aos seus leitores, publicando-lhes os comentários, ele seja mais lido e, consequentemente, mais comprado, mais viável economicamente.
Só os leitores podem salvar um jornal decente da bancarrota. E, num mundo em que os jornais decentes são submersos por carradas de jornais e publicações subsidiadas, cujas opiniões não valem a ponta de um c* (vê, leitor, é possível a liberdade de expressão, com estes artifícios simples -- neste caso eu queria exprimir uma emoção, a emoção que sinto, desde menino, contra a censura), neste mundo de "informação" comprada, em que é preciso procurar afanosamente a informação válida, no meio do lixo, um jornal livre terá, eventualmente, leitores. E fará um serviço cívico.
Só esses leitores poderão pagar o trabalho jornalístico de procurar a informação. Se não forem eles, nem sequer haverá informação, haverá marketing!
Estavam lá imagens de um PowerPoint, projectadas, oblíquamente, num ecrã; estavam estudantes (de jornalismo, creio) a filmar o "evento", como ora se diz, com câmaras digitais; estava a forma do nosso século mas mal vislumbrei o seu espírito, que, para a minha convicção, é democrata.
O que vi foi a, ainda vigente, resignação perante o actual sistema de governo representativo a que se chama, impropriamente, "democracia"; o que vi foi resignação perante a oligarquia muito visível, muito real, em que vivemos.
Pessoas sãs, honestas, democratas, mas que, perante as dificuldades financeiras da imprensa local, que são idênticas às da nacional e às da internacional, apenas imaginam soluções que convêm à oligarquia, como subsídios, melhor marketing da publicidade, legislação mais favorável. O "Entre-Margens", esplêndida publicação que tem sobrevivido à custa do esforço de uma cooperativa de gente generosa, está em risco de sobrevivência e a Entidade Reguladora Para a Comunicação Social (ERC) entretém-se a aumentar esse risco multando-o pelo singelo crime de cumprir o seu dever de publicar as mais diversas opiniões.
Sou do tempo em que os jornais traziam uma pequena "caixa", na primeira página, onde se lia: "Este jornal foi visado pela Comissão de Censura". Acontece que a existência dessa Comissão era suficiente para que os jornais nada dissessem que pudesse pôr em risco a sua aceitação pelo poder. Apareceu mesmo uma arte de dizer coisas incómodas para o poder sem que este se apercebesse.
O risco de levar com uma multa da ERC faz-me pensar que os jornais estejam perto de pedir à ERC uma censura prévia -- é fácil, por e-mail -- , a qual apareceria em caixa ("Este jornal foi visado pela ERC") e teria efeito dissuasor sobre os incomodados políticos que a ela recorrem para amordaçar os jornais.
Não há liberdade se expressão se houver medo de falar ou escrever o que se pensa. Claro que quem se sentir ofendido tem a mesma liberdade de refutar, com argumentos, o que foi dito, no mesmo sítio do jornal; e, se os seus argumentos derem azo a contra-argumentação, melhor para o jornal, melhor para a procura da verdade, sobre o assunto em causa. A verdade vem sempre ao de cima! -- Vem, se as pessoas conseguirem exprimir-se em liberdade. E se, por acaso, usarem palavras impróprias para um argumento, "caralhadas", é o argumento que sofre, já que a expressão emocional em nada ajuda a descoberta da verdade sobre o assunto; naturalmente, o articulista procurará ser objectivo, pois, se o não for, a posição que defende perderá credibilidade.
Não! Não consigo entender a "necessidade" da censura; insultos não são argumentos; se tratarmos os leitores com respeito eles não se comportarão como crianças. Deixemo-los julgar por si mesmos, este respeito está no cerne da democracia.
É bem possível que, se um jornal se permitir a si mesmo a incondicional liberdade de escrever o que pensa e se a permitir aos seus leitores, publicando-lhes os comentários, ele seja mais lido e, consequentemente, mais comprado, mais viável economicamente.
Só os leitores podem salvar um jornal decente da bancarrota. E, num mundo em que os jornais decentes são submersos por carradas de jornais e publicações subsidiadas, cujas opiniões não valem a ponta de um c* (vê, leitor, é possível a liberdade de expressão, com estes artifícios simples -- neste caso eu queria exprimir uma emoção, a emoção que sinto, desde menino, contra a censura), neste mundo de "informação" comprada, em que é preciso procurar afanosamente a informação válida, no meio do lixo, um jornal livre terá, eventualmente, leitores. E fará um serviço cívico.
Só esses leitores poderão pagar o trabalho jornalístico de procurar a informação. Se não forem eles, nem sequer haverá informação, haverá marketing!
sexta-feira, 23 de novembro de 2012
O frio aperta, são os anos da madrugada.
O que se está a passar no Egipto serve para nos lembrar que eleições não rimam com democracia. Eleger um "representante" é abdicar da nossa responsabilidade de governar. Em democracia a responsabilidade é do povo, de toda a gente. Se entregarmos o poder deixamos, ipso facto, de estar em democracia. Entregámo-lo elegendo, com uma votação perfeita? -- Que importa? Entregámo-lo!
Os egípcios mostraram ao mundo que queriam viver em democracia. Livraram-se do tirano e, como não sabiam fazer melhor, fizeram eleições. Neste momento saem à rua, surpreendidos por terem eleito um tirano. Hitler foi eleito por um parlamento, foi escolhido pelos "representantes" do povo, assim como Stalin!
Temos a sorte, os europeus, de ter a experiência histórica de Atenas, cuja democracia durou dois séculos. Temos obrigação de usar essa experiência, se quisermos criar democracias nos nossos países. Democracias reais.
Ninguém, como os ingleses, estudou a Grécia antiga, a ensinou nas escolas. Acontece, simplesmente, que preferem viver em aristocracia, estão no seu direito! E acontece, também, que a sua aristocracia foi comprada, paulatinamente, ao longo dos séculos, por uma oligarquia. A qual, depois de se apoderar da Libra, que era a moeda do mundo, criou o Dólar e, agora, o Euro.
Fernando Pessoa, que não era democrata, considerava Portugal o herdeiro da Civilização Grega; dizia que não é por acaso que Lisboa e Atenas estão à mesma latitude. Se, -- melhor! -- quando, os portugueses quiserem, de novo, contribuir para a civilização europeia, descobrir a sua nova forma, eu espero que seja a de uma democracia real, directa, que use a informática para "alavancar" os seus mecanismos de defesa até à dimensão nacional, quiçá lusófona, uma democracia entre muitas.
Se me disserem que as nossas sociedades industrializadas precisam do nosso sistema de "democracia" representativa (ou seja, do capitalismo da oligarquia financeira) para medrarem, eu estarei de acordo, a história o mostra. Mas as sociedades informatizadas que nos próximos anos se consolidarão precisam de um outro sistema; assim como os escravos foram substituídos por máquinas, assim a robótica dispensará os operários -- demorará, por certo, mas não esqueçamos a aceleração da História.
A criação exige um tempo em que o criador parece descansar, parece estar alheio à vida que o cerca -- sonha. É durante o sono que nascem as grandes criações, acorda-se com elas prontas.
O símbolo de Portugal adormecido, que há de voltar para completar a sua ambição de grandeza, é D. Sebastião. Quem, quando a realidade existencial, como o frio da madrugada nos acorda, acordará, será Portugal, ou seja, os que falam a nossa língua. Acordaremos com o projecto de uma organização social que fará medrar a sociedade informatizada -- e, espero, esse projecto viabilizará uma democracia real.
Se, -- melhor! -- quando, isso acontecer, seremos, de novo, os pioneiros da conversa de civilizações, os primeiros a ser (mal) recebidos na India e na China, interessados no comércio das ideias, no respeito pelos povos do mundo, na consciência de que as diferenças entre os povos, entre as pessoas, são a brincar, são para dar graça à vida, somos todos UM. Aquilo a que a oligarquia decidiu chamar "o mundo árabe" é parte importante da nossa civilização mediterrânea; o Egipto, geograficamente em Africa, é onde Grécia e Europa têm as suas raízes e foi em Alexandria que se descobriu que a Terra é redonda e se a mediu! Alexandre e o Gama chegaram à Índia; a civilização europeia, porém, herdeira deles, pode ter colonizado as Américas mas não é universal. Esse mito, o da superioridade da nossa civilização, cairá com a oligarquia, na próxima dúzia de anos: há mais mundos, tem graça que os haja!
terça-feira, 20 de novembro de 2012
Uma estratégia de desenvolvimento para a próxima década: Economia local, economia social
Este é o título da próxima conferência da Associação Amar Santo Tirso, no dia 26.
Eis o convite que me enviaram e que se dirige a todos os tirsenses e não só:
Caro(a) amigo(a):
A associação cívica "AMAR Santo Tirso", vem convidá-lo a participar na sessão do Ciclo de Conferências "Santo Tirso, que futuro? - Uma estratégia de desenvolvimento para a próxima década", subordinada ao tema "Economia Local, Economia Social", que decorrerá no dia 26 deste mês, segunda-feira, pelas 21.30 horas, na Associação de Solidariedade Humanitária de Monte Córdova, em Monte Córdova, e cujos oradores serão a Profª Maria José Abreu, da Universidade do Minho, e a Drª Gilda Torrão, directora-geral da ASAS Santo Tirso.
A sua presença é importante para a dinâmica da sociedade civil do nosso concelho.
Participar é um acto de cidadania. Obrigado
Eis o convite que me enviaram e que se dirige a todos os tirsenses e não só:
Caro(a) amigo(a):
A associação cívica "AMAR Santo Tirso", vem convidá-lo a participar na sessão do Ciclo de Conferências "Santo Tirso, que futuro? - Uma estratégia de desenvolvimento para a próxima década", subordinada ao tema "Economia Local, Economia Social", que decorrerá no dia 26 deste mês, segunda-feira, pelas 21.30 horas, na Associação de Solidariedade Humanitária de Monte Córdova, em Monte Córdova, e cujos oradores serão a Profª Maria José Abreu, da Universidade do Minho, e a Drª Gilda Torrão, directora-geral da ASAS Santo Tirso.
A sua presença é importante para a dinâmica da sociedade civil do nosso concelho.
Participar é um acto de cidadania. Obrigado
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
Ciclo de Conferências "Santo Tirso, que futuro?"
A conferência de amanhã, sexta-feira, 9 de novembro, às 21.30 h, sobre "Turismo e Cultura", mudou de sítio: será no Barmali, na Praça Coronel Baptista Coelho.
Ao fundo destas duas colunas do blog (o blog é profundo!) está o programa das quatro conferências, iniciativa da Associação Amar Santo Tirso. Apareça!
Domingo, 11 de Novembro de 2012: Na conferência falou-se da importância da história, do património, para o turismo, de guias que criem encanto a partir de memórias, e do património edificado recentemente, do museu de escultura, de obras como o edifício dos bombeiros "vermelhos", de Alvaro Siza, que será inaugurado no dia 6 de Novembro. E falou-se de estratégias seguidas por outras cidades, da estratégia de focar o turismo numa ou duas coisas que identifiquem a cidade; de como a população de Cerveira, por exemplo, interiorizou a Bienal, de como ela serve de chamariz turístico durante todo o ano; ou de como Ponte do Lima valorizou os solares e a gastronomia... Mas não se falou de como Ponte do Lima valorizou a agricultura e a ecologia, só permitindo pequenas indústrias não poluentes no seu ordenamento territorial; creio que o orador, bracarense, estava muito consciente da história da indústria textil no nosso Concelho, de como isso o caracteriza.
Ora, historicamente, digo eu, antes da textil, cujo ciclo chegou ao fim (falou-se de que há turismo dirigido a fábricas antigas, desactivadas, noutras bandas), historicamente, a nossa região, nas margens do Ave e seus afluentes, era um paraíso de fauna e flora, razão porque já tinha um mosteiro cristão no tempo da administração pública muçulmana, os monges eram lavradores. E, quando, há cem anos, Santo Tirso entrou na moda como destino turístico, os abastados visitantes vinham à procura do rio, da sua exuberante vegetação e da sua beleza. A paisagem é, ainda hoje, depois de ter sido destruída por décadas de desprezo, um bem patrimonial. E a sua protecção um dever.
"Não desfazendo" nos jesuítas e no licor de Singeverga, a minha sugestão, para encontrar um tema, é que a nossa Bienal seja sobre ecologia. Que o nosso assunto seja a sociedade pós-industrial, a reestruturação depois do século XX, que a Escola Agrícola se transforme numa referência mundial de investigação de agricultura "biológica", que a natureza, que as paisagens, sejam acarinhadas. Não há contradição entre a natureza e o homem: somos todos um. O lavrador que quer construir, em betão, num vale, tem vantagem em ser ajudado a recuperar algum velho edifício de pedra -- sem betão! As vantagens do respeito pela natureza não são apenas culturais e turísticas, são quotidianas e reais para quem habita no Concelho.
Deixo aqui o calendário das próximas conferências:
Dia 15 de Novembro: Imprensa local
Luis Américo Fernandes (director do "Entre-Margens") e Dra. Manuela Couto
na Junta de Freguesia de S. Martinho do Campo, às 21:30
Dia 26 de Novembro: Economia local e economia social
Maria José Abreu (da Universidade do Minho) e Gilda Torrão (da ASAS, Santo Tirso)
na Associação de Solidariedade Humanitária de Monte Córdova, às 21:30
Dia 13 de Dezembro: Educação, desporto e juventude
Joaquim Azevedo (da Universidade Católica) e Henrique Calisto
na Junta de Freguesia da Vila das Aves, às 21:30
O debate sobre Imprensa local foi adiado para 7 de Dezembro, às 21:30, na Junta de Freguesia de São Martinho do Campo.
Domingo, 11 de Novembro de 2012: Na conferência falou-se da importância da história, do património, para o turismo, de guias que criem encanto a partir de memórias, e do património edificado recentemente, do museu de escultura, de obras como o edifício dos bombeiros "vermelhos", de Alvaro Siza, que será inaugurado no dia 6 de Novembro. E falou-se de estratégias seguidas por outras cidades, da estratégia de focar o turismo numa ou duas coisas que identifiquem a cidade; de como a população de Cerveira, por exemplo, interiorizou a Bienal, de como ela serve de chamariz turístico durante todo o ano; ou de como Ponte do Lima valorizou os solares e a gastronomia... Mas não se falou de como Ponte do Lima valorizou a agricultura e a ecologia, só permitindo pequenas indústrias não poluentes no seu ordenamento territorial; creio que o orador, bracarense, estava muito consciente da história da indústria textil no nosso Concelho, de como isso o caracteriza.
Ora, historicamente, digo eu, antes da textil, cujo ciclo chegou ao fim (falou-se de que há turismo dirigido a fábricas antigas, desactivadas, noutras bandas), historicamente, a nossa região, nas margens do Ave e seus afluentes, era um paraíso de fauna e flora, razão porque já tinha um mosteiro cristão no tempo da administração pública muçulmana, os monges eram lavradores. E, quando, há cem anos, Santo Tirso entrou na moda como destino turístico, os abastados visitantes vinham à procura do rio, da sua exuberante vegetação e da sua beleza. A paisagem é, ainda hoje, depois de ter sido destruída por décadas de desprezo, um bem patrimonial. E a sua protecção um dever.
"Não desfazendo" nos jesuítas e no licor de Singeverga, a minha sugestão, para encontrar um tema, é que a nossa Bienal seja sobre ecologia. Que o nosso assunto seja a sociedade pós-industrial, a reestruturação depois do século XX, que a Escola Agrícola se transforme numa referência mundial de investigação de agricultura "biológica", que a natureza, que as paisagens, sejam acarinhadas. Não há contradição entre a natureza e o homem: somos todos um. O lavrador que quer construir, em betão, num vale, tem vantagem em ser ajudado a recuperar algum velho edifício de pedra -- sem betão! As vantagens do respeito pela natureza não são apenas culturais e turísticas, são quotidianas e reais para quem habita no Concelho.
Deixo aqui o calendário das próximas conferências:
Dia 15 de Novembro: Imprensa local
Luis Américo Fernandes (director do "Entre-Margens") e Dra. Manuela Couto
na Junta de Freguesia de S. Martinho do Campo, às 21:30
Dia 26 de Novembro: Economia local e economia social
Maria José Abreu (da Universidade do Minho) e Gilda Torrão (da ASAS, Santo Tirso)
na Associação de Solidariedade Humanitária de Monte Córdova, às 21:30
Dia 13 de Dezembro: Educação, desporto e juventude
Joaquim Azevedo (da Universidade Católica) e Henrique Calisto
na Junta de Freguesia da Vila das Aves, às 21:30
O debate sobre Imprensa local foi adiado para 7 de Dezembro, às 21:30, na Junta de Freguesia de São Martinho do Campo.
sexta-feira, 2 de novembro de 2012
A nossa troika
Assim como a oligarquia internacional tem os seus angariadores de impostos para os Estados que domina -- no nosso caso a conhecida Troika -- assim esta delega esse incómodo trabalho na nossa troika, encarregada de nos extorquir a nós, ficando com uma percentagem pelo seu serviço.
A nossa troika é muito conhecida, não seria preciso escrever os nomes dos seus actuais responsáveis mas aqui ficam: Pedro Passos Coelho, António José Seguro e Paulo Portas.
Quando vemos a história de Robin Hood, da sua luta contra os angariadores de impostos do xerife de Nothingham, tomamos naturalmente o partido do povo, escandalizamo-nos com a extorsão de quem não pode pagar para alimentar o luxo do xerife. Mas hoje sabemos que a riqueza dos senhores desse tempo pré-industrial pouco passava do dobro da dos seus explorados. Actualmente é centenas ou milhares de vezes a dos seus "colaboradores", nós. E tomamos a coisa como natural!
Isto acontece graças a este sistema de governos representativos que se chama a si mesmo de "democracia". Ele obedece a uma Lei Fundamental que foi criada pelos partidos que escolhemos, depois de termos "refundado" o Estado, em Abril de 1974. Na sua primeira versão, embora "os eleitos" ficassem com o poder, havia um certo pudor. A nossa troika só se instalou meia dúzia de anos mais tarde: tinha os dois terços necessários para a revisão constitucional e "aperfeiçoou" o sistema a seu gosto.
O parlamento, entre nós chamado Assembleia da República, é composto de deputados cuja maioria pertence sempre à nossa troika; e que foram escolhidos pelos citados senhores, pelos gestores das três holdings que representam, localmente, a oligarquia internacional. É um pró-forma, a existência de deputados, eles votam aquilo que os seus chefes lhes ordenam que votem. Veja-se o caso deste deputado da Madeira que, estando ao serviço da nossa troika, votou, pela sua cabeça (bom!, talvez pela cabeça do seu chefe regional), contra o projecto de orçamento para 2013: foi devidamente ameaçado e sabe que vai perder o emprego, no devido tempo.
Sim, Sr. Pedro Passos Coelho, primum inter pares da nossa troika, sim! Precisamos, e com urgência, de uma refundação! Precisamos de uma Constituição redigida por cidadãos sem qualquer ligação à vossa troika. Precisamos de refundar a democracia, de rever o relacionamento que temos com a oligarquia internacional -- e o mesmo é preciso que se passe em todo o mundo!
O sistema dá-nos uma ajuda ao "exagerar" na dose de extorsão: há uma grande probabilidade de que se destrua a si mesmo:
A nossa troika é muito conhecida, não seria preciso escrever os nomes dos seus actuais responsáveis mas aqui ficam: Pedro Passos Coelho, António José Seguro e Paulo Portas.
Quando vemos a história de Robin Hood, da sua luta contra os angariadores de impostos do xerife de Nothingham, tomamos naturalmente o partido do povo, escandalizamo-nos com a extorsão de quem não pode pagar para alimentar o luxo do xerife. Mas hoje sabemos que a riqueza dos senhores desse tempo pré-industrial pouco passava do dobro da dos seus explorados. Actualmente é centenas ou milhares de vezes a dos seus "colaboradores", nós. E tomamos a coisa como natural!
Isto acontece graças a este sistema de governos representativos que se chama a si mesmo de "democracia". Ele obedece a uma Lei Fundamental que foi criada pelos partidos que escolhemos, depois de termos "refundado" o Estado, em Abril de 1974. Na sua primeira versão, embora "os eleitos" ficassem com o poder, havia um certo pudor. A nossa troika só se instalou meia dúzia de anos mais tarde: tinha os dois terços necessários para a revisão constitucional e "aperfeiçoou" o sistema a seu gosto.
O parlamento, entre nós chamado Assembleia da República, é composto de deputados cuja maioria pertence sempre à nossa troika; e que foram escolhidos pelos citados senhores, pelos gestores das três holdings que representam, localmente, a oligarquia internacional. É um pró-forma, a existência de deputados, eles votam aquilo que os seus chefes lhes ordenam que votem. Veja-se o caso deste deputado da Madeira que, estando ao serviço da nossa troika, votou, pela sua cabeça (bom!, talvez pela cabeça do seu chefe regional), contra o projecto de orçamento para 2013: foi devidamente ameaçado e sabe que vai perder o emprego, no devido tempo.
Sim, Sr. Pedro Passos Coelho, primum inter pares da nossa troika, sim! Precisamos, e com urgência, de uma refundação! Precisamos de uma Constituição redigida por cidadãos sem qualquer ligação à vossa troika. Precisamos de refundar a democracia, de rever o relacionamento que temos com a oligarquia internacional -- e o mesmo é preciso que se passe em todo o mundo!
O sistema dá-nos uma ajuda ao "exagerar" na dose de extorsão: há uma grande probabilidade de que se destrua a si mesmo:
domingo, 28 de outubro de 2012
Há mais de 500 anos, em Mogúncia (em alemão Meinz), deu-se um salto histórico que ombreia com a descoberta do fogo: a imprensa. Quando os lavradores, nas aldeias, começaram a ler, à luz da vela, também começaram a sair da ignorância e "conhecimento é poder". A península íbérica ajudou, com os relatos do mundo que ia descobrindo, e a guerra dos 30 anos pode ser vista como a reacção, dos que estavam bem naquele, ao nascimento de um novo mundo.
Este brinquedo que o leitor tem nas mãos, o seu computador, pode ser visto como tendo um impacto libertador, de avanço na civilização, análogo ao da popularização do livro impresso.
E há, como nesse tempo havia, quem reaja contra a disseminação da informação que os novos tempos trazem, porque "conhecimento é poder" e incomoda quem o tem e vê os seus privilégios ameaçados.
A guerra, na Europa, não pode ser de novo militar, porque os povos a não permitiriam. A guerra consiste, desde há muitos anos, em endividar os povos e assim os subjugar; consiste também em manipular a informação que lhes chega, em desinformar. Há muita informação submersa em gigas de bits cujo objectivo é mesmo esse: afogá-la!
Nem todos se calam, porém. Um dos heróis do nosso tempo talvez seja este médico alemão, investigador científico, que, ao estudar a epidemia de cancro que se passa nas nossas sociedades, tropeçou no poder económico e político. Como bom investigador, não larga o osso, investiga. Vale a pena ouvir o Dr. Rath, compreensivelmente combatido pela desinformação, nesta conferência.
Ou, nesta outra, legendada em português, em que ele repete, sem nos explicar tão bem onde a foi buscar, uma informação que nos é vital.
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
Joseph Goebbels, ministro da propaganda na Alemanha nazi, ficou conhecido por ter dito que uma mentira suficientemente repetida se transforma numa verdade. E tantas vezes se disse que ele o tinha dito que eu pensei que fosse verdade, que a frase fosse dele mas, ao que parece, não é! Os nazis mentiam descaradamente ao povo, que não sabia o que se passava nos campos de concentração escondidos na Polónia e noutros países de Leste e que só acordou quando apareceram fotografias e sobreviventes a contar a história. As "democracias" venceram os nazis e a ideia chocante de que a mentira funciona parecia banida para sempre: um dos baluartes das "democracias" é a liberdade de expressão, a liberdade da imprensa...
Eis que a oligarquia internacional, representada nos nossos Estados pelos nossos "governos representativos", recuperou a ideia de mentir ao povo e mente, descaradamente! Há muitos anos.
Acontece que, sem guerra, pacificamente, estamos a acordar. E não vamos pedir ao sr. António Borges, por exemplo, uma das correias de transmissão do poder da oligarquia internacional sobre o Estado Português (trabalhou no Goldman Sachs) que se suicide com a família toda, num bunker: vamos apenas pedir que se cale, ou, melhor ainda, vamos deixá-lo a falar com as paredes!
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| Este quadro, que circula por e-mail, chama ao sr. "ignorante". Não é, é apenas um discípulo do sr. da fotografia acima, um mestre da desinformação. |
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
Catastroika
Este filme mostra o sucesso das ideias neoliberais, nascidas em Chicago.
Comemoremos! Façamos uma festa todos os dias. Estamos vivos, a natureza existe, não precisamos de ter milhões para festejar -- festejemos isso, o não precisar de ser milionário! Porque os que têm um milhão querem dez e depois cem, mil -- e não dançam, o que é natural, porque muita gente morreu pelo caminho, muito longe deles. Celebremos o fim do sistema, deixemos de o usar, novos estão a ser concebidos, numa festa universal. A oligarquia só existe enquanto a alimentarmos. Depois, os 1% integrar-se-ão nos 100%, na democracia. E poderão, enfim, celebrar, agradecer a vida, o Sol, as estrelas, as arvores e o ar que respiram. Quanto às empresas, quanto ao que é preciso criar para vivermos -- para que precisam elas, para funcionar, de pertencer a bancos internacionais ou aos seus accionistas? Se a produção da moeda for controlada por democracias reais, poderão financiar-se sem juros... os novos sistemas estão a ser concebidos.
Não deixemos que morram durante a gestação!
Primeiro tomaram os meios de comunicação. Depois venderam a ideia de que as empresas estatais têm, por força, que funcionar pior que as privadas, venderam-na bem! (A ideia é falsa mas pouco importa, o Estado perdeu o lucro todo da empresa, depois de a ter vendido, não esquecendo os subsídios à empresa privatizada... E os trabalhadores passaram a ganhar menos e a ser mais despedidos, logo -- foram levados!)
Agora os oligarcas já não precisam de vender a ideia do neoliberalismo: impõem-na. Nos acordos da Troika está bem claramente escrita a condição de que o dinheiro só vem se as empresas do Estado forem privatizadas.
Agora os oligarcas já não precisam de vender a ideia do neoliberalismo: impõem-na. Nos acordos da Troika está bem claramente escrita a condição de que o dinheiro só vem se as empresas do Estado forem privatizadas.
A Catastroika, na Rússia e na Alemanha de Leste, levou milhões de pessoas à miséria. O sistema em que vivemos, a oligarquia financeira internacional, há-de acabar dono de tudo o que tenha algum valor, no mundo. As pessoas transformadas em escravos.
Este filme é para que acordem -- ou para que saibamos gritar mais alto que acordem! O que havia de direitos "democráticos" nos nossos países já é uma história em vias de ser apagada pela desinformação.
Ou o poder pertence ao povo ou aos donos do dinheiro. As decisões políticas da oligarquia evidentemente que não são decisões democráticas -- são decisões que levam a aumentar os lucros de 1% das pessoas. Decisões que põem na miséria milhões de outras -- e, quando estivermos com fome, saberemos ainda sonhar? Criar a democracia real? O tempo foge, apanhemo-lo!
Comemoremos! Façamos uma festa todos os dias. Estamos vivos, a natureza existe, não precisamos de ter milhões para festejar -- festejemos isso, o não precisar de ser milionário! Porque os que têm um milhão querem dez e depois cem, mil -- e não dançam, o que é natural, porque muita gente morreu pelo caminho, muito longe deles. Celebremos o fim do sistema, deixemos de o usar, novos estão a ser concebidos, numa festa universal. A oligarquia só existe enquanto a alimentarmos. Depois, os 1% integrar-se-ão nos 100%, na democracia. E poderão, enfim, celebrar, agradecer a vida, o Sol, as estrelas, as arvores e o ar que respiram. Quanto às empresas, quanto ao que é preciso criar para vivermos -- para que precisam elas, para funcionar, de pertencer a bancos internacionais ou aos seus accionistas? Se a produção da moeda for controlada por democracias reais, poderão financiar-se sem juros... os novos sistemas estão a ser concebidos.
Não deixemos que morram durante a gestação!
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
O nascimento de Vénus
À medida que vamos percebendo que a Revolução Industrial está feita e que a Revolução Informática é uma nova era, com seu novo sistema social, acontece-nos imaginar o futuro.
"O futuro a Deus pertence", ou seja, não nos cabe conhecê-lo. Porém, que há de mais humano, que é que mais seguramente nos cabe fazer senão desafiar os deuses, procurar sair da nossa condição? Honrar Prometeu, que, por nos achar merecedores, roubou o fogo divino, que nos não cabia ter, e sofreu o martírio? Ou honrar o mesmo Cristo que, pela mesma razão, nos revelou que o amor é o segredo da vida?
Acontece-me imaginar o mundo daqui a uns anos. Imagino a sabedoria do Oriente a fecundar o conhecimento ocidental. Imagino-nos a viver no presente, o passado e o futuro esquecidos, no Tao... e, ao mesmo tempo, conscientes dos erros passados para os não repetir, como um menino que não se queima de novo no fogo, sem se culpar de se ter queimado. E conscientes do futuro como de um desejo, a que não importa chegar depressa, porque o caminho é bonito.
Caminante no hay camino, mas sei cada vez mais para onde vou, como alguém que queira ir a Itália e descubra que quer ir à Toscânia, depois que quer ir a Florença e entretanto se perca em Paris, ou em Praga, mas acabe por chegar à galleria degli Uffizi e descubra que vinha ver "o nascimento de Vénus".
Sei que vamos reduzir o poder entre as pessoas e aumentar o afecto. Sei que vamos acabar com a fome e com o trabalho sem graça. Sei que vamos tratar as causas ideais das doenças em vez de os seus sintomas... mas não sei exactamente como vamos organizar as nossas sociedades quando a produção não estiver ligada ao mercado bolsista e o dinheiro não render juros -- sei, porém, que o sistema em que vivemos não está no futuro, está nos seus últimos anos.
Sei que a Natureza vai recuperar o seu esplendor e nós nela... mas não sei se a Democracia Real vai nascer de uma Constituição escrita por gente sorteada entre os homens bons votados por todos (com proibição de votar em políticos) como sugere o "vírus benfazejo", que apanhei, proposto por Etienne Chouard, não sei!
Sei que a violência não é o caminho, que nos afastaremos dela sem olhar para trás, como o menino que recorda que se queimou, sem se culpar -- nem com os que ainda se não queimaram, e querem experimentar a violência a usaremos! A compaixão do Oriente e a razão do Ocidente. Mais a organização do Norte e a alegria do Sul. "Todos iguais e todos diferentes". “Surfando”, felizes, as ondas gigantes que por aí vêm.
Auriculares, ecrã completo, 27 minutos de meditação, saúde!
Acrescentado em 5 de Maio de 2014: Ver conferencia de Alan Foster: The next step in evolution.
"O futuro a Deus pertence", ou seja, não nos cabe conhecê-lo. Porém, que há de mais humano, que é que mais seguramente nos cabe fazer senão desafiar os deuses, procurar sair da nossa condição? Honrar Prometeu, que, por nos achar merecedores, roubou o fogo divino, que nos não cabia ter, e sofreu o martírio? Ou honrar o mesmo Cristo que, pela mesma razão, nos revelou que o amor é o segredo da vida?
Acontece-me imaginar o mundo daqui a uns anos. Imagino a sabedoria do Oriente a fecundar o conhecimento ocidental. Imagino-nos a viver no presente, o passado e o futuro esquecidos, no Tao... e, ao mesmo tempo, conscientes dos erros passados para os não repetir, como um menino que não se queima de novo no fogo, sem se culpar de se ter queimado. E conscientes do futuro como de um desejo, a que não importa chegar depressa, porque o caminho é bonito.
Caminante no hay camino, mas sei cada vez mais para onde vou, como alguém que queira ir a Itália e descubra que quer ir à Toscânia, depois que quer ir a Florença e entretanto se perca em Paris, ou em Praga, mas acabe por chegar à galleria degli Uffizi e descubra que vinha ver "o nascimento de Vénus".
Sei que vamos reduzir o poder entre as pessoas e aumentar o afecto. Sei que vamos acabar com a fome e com o trabalho sem graça. Sei que vamos tratar as causas ideais das doenças em vez de os seus sintomas... mas não sei exactamente como vamos organizar as nossas sociedades quando a produção não estiver ligada ao mercado bolsista e o dinheiro não render juros -- sei, porém, que o sistema em que vivemos não está no futuro, está nos seus últimos anos.
Sei que a Natureza vai recuperar o seu esplendor e nós nela... mas não sei se a Democracia Real vai nascer de uma Constituição escrita por gente sorteada entre os homens bons votados por todos (com proibição de votar em políticos) como sugere o "vírus benfazejo", que apanhei, proposto por Etienne Chouard, não sei!
Sei que a violência não é o caminho, que nos afastaremos dela sem olhar para trás, como o menino que recorda que se queimou, sem se culpar -- nem com os que ainda se não queimaram, e querem experimentar a violência a usaremos! A compaixão do Oriente e a razão do Ocidente. Mais a organização do Norte e a alegria do Sul. "Todos iguais e todos diferentes". “Surfando”, felizes, as ondas gigantes que por aí vêm.
Auriculares, ecrã completo, 27 minutos de meditação, saúde!
Acrescentado em 5 de Maio de 2014: Ver conferencia de Alan Foster: The next step in evolution.
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
"E outra vez conquistemos a Distância"
As notícias internacionais mostram o parlamento português cercado.
A Revolução Global, a criação da democracia real, directa, exige novas Constituições nos nossos países ditos "democratas". Constituições que só poderão ser redigidas, à falta de um Clístenes, por cidadãos sorteados para o efeito e, evidentemente, assessorados por juristas para a redacção de uma nova Lei Fundamental, lacónica, essencial.
Os chamados "políticos", eleitos e não sorteados, só podem fazer leis em que se dão a si mesmos poderes que, em democracia, pertencem a todos -- sempre foi assim, de novo apenas o termos tomado consciência disto.
Espero que o uso do Internet para criar uma democracia directa seja, também, legislado. É possível, no nosso tempo, sermos responsáveis pelas leis que nos regem. Especialmente em Portugal, ou as criamos ou não as levaremos a sério!
...em Portugal e na Galiza, onde, na Corunha, o Partido Humanista tem vistas largas: http://phiac.wordpress.com
A Revolução Global, a criação da democracia real, directa, exige novas Constituições nos nossos países ditos "democratas". Constituições que só poderão ser redigidas, à falta de um Clístenes, por cidadãos sorteados para o efeito e, evidentemente, assessorados por juristas para a redacção de uma nova Lei Fundamental, lacónica, essencial.
Os chamados "políticos", eleitos e não sorteados, só podem fazer leis em que se dão a si mesmos poderes que, em democracia, pertencem a todos -- sempre foi assim, de novo apenas o termos tomado consciência disto.
Espero que o uso do Internet para criar uma democracia directa seja, também, legislado. É possível, no nosso tempo, sermos responsáveis pelas leis que nos regem. Especialmente em Portugal, ou as criamos ou não as levaremos a sério!
...em Portugal e na Galiza, onde, na Corunha, o Partido Humanista tem vistas largas: http://phiac.wordpress.com
sábado, 13 de outubro de 2012
Hoje é dia de fazer barulho!
Em centenas de cidades, em todo o mundo, as pessoas continuam a despertar para a necessidade de mudar o sistema em que vivemos.
Trata-se de criar a democracia real, de acabar com a oligarquia mundial.
99% estamos a favor da Justiça e da Verdade.
1% está convidado a compreender que o Poder e os Privilégios não são valores por que se viva.
Hoje é dia de fazer barulho na rua: #GLOBALNOISE
Trata-se de criar a democracia real, de acabar com a oligarquia mundial.
99% estamos a favor da Justiça e da Verdade.
1% está convidado a compreender que o Poder e os Privilégios não são valores por que se viva.
Hoje é dia de fazer barulho na rua: #GLOBALNOISE
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
quarta-feira, 3 de outubro de 2012
A não-violência vai fazer a Revolução Mundial
Esta mascarada enorme
com que o mundo nos aldraba,
dura enquanto o povo dorme,
quando ele acordar, acaba.
António Aleixo
A luta será paradoxal: de um lado os cidadãos do mundo, os 99%, nós todos, fartos de ser escravizados, conscientes da necessidade de criar um sistema que não mate a vida no planeta; do outro a oligarquia, menos de 1% da população mundial. Porém a força e as armas estarão do lado dos 1%, que controlam os governos, os quais controlam os exércitos e as polícias.
Uma luta paradoxal terá que ser não violenta! Gandhi derrotou o Império Britânico sem dar um tiro. E o Império Britânico era a face visível da oligarquia que tomou o lugar da aristocracia e que criou este sistema: o da revolução industrial, dos "governos representativos", o qual, nestes anos, se finda.
Se somos pacíficos e não temos exércitos, apenas número, a estratégia da não-violência impõe-se. E a Razão: a demonstração racional de que o sistema em que vivemos não convém às pessoas nem à vida da Terra.
Agora que a tentação de usar a força militar vai acontecer à oligarquia e aos seus veneradores e obrigados servos (por nós eleitos!) será preciso ter a ideia da Paz e da não-violência muito presente.
Para fazer a Democracia Real precisamos de respeito pelo outro, de saber que o outro, mesmo o que defenda o passado, é nosso igual, tem o mesmo direito que nós a viver e a pensar. Não se trata de uma guerra, não queremos pertencer a um grupo vencedor. Trata-se, fundamentalmente, de uma progressiva tomada de consciência de toda a humanidade.
No reino dos símbolos, que nunca morrem, trata-se da vitória da Luz sobre as trevas.
Deixo aqui o discurso do Presidente do Uruguai, no Rio de Janeiro, e não me dei ao trabalho de pesquisar que ideologia política tem -- é um homem de boa vontade:
sábado, 29 de setembro de 2012
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
Uma indignação saudável
Procurando apoio para não cumprir o desiderato constitucional do direito à saúde, que é coisa dispendiosa (poderia ser muito mais barata se inclinássemos a balança da medicina curativa para a preventiva, mas isso é outro assunto!) o governo encarregou uma Comissão de Ética de analisar a hipótese de "racionar" o uso de certos medicamentos que são muito caros.
Essa comissão achou ético pôr a poupança à frente da saúde e teve o desplante de dizer que mais dois meses de vida de um doente não justificam que o Estado, que somos todos nós, gaste mais uns milhares de euros.
O bastonário da Ordem dos Médicos respondeu perguntando se o Estado pretendia pedir aos médicos que decidissem quem tinha ou não direito a mais uns meses de vida, saudavelmente indignado e com toda a razão.
É tão evidente que o Estado tem obrigação de tratar todos os cidadãos com o mesmo respeito, que nos temos que interrogar como pode ele ter chegado a tal decadência?
A resposta está nos "tempos de mudança" que vivemos e viveremos nos próximos anos. É o sistema em que vivemos e que chegou ao fim do seu tempo de vida -- durou dois séculos e meio. Nele, o lucro é o valor supremo, porque é o valor supremo da oligarquia que domina o mundo. As grandes companhias farmacêuticas gastam pouco mais de 1% dos seus lucros em investigação, investigação importante porque leva ao aparecimento de novas drogas, por vezes úteis; porém vendem-nos o conceito de que não seria feita essa investigação se perdessem o direito de vender as ditas drogas a preços livres, dezenas ou --chega a isso! -- centenas de vezes o seu preço de produção, protegidas pela sua patente, a qual impede qualquer outra companhia de as fabricar.
Os Estados grandes e auto-suficientes, como a África do Sul ou o Brasil, face ao número de doentes infectados com o vírus da imuno-deficiencia adquirida (HIV), por exemplo, decidiram fabricar as drogas eficazes, caríssimas no mercado "livre", à revelia do direito internacional.
O que se passa é que o direito internacional é produzido pelas grandes companhias, pelo grande capital, que controla os deputados que "nos representam". O assunto do nosso tempo é a criação da democracia real. Essas companhias poderão continuar a ter fabulosos lucros, mas as novas leis devem impedi-las de ter lucros obscenos.
O objectivo das leis nas sociedades democráticas é o bem estar de todos os cidadãos. Nas oligarquias o objectivo é o lucro e o poder de uns poucos, coisas diferentes! Chegou o tempo em que 99% dos cidadãos despertam para a consciência de que vivem numa oligarquia, o sistema monetário e financeiro internacional; e que as leis foram e continuam a ser escritas por ela.
Leis justas só poderão ser criadas pelos cidadãos, em democracia directa. Os deputados e os membros do governo são parte interessada (convencidos por lobbys ou mesmo comprados) e não as saberiam fazer. Sabem economia, sabem "racionar" os medicamentos, sabem ser "racionais" ao serviço do lucro da oligarquia, portanto -- sejamos, também nós, racionais! -- não estão ao serviço da democracia!
Essa comissão achou ético pôr a poupança à frente da saúde e teve o desplante de dizer que mais dois meses de vida de um doente não justificam que o Estado, que somos todos nós, gaste mais uns milhares de euros.
O bastonário da Ordem dos Médicos respondeu perguntando se o Estado pretendia pedir aos médicos que decidissem quem tinha ou não direito a mais uns meses de vida, saudavelmente indignado e com toda a razão.
É tão evidente que o Estado tem obrigação de tratar todos os cidadãos com o mesmo respeito, que nos temos que interrogar como pode ele ter chegado a tal decadência?
A resposta está nos "tempos de mudança" que vivemos e viveremos nos próximos anos. É o sistema em que vivemos e que chegou ao fim do seu tempo de vida -- durou dois séculos e meio. Nele, o lucro é o valor supremo, porque é o valor supremo da oligarquia que domina o mundo. As grandes companhias farmacêuticas gastam pouco mais de 1% dos seus lucros em investigação, investigação importante porque leva ao aparecimento de novas drogas, por vezes úteis; porém vendem-nos o conceito de que não seria feita essa investigação se perdessem o direito de vender as ditas drogas a preços livres, dezenas ou --chega a isso! -- centenas de vezes o seu preço de produção, protegidas pela sua patente, a qual impede qualquer outra companhia de as fabricar.
Os Estados grandes e auto-suficientes, como a África do Sul ou o Brasil, face ao número de doentes infectados com o vírus da imuno-deficiencia adquirida (HIV), por exemplo, decidiram fabricar as drogas eficazes, caríssimas no mercado "livre", à revelia do direito internacional.
O que se passa é que o direito internacional é produzido pelas grandes companhias, pelo grande capital, que controla os deputados que "nos representam". O assunto do nosso tempo é a criação da democracia real. Essas companhias poderão continuar a ter fabulosos lucros, mas as novas leis devem impedi-las de ter lucros obscenos.
O objectivo das leis nas sociedades democráticas é o bem estar de todos os cidadãos. Nas oligarquias o objectivo é o lucro e o poder de uns poucos, coisas diferentes! Chegou o tempo em que 99% dos cidadãos despertam para a consciência de que vivem numa oligarquia, o sistema monetário e financeiro internacional; e que as leis foram e continuam a ser escritas por ela.
Leis justas só poderão ser criadas pelos cidadãos, em democracia directa. Os deputados e os membros do governo são parte interessada (convencidos por lobbys ou mesmo comprados) e não as saberiam fazer. Sabem economia, sabem "racionar" os medicamentos, sabem ser "racionais" ao serviço do lucro da oligarquia, portanto -- sejamos, também nós, racionais! -- não estão ao serviço da democracia!
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| O retrato oficial do Sr. Ministro da Saúde |
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
Viva o Equador!
Os Direitos Humanos são valor consagrado da nossa civilização. Civilização que está mais viva na América do Sul que na do Norte, sinal dos tempos!
O Equador concedeu asilo a Julien Assange, cidadão australiano, e, à luz dos tratados e do direito internacional, deve ser-lhe concedido um salvo conduto para que o criador de Wikileaks deixe de estar confinado à Embaixada desse país no Reino Unido; é que, saindo à rua, ele corre o risco de acabar sendo extraditado para os Estados Unidos da América, onde é visto como terrorista e inimigo do Estado; isto porque, por exemplo, mostrou quem são os prisioneiros de Guantanamo e a ilegalidade de os manter nessa situação, informações consideradas secretas nesse país.
Wikileaks enfraqueceu a oligarquia que domina o mundo. O mesmo fez o Equador ao libertar-se, com tanta inteligência e coragem, da dívida que ela lhe criara, como cria a todos os Estados.
A transformação estrutural em curso no mundo será um passo em frente para a humanidade. O grande passo de há 250 anos foi dado na América do Norte. O passo seguinte não pode ser para trás, os direitos humanos, como o direito à liberdade de expressão, são chão em que construiremos o futuro.
Em Paz.
28 de Setembro de 2012 Assange fez uma conferência na ONU que suscita dois comentários: por um lado a importância do Internet para a liberdade de expressão, pois, estando confinado à Embaixada do Equador em Londres, ele pode fazer uma video-conferência, em tempo real, e dizer os seus argumentos; por outro a possibilidade que temos de saber que os Estados Unidos estão a impedir a liberdade de expressão, no caso Wikileaks (ele corre o risco de ser morto, se apanhado pelos serviços secretos dos E.U) e porquê: é que fica visível para os cidadãos do mundo todo que o motivo das guerras é financeiro. E que o motivo de nos tentarem esconder as informações também. Assim como fica visível que a oligarquia financeira domina o governo dos Estados Unidos, ao ponto de pôr em causa um dos seus fundamentos constitucionais, a liberdade de expressão.
O Equador concedeu asilo a Julien Assange, cidadão australiano, e, à luz dos tratados e do direito internacional, deve ser-lhe concedido um salvo conduto para que o criador de Wikileaks deixe de estar confinado à Embaixada desse país no Reino Unido; é que, saindo à rua, ele corre o risco de acabar sendo extraditado para os Estados Unidos da América, onde é visto como terrorista e inimigo do Estado; isto porque, por exemplo, mostrou quem são os prisioneiros de Guantanamo e a ilegalidade de os manter nessa situação, informações consideradas secretas nesse país.
Wikileaks enfraqueceu a oligarquia que domina o mundo. O mesmo fez o Equador ao libertar-se, com tanta inteligência e coragem, da dívida que ela lhe criara, como cria a todos os Estados.
A transformação estrutural em curso no mundo será um passo em frente para a humanidade. O grande passo de há 250 anos foi dado na América do Norte. O passo seguinte não pode ser para trás, os direitos humanos, como o direito à liberdade de expressão, são chão em que construiremos o futuro.
Em Paz.
28 de Setembro de 2012 Assange fez uma conferência na ONU que suscita dois comentários: por um lado a importância do Internet para a liberdade de expressão, pois, estando confinado à Embaixada do Equador em Londres, ele pode fazer uma video-conferência, em tempo real, e dizer os seus argumentos; por outro a possibilidade que temos de saber que os Estados Unidos estão a impedir a liberdade de expressão, no caso Wikileaks (ele corre o risco de ser morto, se apanhado pelos serviços secretos dos E.U) e porquê: é que fica visível para os cidadãos do mundo todo que o motivo das guerras é financeiro. E que o motivo de nos tentarem esconder as informações também. Assim como fica visível que a oligarquia financeira domina o governo dos Estados Unidos, ao ponto de pôr em causa um dos seus fundamentos constitucionais, a liberdade de expressão.
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
Compensar a floresta maltratada
Florestar Portugal 2012 from AMO Portugal on Vimeo.
Nos últimos anos, além das destruições de floresta autóctone para fazer estradas e casas a mais, quase só se têm plantado eucaliptos!
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
Um vírus benfazejo
Étienne Chouard : le problème du vol monétaire... por cinequaprod
Note-se como a entrevista começa com o jornalista a fazer uma pergunta com a conhecida frase de Nathan Rothschild (que também citei no post "A um jovem na casa dos 20"); a forma como nos fala do cuidado a ter com as fontes, o ter procurado quem citou Rothschild pela primeira vez e como se questiona, como nos lembra que aparece no Internet muita mentira -- embora achando a citação plausível -- já nos diz muito sobre a credibilidade científica do entrevistado.
Este homem não tem, ao contrário dos profissionais da política, interesses por detrás do que propõe. Fala a sua verdade e está aberto a argumentos válidos que lha rebatam -- ainda não aconteceram.
A Verdade existe. Esta é a verdade possível, neste momento da História, sobre a Democracia. Não se trata de seguir um "guru" ou coisa que o valha; trata-se de, ao ver a verdade, não desviar o rosto, encará-la. Discuti-la. Tomá-la nas mãos, apropriar-se dela.
Trata-se de alguém que estudou o assunto da democracia e, prova de que o estudou bem, consegue expo-lo com clareza suficiente.
Como o francês deixou de ser língua falada entre nós, tentarei ir escrevendo, aqui em baixo, as descobertas dele, aquilo que, uma vez visto, nos obriga a mostrar aos outros, aos que querem ser livres, aos milhares que saíram à rua no sábado, para começar!
Os nossos representantes eleitos não podem configurar uma democracia. Na prática configuram uma oligarquia. Não por serem desonestos mas por não lhes ser mesmo possível. Assim como se devem recusar os jurados que são familiares da vitima ou do agressor, assim os políticos profissionais devem ser afastados da feitura das leis.
O entrevistador começa por perguntar a E. C. como poderá o Estado recuperar a criação de moeda, e cita Nathan Rothschild, que se terá gabado de controlar o Império Britânico pois controlava o Banco de Inglaterra.
E. C. lembra que é preciso verificar se ele disse realmente isso, consultar as fontes, lembra que quem o citou em primeiro lugar era anti-semita (embora não tenha a certeza de que o livro em que aparece a citação tenha sido escrito antes ou depois de esse autor ter ficado anti-semita) -- mas acaba por dizer que, quer Rothschild tenha dito isso ou não, é evidente que quem controlar o fabrico de moeda controla a política, tem o poder.
Depois mostra-nos a tradução francesa do livro de um americano que pertenceu aos serviços secretos, " As Confissões de um Assassino Financeiro", onde o autor conta como lhe competia ir convencer os governantes de países do terceiro mundo a fazer obras caras, dizendo que eram investimentos, que se não preocupassem com o endividamento, que eles lá estariam para ajudar, se necessário. O objectivo era endividar esses países para, depois, lhes poder comprar os recursos naturais --tudo o que tivesse valor. Quando os governantes não cediam ao "charme" da persuasão a segunda etape consistia em comprá-los, em corrompê-los -- diz-se que todo o homem tem o seu preço! Quando, mesmo assim, resistiam, a terceira etape era o assassinato (terá morrido assim Chissano ou Sá Carneiro) e, por fim, quando não eram assassináveis, por serem militares e estarem de sobreaviso, como Sadam Husseim, que escapou a várias tentativas de assassinato, a terceira etape era a guerra. (De facto, imagino eu, o Iraque deve estar, agora, endividadíssimo, com toda a reconstrução que tem feito e fará -- e, dessa forma, o petróleo, que Sadam queria vender em euros, será para pagar juros de dívida!)
A seguir fala-nos de
2. (tentarei, com o tempo, ir resumindo aqui as ideias deste estudioso da realidade)
sábado, 15 de setembro de 2012
P'ra mentira ser segura
e atingir profundidade
tem de trazer à mistura
qualquer coisa de verdade.
António Aleixo
e atingir profundidade
tem de trazer à mistura
qualquer coisa de verdade.
António Aleixo
Uma das armas mais poderosas dos adversários da mudança estrutural que se vai dar, no mundo, nos próximos anos, é a desinformação.
Vem isto a propósito do último "post". É verdade que o Estado tem gastos insensatos em muitíssimas coisas e que deveria não ter déficit orçamental no fim do ano, deveria não precisar de pedir ainda mais dinheiro emprestado. Mas esta verdade, apresentada pela chamada Troika e lançada, agora, como se tendo tido origem popular, à maneira do que se passou no Egipto, no Facebook, serve para distrair a consciência que vai, apesar de tudo, alastrando, no mundo, de que a pobreza crescente tem origem nos grandes bancos mundiais e, em última análise, no sistema monetário e financeiro ele mesmo, cuja utilidade pública chegou ao fim.
Lembremos apenas que o Banco Central Europeu empresta dinheiro aos bancos privados à taxa de 0,75% (e "empresta" porquê, já que o "produziu" do nada?) e que só aos bancos privados é permitido emprestar aos Estados, à taxa que quiserem, normalmente a 5% mas sabe-se lá onde vai parar!
Como esse "negócio" era, para os bancos, absurdamente "lucrativo" (roubo legal), eles fizeram tudo para que os Estados se endividassem. Lembremo-nos de quando Guterres saíu, dizendo que estava num "pântano": ele percebeu que não lhe seria possível lutar contra o sistema, todos os seus colaboradores o tinham abraçado.
Quando bem endividados, os Estados foram sujeitos, pelos "mercados", a taxas de juro crescentemente absurdas para precisarem de "ajuda" bancária; e o objectivo de quem veio "ajudar" é comprar tudo o que venha a dar lucro e ainda esteja na mão dos Estados: a água, a energia, etc.
O assunto é internacional, é o sistema ele mesmo que está agonizante.
Luta com a morte, tenta voltar à sua saúde, e vale tudo, como seria de esperar.
É verdade que da competição saudável entre empresas possam vir melhores produtos a preços mais baixos mas não é verdade que convenha aos povos a possibilidade de as grandes empresas produzirem em países longínquos e assim darem cabo das pequenas. É uma verdade usada para "segurar" e "aprofundar" uma grande mentira. As grandes, mesmo grandes, empresas chegam a contratar assassinos quando não conseguem, por dinheiro, vergar os governantes de um país a fazer as leis que lhes convêm.
Hoje há manifestações, às 17:00, em muitas cidades. Pacíficas, claro, quem está armado é a polícia.
Já houve, entre nós, provocadores infiltrados entre os manifestantes, para justificar a violência -- passa-se em todo o mundo, não é só na Síria!
Não percamos a noção de que o assunto é internacional, é o sistema ele mesmo que está em causa! E tem, ao seu serviço, dos melhores cérebros do mundo, para nos desinformar.
E aqui fica um exemplo de desinformação, o Open Trans-Pacific Partnership, apresentado como bom para os povos e que é, neste artigo, denunciado como sendo mesmo perigoso: assinemos isto!
E aqui fica um exemplo de desinformação, o Open Trans-Pacific Partnership, apresentado como bom para os povos e que é, neste artigo, denunciado como sendo mesmo perigoso: assinemos isto!
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
À Avenida da Liberdade!
Sexta, 14 de Set. Quero deixar aqui uma crítica pertinente que recebi, hoje, a este "post":
"Não posso reencaminhar este email porque penso que a lista está incompleta, e a meu ver propositadamente.
Este e-mail, que circula, e cuja origem é anónima, tem aquilo a que os americanos chamam "grassroots", tem origem expontânea e tem condições para medrar. É claro que não basta "demitir toda a classe política", é preciso criar as instituições da democracia directa, real. Mas -- havemos de ir a Lisboa!:
"FALTA A DATA PARA ESTA MANIFESTAÇÃO PATRIÓTICA
1 milhão na Avenida da Liberdade pela demissão de toda a classe política
Este e-mail vai circular hoje e será lido por centenas de milhares de pessoas. A guerra contra a chulice, está a começar. Não subestimem o povo que começa a ter conhecimento do que nos têm andado a fazer, do porquê de chegar ao ponto de ter de cortar na comida dos filhos!
Estamos de olhos bem abertos e dispostos a fazer -quase-tudo, para mudar o rumo deste abuso.
Todos os ''governantes'' [a saber, os que se governam...] de Portugal falam em cortes de despesas - mas não dizem quais - e aumentos de impostos a pagar.
Nenhum governante fala em:
1. Reduzir as mordomias (gabinetes, secretárias, adjuntos, assessores,
suportes burocráticos respetivos, carros, motoristas, etc.) dos três Presidentes da República retirados;
2. Redução dos deputados da Assembleia da República e seus gabinetes, profissionalizando-os como nos países a sério. Reforma das mordomias na Assembleia da República, como almoços opíparos, com digestivos e outras libações, tudo à custa do pagode;
3. Acabar com centenas de Institutos Públicos e Fundações Públicas que não servem para nada e, têm funcionários e administradores com 2º e 3º emprego;
4. Acabar com as empresas Municipais, com Administradores a auferir milhares de euro/mês e que não servem para nada, antes, acumulam funções nos municípios, para aumentarem o bolo salarial respetivo.
5. Por exemplo as empresas de estacionamento não são verificadas porquê? E os aparelhos não são verificados porquê? É como um táxi, se uns têm de cumprir porque não cumprem os outros? e não são verificados como podem ser auditados?
6. Redução drástica das Câmaras Municipais e Assembleias Municipais, numa reconversão mais feroz que a da Reforma do Mouzinho da Silveira, em 1821, etc...;
7. Redução drástica das Juntas de Freguesia.. Acabar com o pagamento de 200 ? por presença de cada pessoa nas reuniões das Câmaras e 75, ?nas Juntas de Freguesia.
8. Acabar com o Financiamento aos partidos, que devem viver da quotização dos seus associados e da imaginação que aos outros exigem, para conseguirem verbas para as suas atividades;
9. Acabar com a distribuição de carros a Presidentes, Assessores, etc., das Câmaras, Juntas, etc., que se deslocam em digressões particulares pelo País;
10. Acabar com os motoristas particulares 20 h/dia, com o agravamento das horas extraordinárias... para servir suas excelências, filhos e famílias e até, os filhos das amantes. Não esquecer o gasto diário, com a segurança dos membros do governo e seus familiares.
11. Acabar com a renovação sistemática de frotas de carros do Estado e entes públicos menores, mas maiores nos dispêndios públicos;
12. Colocar chapas de identificação em todos os carros do Estado. Não permitir de modo algum que carros oficiais façam serviço particular tal como levar e trazer familiares e filhos, às escolas, ir ao mercado a compras, etc.;
13. Acabar com o vaivém semanal dos deputados dos Açores e Madeira e respetivas estadias em Lisboa em hotéis de cinco estrelas pagos pelos contribuintes que vivem em tugúrios inabitáveis....
14. Controlar o pessoal da Função Pública (todos os funcionários pagos por nós) que nunca está no local de trabalho. Então em Lisboa é o regabofe total. HÁ QUADROS (diretores gerais e outros) QUE, EM VEZ DE ESTAREM NO SERVIÇO PÚBLICO, PASSAM O TEMPO NOS SEUS ESCRITÓRIOS DE ADVOGADOS A CUIDAR DOS SEUS INTERESSES, QUE NÃO NOS DÁ COISA PÚBLICA....;
15. Acabar com as administrações numerosíssimas de hospitais públicos que servem para garantir tachos aos apaniguados do poder - há hospitais de província com mais administradores que pessoal administrativo. Só o de PENAFIEL TEM SETE ADMINISTRADORES PRINCIPESCAMENTE PAGOS... pertencentes ás (o)ligarquias locais do partido no poder...
16. Acabar com os milhares de pareceres jurídicos, caríssimos, pagos sempre aos mesmos escritórios que têm canais de comunicação fáceis com o Governo, no âmbito de um tráfico de influências que há que criminalizar, autuar, julgar e condenar;
17. Acabar com as várias reformas por pessoa, de entre o pessoal do Estado e entidades privadas, que passaram fugazmente pelo Estado.
18. Pedir o pagamento dos milhões dos empréstimos dos contribuintes ao BPN e BPP;
19. Perseguir os milhões desviados por Rendeiros, Loureiros e Quejandos, onde quer que estejam e por aí fora.
20. Acabar com os salários milionários da RTP e os milhões que a mesma recebe todos os anos.
21. Acabar com os lugares de amigos e de partidos na RTP que custam milhões ao erário público.
22. Acabar com os ordenados de milionários da TAP, com milhares de funcionários e empresas fantasmas que cobram milhares e que pertencem a quadros do Partido Único (PS + PSD).
23. Assim e desta forma Sr. Ministro das Finanças recuperaremos depressa a nossa posição e sobretudo, a credibilidade tão abalada pela corrupção que grassa e pelo desvario dos dinheiros do Estado ;
24. Acabar com o regabofe da pantomina das PPP, que mais não são do que formas habilidosas de uns poucos patifes se locupletarem com fortunas à custa dos papalvos dos contribuintes, fugindo ao controle seja de que organismo independente for e fazendo a "obra" pelo preço que "entendem"...;
25. Criminalizar, imediatamente, o enriquecimento ilícito, perseguindo, confiscando e punindo os biltres que fizeram fortunas e adquiriram patrimónios de forma indevida e à custa do País, manipulando e aumentando preços de empreitadas públicas, desviando dinheiros segundo esquemas pretensamente "legais", sem controlo, e vivendo à tripa forra à custa dos dinheiros que deveriam servir para o progresso do país e para a assistência aos que efetivamente dela precisam;
26. Controlar a atividade bancária por forma a que, daqui a mais uns anitos, não tenhamos que estar, novamente, a pagar "outra crise";
27. Não deixar um único malfeitor de colarinho branco impune, fazendo com que paguem efetivamente pelos seus crimes, adaptando o nosso sistema de justiça a padrões civilizados, onde as escutas VALEM e os crimes não prescrevem com leis à pressa, feitas à medida;
28. Impedir os que foram ministros de virem a ser gestores de empresas que tenham beneficiado de fundos públicos ou de adjudicações decididas pelos ditos.
29. Fazer um levantamento geral e minucioso de todos os que ocuparam cargos políticos, central e local, de forma a saber qual o seu património antes e depois.
30. Pôr os Bancos a pagar impostos.
Ao "povo", pede-se reencaminhamento deste e-mail e abram esses olhos que têm andado a dormir!!"
"Não posso reencaminhar este email porque penso que a lista está incompleta, e a meu ver propositadamente.
É certo q devemos por ordem nos bens públicos com a máxima urgência, mas a saída da crise não passa apenas por aí, é preciso q se apliquem também aos rendimentos do capital os impostos e taxas q foram exigidos aos rendimentos do trabalho e para isso não basta falar nos lucros dos bancos.
Não acredito que quem fez esta lista tão exaustiva não tenha conhecimentos suficientes para falar dos rendimentos de capital e da falta de equidade com que são positivamente discriminados.
Nestas alturas em que os ânimos começam a estar alterados é q os mais espertos se safam..."Este e-mail, que circula, e cuja origem é anónima, tem aquilo a que os americanos chamam "grassroots", tem origem expontânea e tem condições para medrar. É claro que não basta "demitir toda a classe política", é preciso criar as instituições da democracia directa, real. Mas -- havemos de ir a Lisboa!:
"FALTA A DATA PARA ESTA MANIFESTAÇÃO PATRIÓTICA
1 milhão na Avenida da Liberdade pela demissão de toda a classe política
Este e-mail vai circular hoje e será lido por centenas de milhares de pessoas. A guerra contra a chulice, está a começar. Não subestimem o povo que começa a ter conhecimento do que nos têm andado a fazer, do porquê de chegar ao ponto de ter de cortar na comida dos filhos!
Estamos de olhos bem abertos e dispostos a fazer -quase-tudo, para mudar o rumo deste abuso.
Todos os ''governantes'' [a saber, os que se governam...] de Portugal falam em cortes de despesas - mas não dizem quais - e aumentos de impostos a pagar.
Nenhum governante fala em:
1. Reduzir as mordomias (gabinetes, secretárias, adjuntos, assessores,
suportes burocráticos respetivos, carros, motoristas, etc.) dos três Presidentes da República retirados;
2. Redução dos deputados da Assembleia da República e seus gabinetes, profissionalizando-os como nos países a sério. Reforma das mordomias na Assembleia da República, como almoços opíparos, com digestivos e outras libações, tudo à custa do pagode;
3. Acabar com centenas de Institutos Públicos e Fundações Públicas que não servem para nada e, têm funcionários e administradores com 2º e 3º emprego;
4. Acabar com as empresas Municipais, com Administradores a auferir milhares de euro/mês e que não servem para nada, antes, acumulam funções nos municípios, para aumentarem o bolo salarial respetivo.
5. Por exemplo as empresas de estacionamento não são verificadas porquê? E os aparelhos não são verificados porquê? É como um táxi, se uns têm de cumprir porque não cumprem os outros? e não são verificados como podem ser auditados?
6. Redução drástica das Câmaras Municipais e Assembleias Municipais, numa reconversão mais feroz que a da Reforma do Mouzinho da Silveira, em 1821, etc...;
7. Redução drástica das Juntas de Freguesia.. Acabar com o pagamento de 200 ? por presença de cada pessoa nas reuniões das Câmaras e 75, ?nas Juntas de Freguesia.
8. Acabar com o Financiamento aos partidos, que devem viver da quotização dos seus associados e da imaginação que aos outros exigem, para conseguirem verbas para as suas atividades;
9. Acabar com a distribuição de carros a Presidentes, Assessores, etc., das Câmaras, Juntas, etc., que se deslocam em digressões particulares pelo País;
10. Acabar com os motoristas particulares 20 h/dia, com o agravamento das horas extraordinárias... para servir suas excelências, filhos e famílias e até, os filhos das amantes. Não esquecer o gasto diário, com a segurança dos membros do governo e seus familiares.
11. Acabar com a renovação sistemática de frotas de carros do Estado e entes públicos menores, mas maiores nos dispêndios públicos;
12. Colocar chapas de identificação em todos os carros do Estado. Não permitir de modo algum que carros oficiais façam serviço particular tal como levar e trazer familiares e filhos, às escolas, ir ao mercado a compras, etc.;
13. Acabar com o vaivém semanal dos deputados dos Açores e Madeira e respetivas estadias em Lisboa em hotéis de cinco estrelas pagos pelos contribuintes que vivem em tugúrios inabitáveis....
14. Controlar o pessoal da Função Pública (todos os funcionários pagos por nós) que nunca está no local de trabalho. Então em Lisboa é o regabofe total. HÁ QUADROS (diretores gerais e outros) QUE, EM VEZ DE ESTAREM NO SERVIÇO PÚBLICO, PASSAM O TEMPO NOS SEUS ESCRITÓRIOS DE ADVOGADOS A CUIDAR DOS SEUS INTERESSES, QUE NÃO NOS DÁ COISA PÚBLICA....;
15. Acabar com as administrações numerosíssimas de hospitais públicos que servem para garantir tachos aos apaniguados do poder - há hospitais de província com mais administradores que pessoal administrativo. Só o de PENAFIEL TEM SETE ADMINISTRADORES PRINCIPESCAMENTE PAGOS... pertencentes ás (o)ligarquias locais do partido no poder...
16. Acabar com os milhares de pareceres jurídicos, caríssimos, pagos sempre aos mesmos escritórios que têm canais de comunicação fáceis com o Governo, no âmbito de um tráfico de influências que há que criminalizar, autuar, julgar e condenar;
17. Acabar com as várias reformas por pessoa, de entre o pessoal do Estado e entidades privadas, que passaram fugazmente pelo Estado.
18. Pedir o pagamento dos milhões dos empréstimos dos contribuintes ao BPN e BPP;
19. Perseguir os milhões desviados por Rendeiros, Loureiros e Quejandos, onde quer que estejam e por aí fora.
20. Acabar com os salários milionários da RTP e os milhões que a mesma recebe todos os anos.
21. Acabar com os lugares de amigos e de partidos na RTP que custam milhões ao erário público.
22. Acabar com os ordenados de milionários da TAP, com milhares de funcionários e empresas fantasmas que cobram milhares e que pertencem a quadros do Partido Único (PS + PSD).
23. Assim e desta forma Sr. Ministro das Finanças recuperaremos depressa a nossa posição e sobretudo, a credibilidade tão abalada pela corrupção que grassa e pelo desvario dos dinheiros do Estado ;
24. Acabar com o regabofe da pantomina das PPP, que mais não são do que formas habilidosas de uns poucos patifes se locupletarem com fortunas à custa dos papalvos dos contribuintes, fugindo ao controle seja de que organismo independente for e fazendo a "obra" pelo preço que "entendem"...;
25. Criminalizar, imediatamente, o enriquecimento ilícito, perseguindo, confiscando e punindo os biltres que fizeram fortunas e adquiriram patrimónios de forma indevida e à custa do País, manipulando e aumentando preços de empreitadas públicas, desviando dinheiros segundo esquemas pretensamente "legais", sem controlo, e vivendo à tripa forra à custa dos dinheiros que deveriam servir para o progresso do país e para a assistência aos que efetivamente dela precisam;
26. Controlar a atividade bancária por forma a que, daqui a mais uns anitos, não tenhamos que estar, novamente, a pagar "outra crise";
27. Não deixar um único malfeitor de colarinho branco impune, fazendo com que paguem efetivamente pelos seus crimes, adaptando o nosso sistema de justiça a padrões civilizados, onde as escutas VALEM e os crimes não prescrevem com leis à pressa, feitas à medida;
28. Impedir os que foram ministros de virem a ser gestores de empresas que tenham beneficiado de fundos públicos ou de adjudicações decididas pelos ditos.
29. Fazer um levantamento geral e minucioso de todos os que ocuparam cargos políticos, central e local, de forma a saber qual o seu património antes e depois.
30. Pôr os Bancos a pagar impostos.
Ao "povo", pede-se reencaminhamento deste e-mail e abram esses olhos que têm andado a dormir!!"
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
"Brincamos, não?"
Margot Fonteyn dizia que "a única coisa importante que tinha aprendido com os anos era a diferença entre o levar o seu trabalho a sério e o levar-se a si mesmo a sério. O primeiro é crucial e o segundo é um desastre."
Como o leitor já pode ter notado, eu gostaria de viver em democracia. Nesse sistema, que os que tomam a norma pela verdade nos repetem ser impossível, o estatuto das pessoas está garantido só por serem pessoas: não precisam de se levar a sério e podem manter o que a infância tem de bom. É claro que, nesse sistema, como noutro qualquer, as mais felizes são as que levam tão a sério o seu trabalho que nunca fariam algo de que não gostassem muito -- tirando alguns momentos de aflição financeira:-)
Ora, salta à vista que, em oligarquia, os momentos de aflição financeira não são momentos, chegam a ser vidas. Daí que a felicidade interna bruta (FIB) das sociedades em que vivemos seja aflitiva.
As pessoas que se levam a sério estão tão ocupadas com o seu personagem que não têm vagar para apreciar as outras. E ficam incomodadas ao ver personagens que mudam, personagens que se tomam pelo que são e que brincam de mudar porque têm pessoas por detrás.
Esse "desastre" (de se levarem a sério) há de ser menos frequente em democracia. Pois como há de um "político", um encarregado de executar uma decisão da Assembleia, que tenha sido escolhido à sorte, falar paternalisticamente connosco sem estar a brincar?
Mas, enquanto não criarmos a democracia real, directa, em que votamos ideias, leis, mas nunca pessoas, estamos a colocar aqueles que encarregamos de nos representar, os políticos, numa situação em que é demasiado difícil não se levarem a sério -- um "desastre"!
E, ocupados tão seriamente com a sua personagem, com a sua imagem, como teriam ainda vagar para levar a sério o seu trabalho, o de realizar as nossas democráticas aspirações? "Brincamos, não?"
Como o leitor já pode ter notado, eu gostaria de viver em democracia. Nesse sistema, que os que tomam a norma pela verdade nos repetem ser impossível, o estatuto das pessoas está garantido só por serem pessoas: não precisam de se levar a sério e podem manter o que a infância tem de bom. É claro que, nesse sistema, como noutro qualquer, as mais felizes são as que levam tão a sério o seu trabalho que nunca fariam algo de que não gostassem muito -- tirando alguns momentos de aflição financeira:-)
Ora, salta à vista que, em oligarquia, os momentos de aflição financeira não são momentos, chegam a ser vidas. Daí que a felicidade interna bruta (FIB) das sociedades em que vivemos seja aflitiva.
As pessoas que se levam a sério estão tão ocupadas com o seu personagem que não têm vagar para apreciar as outras. E ficam incomodadas ao ver personagens que mudam, personagens que se tomam pelo que são e que brincam de mudar porque têm pessoas por detrás.
Esse "desastre" (de se levarem a sério) há de ser menos frequente em democracia. Pois como há de um "político", um encarregado de executar uma decisão da Assembleia, que tenha sido escolhido à sorte, falar paternalisticamente connosco sem estar a brincar?
Mas, enquanto não criarmos a democracia real, directa, em que votamos ideias, leis, mas nunca pessoas, estamos a colocar aqueles que encarregamos de nos representar, os políticos, numa situação em que é demasiado difícil não se levarem a sério -- um "desastre"!
E, ocupados tão seriamente com a sua personagem, com a sua imagem, como teriam ainda vagar para levar a sério o seu trabalho, o de realizar as nossas democráticas aspirações? "Brincamos, não?"
terça-feira, 4 de setembro de 2012
Da necessidade de mudar as instituições
Esta conferência de Étienne Chouard, que foi em Marselha, em 2011, tem passado muitas vezes ali ao lado, no vídeo REVOLUÇÂO GLOBAL. Mostra-nos como, no princípio desta era da Revolução Industrial, que ora finda, os intelectuais fundadores, os que conceberam este sistema de "governo representativo" não queriam a democracia; nem usavam esse termo, eram honestos, elitistas, queriam a "igualdade perante a lei", não o governo pelo povo, o qual consideravam incapaz. Terá sido Toqueville, com o seu livro "A Democracia americana", quem introduziu o termo na Europa; mas também disse: não temo o sufrágio universal, as pessoas votarão como lhes dissermos!
Étienne Chouard fala-nos da democracia ateniense e do método de "tiragem à sorte"; é que, se as pessoas escolhidas para executar as decisões da assembleia forem "profissionais", se não forem escolhidas à sorte, tarde ou cedo serão corruptos. E isso não é responsabilidade deles mas do sistema, o poder corrompe, mesmo os mais honestos, é quase uma "lei da física"!
É uma conferência que merece ser ouvida muitas vezes! Logo que a encontre legendada em português, actualizo o vídeo. Sei que o francês é coisa de "soixante-huitard" e a geração que terá que nos livrar desta oligarquia anda na casa dos 20!
Esta é uma posição optimista, a que aqui fica, baseada na instituição do sorteio das pessoas encarregadas de executar as leis, em vez de as eleger: durante 200 anos os opositores da democracia ateniense, como Platão, identificaram a tiragem à sorte como a razão porque a democracia se mantinha.
"L'Internet donne au peuple la liberté d´écrire. Çá, c'est majeur!" ou seja, "O Internet dá ao povo a liberdade de escrever e isso é muito grande!" Veja este vídeo, também, este homem ajuda-nos a pôr em causa os lugares comuns. Ou este, sobre a dívida pública, imprescindível!
Étienne Chouard fala-nos da democracia ateniense e do método de "tiragem à sorte"; é que, se as pessoas escolhidas para executar as decisões da assembleia forem "profissionais", se não forem escolhidas à sorte, tarde ou cedo serão corruptos. E isso não é responsabilidade deles mas do sistema, o poder corrompe, mesmo os mais honestos, é quase uma "lei da física"!
É uma conferência que merece ser ouvida muitas vezes! Logo que a encontre legendada em português, actualizo o vídeo. Sei que o francês é coisa de "soixante-huitard" e a geração que terá que nos livrar desta oligarquia anda na casa dos 20!
Esta é uma posição optimista, a que aqui fica, baseada na instituição do sorteio das pessoas encarregadas de executar as leis, em vez de as eleger: durante 200 anos os opositores da democracia ateniense, como Platão, identificaram a tiragem à sorte como a razão porque a democracia se mantinha.
"L'Internet donne au peuple la liberté d´écrire. Çá, c'est majeur!" ou seja, "O Internet dá ao povo a liberdade de escrever e isso é muito grande!" Veja este vídeo, também, este homem ajuda-nos a pôr em causa os lugares comuns. Ou este, sobre a dívida pública, imprescindível!
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
O plano nacional de barragens não convém aos cidadãos
A ausência de democracia, a vigência de uma oligarquia real, pede-nos intervenções cívicas, pede-nos que nos informemos.
Ora os media pertencem a grandes interesses que estão em contradição com os nossos e com os de Portugal, do seu território, da sua sustentabilidade.
O sacrifício do vale do Tua e das suas gentes aos lucros do lobby da energia e do betão é também o sacrifício de todos os consumidores de electricidade, que se prevê venha a ser a mais cara da Europa.
As pessoas estão a acordar, filmes como este, já de 2011, são um sintoma da saúde dos democratas. Não temos recursos para não viver em democracia, temos que a recuperar -- com urgência!
sexta-feira, 31 de agosto de 2012
Oligarquia real
O sistema político em que vivemos nada tem a ver com Democracia: é uma oligarquia.
Os cidadãos querem deixar de ter serviço público de televisão? -- Pelo contrário, querem-no melhorado, independente, precisam, cada vez mais, de estar informados, de estar conscientes, de controlar os seus eleitos.
Precisam muito de um serviço público que explique as manobras de desinformação a que são, quotidianamente, sujeitos.
Se se prevê que a RTP tenha 25 milhões de euros de lucro, no próximo ano, a justificação contabilística para a vender não tem fundamento.
A manipulação da opinião pública precisa de ser investigada, discutida e exposta publicamente. O serviço público de televisão tem esse papel. Assim como o de apresentar as propostas que vão aparecendo para que saiamos desta oligarquia. Por exemplo a utilização do internet para referendos -- é possível, hoje, criar um sistema democrático. Passa por compreender como funciona esta oligarquia para a substituirmos, pacificamente, por uma democracia real.
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
Morreu ontem, aos 95 anos, Alfredo Ribeiro dos Santos, um homem bom, íntegro, que cultivava a amizade.
Democrata republicano, nunca aceitou o golpe militar de 1926. Participou activamente na candidatura do General Norton de Matos para a Presidência da República e sempre, pacificamente, em todos os protestos que foram acontecendo, durante os 50 anos que durou a tirania.
Bibliófilo, historiador da nossa cultura, é respeitado por comunistas e por salazaristas e orgulhava-se de ter sido amigo de pessoas como Leonardo Coimbra, Jaime Cortesão, Abel Salazar, e de tantas luzes que brilharam durante a longa noite fascista. Deixou livros que serão consultados pelo tempo fora.
Agnóstico, humanista, um espírito lúcido com um grande coração.
Fez inúmeras anestesias no Hospital Conde S. Bento, no tempo da Misericórdia, antes do SNS, quantas delas de graça, porque assim eram os tempos, antes do direito à saúde -- o qual de novo nos roubam, pela calada.
Fica na memória dos seus muitos amigos.
Democrata republicano, nunca aceitou o golpe militar de 1926. Participou activamente na candidatura do General Norton de Matos para a Presidência da República e sempre, pacificamente, em todos os protestos que foram acontecendo, durante os 50 anos que durou a tirania.
Bibliófilo, historiador da nossa cultura, é respeitado por comunistas e por salazaristas e orgulhava-se de ter sido amigo de pessoas como Leonardo Coimbra, Jaime Cortesão, Abel Salazar, e de tantas luzes que brilharam durante a longa noite fascista. Deixou livros que serão consultados pelo tempo fora.
Agnóstico, humanista, um espírito lúcido com um grande coração.
Fez inúmeras anestesias no Hospital Conde S. Bento, no tempo da Misericórdia, antes do SNS, quantas delas de graça, porque assim eram os tempos, antes do direito à saúde -- o qual de novo nos roubam, pela calada.
Fica na memória dos seus muitos amigos.
domingo, 26 de agosto de 2012
Autopsicografia
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
01.04.1931 Fernando Pessoa
O primeiro dever do "poeta", de quem escreva um texto, é o de escrever bem. E, para escrever bem, não basta não ser expontâneo, é preciso "fingir completamente". Só assim os leitores podem sentir "dores que eles não têm".
Um texto mal escrito nada acrescenta aos que lêem. Nada sentem ou sentem dores que têm. E um texto mal escrito não comunica, claro, o que não pode, com ou sem arte, "a dor que deveras sente".
Nem consegue fazer o verdadeiro papel da escrita, a alquimia que liberta a dor em arte, uma dor que se sente mas não dói, encanta.
O poeta é um cozinheiro, transforma dores cruas, intragáveis, no prazer de as ler.
Um texto mal escrito é um pecado, um desperdício de dor. Um nojo para os que o lêem, uma vergonha para o cozinheiro.
Ai do escritor que, na ânsia de ser autêntico -- que nunca é -- não prova a comida que manda para o texto! Recebe-a de volta, crua, sem tempero -- recebe, de volta, "a dor que deveras sente".
E assim dá corda ao combóio, "que se chama coração".
sábado, 25 de agosto de 2012
Petição Democracia participativa real
Recebi agora (por intermédio de um e-mail de um membro de um grupo organizado de "não violência activa", a quem agradeço) esta petição, creio que a primeira que pede a Democracia Real.
Petição Democracia participativa real
Aqui a deixo pedindo aos leitores que a assinem. Eu não a redigiria assim -- que interessa! Estaremos a pedir aos "nossos representantes", cargo que têm, embora, de facto, representem a oligarquia, que subam ao nível do seu papel de servidores públicos, que sejam o que dizem ser.
Muitos dos leitores deste blog estão nos EUA, no Canadá, no Brasil, na Rússia, na Europa, até na India e no Japão, em Macau e na África lusófona: assinem também, o assunto é internacional.
Aqui fica a petição e o seu link:
Para: Presidente da Assembleia da República
Partindo do princípio de que “a democracia é o governo do povo, pelo povo e para o povo”, então o sistema político está claramente em crise. Hoje, toda a gente sabe que os políticos são escolhidos com base numas promessas eleitorais que, uma vez no Governo, deixam de cumprir. Além disso, toda a gente percebe que a política é conduzida pelos interesses e segundo os ditames de potentados económico-financeiros que instrumentalizam as instituições políticas democráticas.Contudo, chegou a hora de mudar! Nas grandes manifestações de rua, nacionais e internacionais, de 2011 e 2012, ouviu-se um clamor popular a pedir uma democracia autêntica. Essa aspiração passa pela possibilidade de revogação dos mandatos políticos, mediante iniciativa referendária popular, em caso de incumprimento dos programas eleitorais; passa pela viabilização de candidaturas de grupos de cidadãos eleitores, não só em eleições autárquicas, mas também legislativas; passa pela introdução do voto electrónico, a fim de facilitar a participação dos cidadãos, em qualquer ponto do país, em eleições e consultas populares; passa pela reforma do sistema eleitoral de modo a assegurar a representatividade das minorias e pela descentralização do poder a favor de regiões e municípios; passa pela convocação obrigatória dos referendos de iniciativa popular e também por orçamentos nacionais e autárquicos participativos;Por isso, os cidadãos abaixo-assinados, indignados com a situação actual, pedem à Assembleia da República, na pessoa de V. Exa., que tome as medidas legislativas necessárias para implementar as propostas acima enunciadas, de modo a conferir autenticidade ao sistema político democrático.
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
Eric Clapton fez esta canção depois de lhe ter morrido um filho, de 4 anos.
Quando nos sentimos sem resposta ao Destino, quando nos não sentimos livres mas brinquedos, nas mãos, cruéis, dos deuses, lembremo-nos que podemos brincar, como eles, com as nossas vidas!
Em cada momento temos escolhas, o leitor pode ouvir esta música ou fazer um número infinito de outras coisas: somos, realmente, livres!
A cada momento que o Destino nos traz, no eterno agora, podemos reagir como quisermos. Podemos entrar em depressão só porque nos demos conta de que somos efémeros, transitórios, que já gastámos o melhor tempo do pouco que nos foi dado... ou celebrar a consciência de estar vivo, aceitando tudo o que é -- e a nós mesmos, com passado e tudo, exactamente como somos. Podemos escolher olhar para o passado como se não existisse, já que, de facto, não existe mesmo!
E podemos inventar o futuro, criar o Destino!
É um tempo de mudança: lá se vai, pelo cano, a sociedade de consumo, as férias pagas, a reforma prevista. Podemos escolher ocupar o mundo, deixar as bolsas de valores a trabalhar em seco, podemos criar uma moeda independente das bolsas e dos bancos, distribuí-la igualmente pelos cidadãos e desprezar a outra, aquela em que os "deusinhos" se divertem a transformar países e suas gentes em endividados escravos. A Liberdade, em cada momento, é uma escolha. E, se nada fizermos, estamos a escolher continuar o passado. Mas, desta vez, isso é continuar o caminhar apressado para a miséria, para a escravatura, para a morte do planeta, para a fome -- para a guerra.
Um outro mundo é possível, é possível sentirmo-nos responsáveis por que ninguém tenha fome, ninguém esteja sem abrigo... não chegámos a este desenvolvimento científico e técnico para o usarmos assim, a dar cabo da diversidade biológica e da vida dos melhores, dos mais humanos de nós.
O paraíso na Terra está ao nosso alcance e o colapso do actual sistema é muito bem vindo, é a oportunidade de nos sentirmos a família alargada de sete milhares de milhões, todos diferentes, todos iguais, todos efémeros, livres, solidários, criadores de sonhos. "Poetas à solta", como dizia Agostinho.
quarta-feira, 15 de agosto de 2012
Em Outubro, quando os 99% perderem a paciência e sentirem a responsabilidade de acabar com o absurdo em que vivemos, os 1% acenarão com a guerra. A guerra é a solução deles, sempre foi.
Grandes negócios e os povos aterrorizados, a sua pouca liberdade, a sua capacidade de os pôr em causa destruídas, povos escravizados. A razão, a nossa arma, posta em causa, emoções patrióticas dominando o pensamento. Desperdício.
É! Eles não deixarão de jogar a carta da guerra, é um trunfo que sentirão "ser preciso" jogar. E saberão jogá-lo, saberão ser subtis:
Se caíssemos na armadilha, os 1% atrasariam, quiçá por décadas, a sua inevitável e necessária queda.
O mais importante continua a ser a consciência. A consciência clara do que queremos, a Democracia, a qual assegurará a Paz, a Liberdade dos povos, e controlará os bancos centrais.
A não-violência é essencial neste processo. Os banqueiros que se reformem, não lhes queremos fazer mal: queremos, apenas, acabar com o sistema, começar a criar o próximo.
Não temos inimigos, somos os 99%, somos os povos do mundo. Não acreditaremos nos cantos da guerra, quando nos quiserem arregimentar e lançar uns contra os outros para matar e ser mortos pelos lucros dos grandes negócios da guerra. Não há países culpados, nem sequer há culpados: há o tempo de mudar!
Quando jogarem a carta da guerra temos que ter nas mãos um trunfo maior: a Paz, a não-violência activa, intransigente, corajosa. Não passarão!
Grandes negócios e os povos aterrorizados, a sua pouca liberdade, a sua capacidade de os pôr em causa destruídas, povos escravizados. A razão, a nossa arma, posta em causa, emoções patrióticas dominando o pensamento. Desperdício.
É! Eles não deixarão de jogar a carta da guerra, é um trunfo que sentirão "ser preciso" jogar. E saberão jogá-lo, saberão ser subtis:
Se caíssemos na armadilha, os 1% atrasariam, quiçá por décadas, a sua inevitável e necessária queda.
O mais importante continua a ser a consciência. A consciência clara do que queremos, a Democracia, a qual assegurará a Paz, a Liberdade dos povos, e controlará os bancos centrais.
A não-violência é essencial neste processo. Os banqueiros que se reformem, não lhes queremos fazer mal: queremos, apenas, acabar com o sistema, começar a criar o próximo.
Não temos inimigos, somos os 99%, somos os povos do mundo. Não acreditaremos nos cantos da guerra, quando nos quiserem arregimentar e lançar uns contra os outros para matar e ser mortos pelos lucros dos grandes negócios da guerra. Não há países culpados, nem sequer há culpados: há o tempo de mudar!
Quando jogarem a carta da guerra temos que ter nas mãos um trunfo maior: a Paz, a não-violência activa, intransigente, corajosa. Não passarão!
segunda-feira, 13 de agosto de 2012
Especulações
(...) Poema onde está
A palavra extrema
Que une e reconhece
Pois só no poema
Um povo amanhece
A palavra extrema
Que une e reconhece
Pois só no poema
Um povo amanhece
A física e a matemática mostram-nos como, do caos, nasce a ordem, como aparece um atractor que o organiza.
Nós, humanos, somos diversos por natureza, configuramos o caos. Os atractores à volta dos quais nos organizamos como sociedades são sempre efémeros, como na natureza -- as sociedades evoluem.
No tempo do Império Romano, um escritor falou de um povo, nos confins da Hispânia, que "não se governa nem se deixa governar", um povo onde a diversidade era máxima, porque era ali a fronteira com o Oceano, intransponível na época, era ali que todos os migrantes se detinham, forçados a conviver. Findo o Império, era aqui o país mais diverso de raízes.
Reino do paradoxo, que quer dizer complexidade, aqui, no Ocidente extremo, medrou, como atractor, a ideia de continuar o sonho fracassado de Alexandre, o de englobar a India, o mitificado Oriente, numa nova ordem, mais rica por mais diversa, mais global. D. João II foi, momentaneamente, o atractor, em forma de gente.
"Cumpriu-se o Mar e o Império se desfez": os nossos aliados ingleses organizaram o caos neste último quarto de milénio e ontem, simbólicamente, despediram-se, orgulhosos do passado, içando a bandeira grega no palco do mundo e no que foi o centro do efémero (como todos) Império que ora acaba -- o tempo da chamada revolução industrial.
Também simbolicamente, passaram o facho ao Brasil, ao maior dos países dos confins do novo mundo, a América do Sul, onde, no nosso tempo, se detêm e são forçados a conviver os migrantes de todo o planeta. Onde é maior a diversidade, o caos, e onde, paradoxalmente, é menor a entropia.
Há uma grande diferença entre a democracia brasileira e as nossas, embora também ela tenha nascido à sombra da inglesa, a qual foi o que foi, oligarquia de bancos que emprestavam o dinheiro que produziam (literalmente). É que, no Brasil, os cidadãos são obrigados a votar. Sem essa idiossincrasia brasileira é difícil imaginar a eleição de Lula, por exemplo, e a esperança que, no meio do caos, existe.
"Especulo" que, assim como, em cada um de nós, se houver algum aspecto nosso que não tenhamos integrado e criemos separação com a sua manifestação no exterior não estamos bem, estamos doentes, assim, numa organização social, se houver alguma pessoa, algum grupo, cuja "potência" (no sentido da palavra para Espinoza) não actuar no conjunto, essa não é uma sociedade natural, não é uma sociedade real, está doente.
Somos 99,9% aqueles a quem a ordem mundial em "implosão" não convém. E somos 99,9% aqueles a quem a violência não convém. A Democracia Real pode ser uma Utopia mas é para lá que caminhamos. É o atractor e a indignação é natural, é percurso.
No tempo do Império Romano, um escritor falou de um povo, nos confins da Hispânia, que "não se governa nem se deixa governar", um povo onde a diversidade era máxima, porque era ali a fronteira com o Oceano, intransponível na época, era ali que todos os migrantes se detinham, forçados a conviver. Findo o Império, era aqui o país mais diverso de raízes.
Reino do paradoxo, que quer dizer complexidade, aqui, no Ocidente extremo, medrou, como atractor, a ideia de continuar o sonho fracassado de Alexandre, o de englobar a India, o mitificado Oriente, numa nova ordem, mais rica por mais diversa, mais global. D. João II foi, momentaneamente, o atractor, em forma de gente.
"Cumpriu-se o Mar e o Império se desfez": os nossos aliados ingleses organizaram o caos neste último quarto de milénio e ontem, simbólicamente, despediram-se, orgulhosos do passado, içando a bandeira grega no palco do mundo e no que foi o centro do efémero (como todos) Império que ora acaba -- o tempo da chamada revolução industrial.
Também simbolicamente, passaram o facho ao Brasil, ao maior dos países dos confins do novo mundo, a América do Sul, onde, no nosso tempo, se detêm e são forçados a conviver os migrantes de todo o planeta. Onde é maior a diversidade, o caos, e onde, paradoxalmente, é menor a entropia.
Há uma grande diferença entre a democracia brasileira e as nossas, embora também ela tenha nascido à sombra da inglesa, a qual foi o que foi, oligarquia de bancos que emprestavam o dinheiro que produziam (literalmente). É que, no Brasil, os cidadãos são obrigados a votar. Sem essa idiossincrasia brasileira é difícil imaginar a eleição de Lula, por exemplo, e a esperança que, no meio do caos, existe.
"Especulo" que, assim como, em cada um de nós, se houver algum aspecto nosso que não tenhamos integrado e criemos separação com a sua manifestação no exterior não estamos bem, estamos doentes, assim, numa organização social, se houver alguma pessoa, algum grupo, cuja "potência" (no sentido da palavra para Espinoza) não actuar no conjunto, essa não é uma sociedade natural, não é uma sociedade real, está doente.
Somos 99,9% aqueles a quem a ordem mundial em "implosão" não convém. E somos 99,9% aqueles a quem a violência não convém. A Democracia Real pode ser uma Utopia mas é para lá que caminhamos. É o atractor e a indignação é natural, é percurso.
sexta-feira, 20 de julho de 2012
Uma boa notícia
Face ao iminente encerramento do serviço de Urgência do Hospital Conde S. Bento, chegou a este blog, em primeira mão (mesmo antes de ter sido enviada ao blog "+ Santo Tirso", o que configura uma flagrante injustiça, diga-se de passagem), uma notícia que coloca a nossa Câmara Municipal na linha da frente do prestígio autárquico nacional: a Câmara propôs ao Ministério da Saúde ser ela mesma a cobrir as despesas da continuação do dito Serviço de Urgência, mantendo-o em funcionamento normal e mesmo com melhoramentos, como seja a substituição dos médicos "tarefeiros" por outros, das Carreiras Médicas, mais qualificados.
Espera-se a todo o momento a aprovação ministrial da iniciativa camarária, o que decerto acontecerá, já que a autonomia autárquica é muito respeitada por este governo.
Perguntar-se-ão os tirsenses -- e o país! -- como é possível dispor a Câmara de verbas para aguentar os vencimentos desses funcionários públicos? A resposta é simples: ao longo dos anos, houve, nesta autarquia, um rigoroso controle do nepotismo e todos os funcionários -- que são muito poucos -- foram escolhidos por concursos bem elaborados e destinados a escolher gente eficiente, produtiva. Se não bastasse a contenção na criação de "empregos" para os amigos dos amigos, houve ainda, sistematicamente, um grande cuidado em não fazer obras não prioritárias. E um enorme cuidado na elaboração dos cadernos de encargos, na escolha, por concurso público, dos empreiteiros que apresentaram os melhores orçamentos -- houve boa gestão, não houve desperdício! O resultado foi o de a autarquia poder fazer face a emergências como esta da extinção do serviço de urgência, criadas pelos governos que não seguiram esses princípios.
Estão, a autarquia e os munícipes, de parabéns!
Isto acontece por existir, desde há muitos anos, no Concelho, uma Democracia Directa, uma Democracia Real: as decisões, como esta, são tomadas nas assembleias populares das freguesias, às quais comparece toda a população; a Câmara limita-se a executar a vontade, directamente expressa, dos cidadãos. Desde sempre que, em Santo Tirso, o poder político nos pertence, aos 99%. Como se sabe, no resto do país, ele está, ainda, nas mãos da oligarquia financeira (os 1%), a qual controla a escolha dos políticos, por meio das eleições e do seu marketing. Mas em Santo Tirso votam-se ideias, não pessoas, os políticos são sorteados, não são eleitos. E, assim, alçam-se à altura do seu destino involuntário.
Estão, a autarquia e os munícipes, de parabéns!
Isto acontece por existir, desde há muitos anos, no Concelho, uma Democracia Directa, uma Democracia Real: as decisões, como esta, são tomadas nas assembleias populares das freguesias, às quais comparece toda a população; a Câmara limita-se a executar a vontade, directamente expressa, dos cidadãos. Desde sempre que, em Santo Tirso, o poder político nos pertence, aos 99%. Como se sabe, no resto do país, ele está, ainda, nas mãos da oligarquia financeira (os 1%), a qual controla a escolha dos políticos, por meio das eleições e do seu marketing. Mas em Santo Tirso votam-se ideias, não pessoas, os políticos são sorteados, não são eleitos. E, assim, alçam-se à altura do seu destino involuntário.
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